Rita Ornelas nasceu na Ilha Terceira, nos Açores, a 23 de janeiro de 1990. Foi nesta ilha que cresceu, que iniciou os estudos, a sua educação e também a sua caminhada cristã. Ao cuidado das irmãs Franciscanas, estudou no Colégio de Santa Clara.
A sua infância e adolescência passada nos Açores foram partilhadas com a mãe, o irmão e a irmã gémea, “a qual até hoje tem-me acompanhado e partilhado grandes momentos, acontecimentos, emoções, sentimentos a meu lado, somos muito parecidas e ao mesmo tempo, muito diferentes.” Viver numa ilha, rodeada de mar, foi um enorme privilégio, pois ter a linha do horizonte fundida no mar, levou Rita a ter muitos sonhos desde criança, a querer explorar o mundo e conhecer diferentes lugares e culturas, a atravessar mares para ir ao encontro de novos desafios.
A Missão no trabalho
Querendo sempre seguir os seus sonhos, aos 18 anos, mudou-se para Lisboa, para frequentar a licenciatura em Ciência do Desporto. “Foi uma grande mudança na minha vida, mudar de uma ilha para uma grande cidade, deixar a minha família e amigos, deixar a escola para vir para a faculdade, foi começar uma nova etapa, uma nova forma de estar e viver, mas que foi gratificante e enriquecedora para o meu crescimento pessoal e profissional.” Rita ainda se encontra a estudar, desta feita o mestrado em Reabilitação Psicomotora, mas considera que o começar a trabalhar foi um aspeto importante na sua vida. Começou por ser professora de Educação Física do primeiro ciclo e, posteriormente, trabalhou num ginásio feminino. “Colocar em prática tudo o que estudei, foi algo muito enriquecedor. Comecei a encarar o meu trabalho como uma missão, como algo que podia ajudar os outros e, vê-los evoluir e superar os obstáculos, é algo que recordo e vivo com uma enorme alegria no meu coração.”
Tendo nascido e crescido no seio de uma família católica, aos 6 anos entrou para o Colégio de Santa Clara e, foi nessa altura, que conheceu Deus, através da catequese. Anos mais tarde, em 2006, e a convite do seu catequista dos Açores, foi passar a Semana Santa a Taizé com o grupo de catequese. Tinha 16 anos. “Foi uma experiência muito marcante, que até hoje guardo e recordo com enorme alegria essa semana. Nessa semana, e pela primeira vez, experimentei a vida em comunidade, com tantas e tantas pessoas, de diferentes países, com formas de ser e de estar diferentes, saí do meu mundo e conheci diferentes realidades…. Mas o que mais me marcou foi ter vivido e experimentado Jesus Ressuscitado, na minha vida, bem presente no meu dia-a-dia. Foi uma semana tão intensa, que Rita voltou a Taizé nos dois anos seguintes, e aí, e com maior maturidade e conhecimento da vida ecuménica da aldeia, tornou-se mais livre, mais madura, sólida e forte a relação com Jesus”.
Caminhar dentro do coração com destino à Missão
Em 2011 foi pela primeira em peregrinação a pé a Fátima. Enquanto desportista, sempre gostou de caminhar, mas a verdade é que os passos físicos que deu foram muito menos do que a caminhada interior que fez durante aqueles dias. Peregrinou ao lado de 100 pessoas, de diferentes idades, cada uma com a sua história de vida, com diferentes razões e objetivos da peregrinação. Foi também em 2011 que Rita integrou o Projeto SABI, um projeto de voluntariado missionário da paróquia do Parque das Nações que realiza missões, em Portugal e em São Tomé e Príncipe. Após um ano de caminhada com este grupo, Rita partiu em missão durante o mês de agosto para São Tomé e Príncipe. Na bagagem levava muitos medos, muitas interpelações e questões, muitos pontos de interrogação, mas levava sobretudo um desejo de ser testemunha de Jesus, de O levar aos outros, de poder levar a alegria do Evangelho e de estar ao serviço de Deus e dos outros.
Regresso a São Tomé e Príncipe e a missão em Portugal
No ano seguinte, em 2012, partiu de novo para São Tomé e desta vez Rita já conhecia a realidade, já não era uma novidade e por isso pensava que seria mais “fácil” a missão, mas não. Rita ia com um novo olhar, o foco não era aquilo que queria, nem mesmo aquilo que os outros queriam fazer, mas sim o que era necessário fazer. “Penso que comecei por fazer o que era necessário, depois o que era possível e, por fim, o impossível, entreguei-me por completo à missão. ‘Faça-se em mim segunda a Tua vontade’ ganhou um novo sentido através dessa missão!” No Verão passado Rita realizou mais uma missão através do Projeto SABI, em Portugal. Partiu para o Cachopo, uma aldeia no interior do Algarve. Realizar uma missão em Portugal foi diferente das restantes, mas muito especial e intensa, confessa-nos Rita. “Primeiro por confrontar-me com uma realidade bem próxima geograficamente, mas que desconhecia por completo. Nesta missão, o simples "estar" com as pessoas, escutá-las, apoiá-las e incentivá-las a não se conformarem com a sua rotina, mas a sonharem e a realçar os bons momentos da sua vida, foi algo muito importante.”
A experiência de servir o Outro é a história que Rita deseja continuar a viver: “Opto pela alegria do agora, por servir o Outro sem "ses" e desejo a cada momento ser uma verdadeira discípula de Deus.”
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