Na Tua Palavra |
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D. Nuno Brás
“A paixão não precisa de papéis”
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Desde que o anterior governo equiparou as uniões de facto e os matrimónios estáveis e publicamente celebrados, decresceram (de um modo assustador) as famílias constituídas seja (no caso dos cristãos) diante de Deus pelo vínculo do sacramento do matrimónio, seja pelo simples vínculo público perante um representante do Estado. É óbvio que, para nós os crentes, se trata de realidades diferentes; mas aquilo que aqui nos importa é o compromisso que uns e outros realizam, publicamente, diante da comunidade.
“O amor não precisa de papéis” – dizem os jovens que vivem em uniões de facto, querendo, na verdade, dizer que “a paixão não precisa de papéis”. E, com efeito, “a paixão não precisa de papéis”.
Mas a família não é simplesmente a realidade de uma paixão que vem e logo desaparece: a família é a vontade de um homem e de uma mulher, que assumem, perante toda a sociedade, que o amor que os une (fiel e eterno) os ultrapassa a si mesmos e às eventuais paixões que tenham sido o ponto de partida do seu conhecimento. E que ultrapassa mesmo as dificuldades e sofrimentos que possam advir, para se tornar na realidade básica de qualquer comunidade humana, florescendo em filhos, em amor vivido e irradiado para os amigos e para todos os que estão à sua volta. A paixão inicial, com que tudo eventualmente começou, foi mais longe e abriu-se a uma realidade maior: o amor; e este deu lugar e passou a ser a alma de uma realidade estável e perene, com que todos (filhos, amigos e toda a sociedade em geral) podem contar.
É por isso que é importante que todos disso tenham conhecimento e que tal instituição seja oficializada diante de todos: amigos, comunidade cristã e comunidade humana. É por isso que também não pode ser indiferente ao Estado, qualquer que seja a sua organização, a saúde da instituição familiar. E, assim, qualquer que seja o governo, não pode ignorar a família ou tratá-la como realidade secundária. Afinal é a própria sobrevivência de uma nação que se encontra em risco.
A paixão pode não precisar de papéis. E, certamente, não precisa de ser ajudada: basta-se a si mesma. Mas uma família, realidade que, por sua natureza, se torna pública e com a qual toda a sociedade conta, precisa de ser reconhecida e apoiada.
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