Jornal Voz da Verdade

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23.06.2013

Papa |

A uma janela de Roma

Jo�o Paulo II pode ser santo em outubro

Foi aprovado o segundo milagre atribu�do � intercess�o do Beato Jo�o Paulo II. Na semana em que lembrou os refugiados, o Papa Francisco falou aos padres de Roma, enviou uma carta ao G8, falou da vida e recebeu v�rias personalidades.

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1. A comiss�o teol�gica da Congrega��o para as Causas dos Santos aprovou o segundo milagre atribu�do � intercess�o de Jo�o Paulo II, informa o site news.va, sem no entanto especificar a natureza do mesmo. Segundo a ANSA, ag�ncia de not�cias italiana, o milagre em causa ter� acontecido na noite da beatifica��o de Karol Wojtyla. O reconhecimento abre caminho para a canoniza��o do Papa polaco; por�m, antes deve ser aprovado por uma comiss�o de Cardeais e Bispos e ter o decreto assinado pelo Papa Francisco. O dia 20 de Outubro � a data apontada para a canoniza��o. Jo�o Paulo II foi proclamado Beato, por Bento XVI, a 1 de maio de 2011, ap�s a comprova��o da cura da irm� Marie Simon Pierre, que sofria de Parkinson.

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2. Na audi�ncia-geral de quarta-feira, dia 19 de junho, o Papa Francisco refletiu sobre uma express�o usada na Constitui��o ‘Lumen gentium’: “A Igreja � o Corpo de Cristo, que � a sua cabe�a. Como o corpo de uma pessoa n�o sobrevive separado da cabe�a, assim n�s temos de permanecer unidos a Cristo, permitindo-Lhe que atue em n�s, que a sua Palavra nos guie e a sua presen�a eucar�stica nos alimente e vivifique”.

Neste encontro, perante uma multid�o de fi�is reunidos na Pra�a de S�o Pedro, o Papa recordou a celebra��o do Dia Mundial do Refugiado, que iria decorrer no dia seguinte, a 20 de junho. “N�o podemos ser insens�veis em rela��o �s fam�lias e a todos os nossos irm�s e irm�os refugiados: somos chamados a ajud�-los, abrindo-nos � compreens�o e � hospitalidade” apelou, garantindo: “No rosto dos refugiados est� impresso o rosto de Cristo”.

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3. O Papa Francisco convidou os padres de Roma a evangelizarem. “No Evangelho, � belo o texto que fala do pastor que, quando volta para o redil, se d� conta de que lhe falta uma ovelha; deixa as 99 e vai procur�-la. Vai procurar uma. Mas n�s temos uma e faltam-nos as 99! Temos que sair, temos que busca-las. Nesta cultura, digamos a verdade, temos somente uma, somos minoria. E n�o sentimos o fervor, o zelo apost�lico de sair e procurar as outras 99?”, questionou o Papa, na abertura do Congresso Eclesial de Roma, no dia 17. Falando sobre ‘Eu n�o tenho vergonha do Evangelho’, Francisco desafiou: “Queridos irm�os, temos uma e nos faltam 99, saiamos para busc�-las, pe�amos a gra�a de sair para anunciar o Evangelho. Porque � mais f�cil ficar em casa com uma s� ovelha, pente�-la, acarici�-la, mas o Senhor quer que todos n�s sejamos pastores e n�o penteadores”.

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4. Em carta enviada � reuni�o do G8 - grupo internacional que re�ne os sete pa�ses mais industrializados e desenvolvidos economicamente do mundo, mais a R�ssia –, que decorreu esta semana na Irlanda do Norte, o Papa apelou a estes pa�ses para terem em considera��o a situa��o no M�dio Oriente, de modo particular na S�ria. Na missiva , Francisco lembrou que constru��o da paz � “o requisito indispens�vel para a prote��o das mulheres, das crian�as e das outras v�timas inocentes”. O Santo Padre recordou ainda que a finalidade �ltima da economia e da pol�tica � a pessoa humana, a come�ar pelos pobres e os mais d�beis.

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5. Movimentos de defesa da vida de todo o mundo estiveram no passado fim-de-semana em Roma, para participar na jornada mundial ‘Evangelho da Vida’. O encontro culminou Domingo, com a missa na Pra�a de S�o Pedro, a que presidiu o Papa Francisco. “Muitas vezes, o homem n�o escolhe a vida, n�o acolhe o �Evangelho da vida�, mas deixa-se guiar por ideologias e l�gicas que p�em obst�culos � vida, que n�o a respeitam, porque s�o ditadas pelo ego�smo, o interesse pessoal, o lucro, o poder, o prazer, e n�o pelo amor, a busca do bem do outro. � a persistente ilus�o de querer construir a cidade do homem sem Deus, sem a vida e o amor de Deus: uma nova Torre de Babel; � pensar que a rejei��o de Deus, da mensagem de Cristo, do Evangelho da vida que leva � liberdade, � plena realiza��o do homem. Resultado: o Deus Vivo acaba substitu�do por �dolos humanos e passageiros, que oferecem o arrebatamento de um momento de liberdade, mas no fim s�o portadores de novas escravid�es e de morte”, salientou o Papa.

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6. Esta foi tamb�m uma semana de v�rias audi�ncias do Papa. Primeiro, no dia 14, Francisco recebeu o Arcebispo de Cantu�ria, Justin Welby, naquele que foi o primeiro encontro entre ambos, uma vez que o Primaz da Comunh�o Anglicana n�o p�de estar presente na missa de inaugura��o do pontificado, a 19 de mar�o, porque dois dias depois seria entronizado em Cantu�ria. “Entre as nossas tarefas enquanto testemunhas do amor de Cristo est� o dar voz ao grito dos pobres para que n�o sejam abandonados �s leis da economia que de momento parecem tratar as pessoas como meros consumidores”, afirmou o Papa.

No s�bado, dia 15, Francisco recebeu o presidente da Comiss�o Europeia, Jos� Manuel Dur�o Barroso, numa audi�ncia privada que permitiu “uma troca de impress�es sobre a situa��o internacional, de uma forma particular uma aten��o ao processo de integra��o europeia, assim como da crise econ�mica com s�rias consequ�ncias no emprego, em especial dos jovens, e impactos negativos na vida das fam�lias”, segundo o Vaticano. Neste mesmo dia, o Papa recebeu uma delega��o de deputados e senadores franceses, a quem recordou a responsabilidade que t�m de criar, mas tamb�m de abolir leis. Num curto discurso, Francisco deixou v�rios recados que podem ser lidos como cr�ticas � recente aprova��o por parte do Governo franc�s de uma lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo, com direito � ado��o.

Por �ltimo, dia 17, o Papa recebeu o novo presidente da Venezuela, Nicol�s Maduro, sucessor de Hugo Ch�vez, tendo abordado alguns dos problemas do pa�s sul-americano, como “a pobreza, a luta contra a criminalidade e o narcotr�fico”, informou a Sala de Imprensa da Santa S�.

Aura Miguel, � conversa com Diogo Paiva Brand�o