Lisboa |
Reações, em Roma, ao Cardinalato de D. Manuel Clemente
Família e amigos destacam o “Bispo invulgar”
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Sofia Clemente, irmã do novo cardeal, Maria Helena Falcão, das Equipas de Casais de Nossa Senhora, Norberto Correia, do CNE, e José António, do Caminho Neocatecumenal, são apenas algumas das centenas de portugueses que viajaram até Roma para acompanhar, de perto, as celebrações do Cardinalato de D. Manuel Clemente. Após o Consistório em que o Papa Francisco criou 20 novos cardeais, os portugueses cedo se aglomeraram à entrada da Ala Paulo VI, no Vaticano, para conseguirem cumprimentar o novo cardeal português.

 

Uma das irmãs do novo Cardeal-Patriarca de Lisboa, Sofia Clemente, foi das primeiras pessoas a cumprimentar D. Manuel Clemente após a celebração onde o seu irmão foi feito cardeal. Ao Jornal VOZ DA VERDADE, Sofia destacou a “enorme alegria e emoção” por ter um irmão cardeal da Igreja. “É um orgulho para Portugal e para a Igreja”, afirma, projetando o cardinalato de D. Manuel Clemente. “Será sempre igual a si próprio, sempre empenhado e a fazer aquilo que a Igreja pede e sempre com aquele sorriso que lhe conhecemos. É isso a vida dele”, aponta.

Da Diocese do Porto viajou Maria Augusta, que lembra D. Manuel Clemente como “um Bispo invulgar”. “Pelo seu humanismo, tem horizontes muito amplos. O seu lado cultural permite a convergência do Norte, do Sul, do Este e do Oeste, de todas as formas de cristianismo”, refere ao Jornal VOZ DA VERDADE.

Sem prever participar na sessão de cumprimentos estava Maria, uma jovem da paróquia do Campo Grande, em Lisboa, que estava em Roma em turismo e, assim que soube da possibilidade de cumprimentar o novo Cardeal-Patriarca, D. Manuel Clemente, não quis perder a oportunidade. Esta jovem guarda na memória uma conversa “muito aberta” que manteve com D. Manuel, há alguns anos. “Foi muito bom ter alguém presente e próximo dos jovens, que ‘puxa’ por nós”, salienta ao semanário do Patriarcado.

Uma experiência maior de convivência com D. Manuel Clemente tem Maria Helena Falcão, que se deslocou a Roma integrada na peregrinação diocesana, organizada pelo Serviço do Turismo do Patriarcado de Lisboa, que reuniu cerca de 60 peregrinos. Esta paroquiana de Nossa Senhora da Fátima, em Lisboa, guarda “mais de 20 anos” de convivência com o novo cardeal. “O meu marido e eu fomos a primeira Equipa de Casais de Nossa Senhora acompanhada pelo então ‘padre Manel’. Guardo recordações de um irmão muito especial, que nos ajudou a crescer como casal e como família. É um homem muito rico, mas revestido de uma grande humildade e simplicidade. Ele tem um espírito de família muito grande. O mundo precisa de uma família muito forte e acho que D. Manuel Clemente é um homem que, com a sua simplicidade, ternura, amor e saber, toca muitas pessoas. Não nos obriga a nada mas torna-nos comprometidos com o mundo e com a sociedade”, salienta Maria Helena.

Para Norberto Correia, chefe nacional do CNE - Corpo Nacional de Escutas, o Cardeal D. Manuel é “um exemplo de como o escuteiro pode ser muito mais do que simplesmente um leigo”. Escuteiro desde muito cedo, D. Manuel Clemente é, para este dirigente, “um exemplo de vida, de dedicação, de saber e conhecimento acerca do escutismo e da sua inserção na Igreja”. Para o futuro, Norberto não espera mais “do que já tem dado, que já tem sido muito”. “Basta que seja apenas o irmão mais velho, o exemplo que todos nos habituámos a seguir”, referiu Norberto Correia.

Da paróquia da Brandoa, e fazendo parte do Caminho Neocatecumenal, esteve presente em Roma José António Fernandes, que afirma ter sentido “total apoio de D. Manuel Clemente” para o seu movimento. “É um pastor que apela muito ao sentido do serviço da fé que atua pela caridade”, afirmou ao Jornal VOZ DA VERDADE.

 

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Lusofonia presente no Consistório

De entre os 20 novos cardeais criados pelo Papa Francisco, no passado dia 14 de fevereiro, em Roma, três deles têm a língua portuguesa como materna. Além de D. Manuel Clemente, foram criados cardeais D. Júlio Duarte Langa, Bispo Emérito de Xai-Xai, em Moçambique, e D. Arlindo Furtado, Bispo de Santiago, em Cabo Verde. Em declarações à Rádio Renascença, D. Arlindo Furtado revelou a “surpresa total” ao saber da sua nomeação como cardeal. Para este Bispo da ilha de Santiago, de 65 anos, a sua nomeação “foi justa para Cabo Verde, pela história que tem no contexto africano”. Para D. Ildo Fortes, Bispo de Mindelo, também em Cabo Verde, e antigo sacerdote do Patriarcado de Lisboa, a nomeação cardinalícia do seu colega no episcopado é “histórica por ser o primeiro cabo-verdiano entre os purpurados”. D. Ildo caracteriza ainda D. Arlindo como “uma pessoa muito capaz e generosa”.

Com 87 anos, D. Júlio Langa, Bispo Emérito de Xai-Xai, em Moçambique, é o mais velho dos lusófonos que foram criados cardeais neste consistório. Este prelado moçambicano revelou, numa conferência de imprensa, em Roma, que “estava longe de tudo isto”. “O Papa chamou-me e estou aqui presente para servir a Igreja. Chamando-me para cardeal, é para colaborar com ele na tomada de decisões que possam ajudar a Igreja”, afirmou.

texto e fotos por Filipe Teixeira
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