Na Tua Palavra |
D. Nuno Brás
Tolerância?

Uma página católica da internet (religionenlibertad.com) dava há dias conta de que um casal de pasteleiros, Aaron e Melissa Klein, de Portland, tinha sido condenado por um tribunal do Oregon, nos Estados Unidos, pelo facto de se ter recusado a realizar o bolo para um “casamento” entre duas mulheres.

O casal proprietário da pastelaria “Sweet Cakes by Melissa” apresentou a sua fé cristã como justificação para a referida recusa, e a lei “anti-discriminação” daquele Estado americano não assinala as pastelarias entre as excepções à exigência da “tolerância”. Os factos remontam a 2013, e no próximo dia 10 de Março Aaron e Melissa vão conhecer a “indemnização” que serão obrigados a pagar por serem coerentes com a sua fé, e que poderá chegar aos 150 mil dólares.

A ideologia que, desde os anos 90, tem vindo a regular no mundo ocidental a ética e o nosso modo de vida começou por reivindicar a “tolerância”: devíamos ser tolerantes com aqueles que queriam ser “diferentes”. Depois foi ganhando preponderância na comunicação social, na política e na educação. Agora não apenas a “tolerância” para com os seus seguidores é imposta (o que parece à partida ser uma contradição), como é punido todo aquele que ousar discordar publicamente dessa ideologia vigente.

Não chegámos ainda ao terror da Revolução Francesa, quando em nome da “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” muitos foram condenados à morte, com julgamentos sumários e simplesmente porque tiveram a ousadia de pensar de forma diferente, mas a intolerância em nome da tolerância há algum tempo que começou. De um modo particular se a justificação para não aderir a tal ideologia coincidir com a fé cristã.

Hoje todos pedem e exigem “tolerância”. Nos discursos públicos e nas conversas privadas. Exigem-na de tal forma que a tolerância se tornou intolerante para com aqueles que ousam pensar e ser de forma diferente da ideologia dominante.

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