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01.03.2015

Na Tua Palavra |

D. Nuno Br�s

Tempo de caminho

Na Quaresma somos chamados a intensificar pessoalmente a nossa ora��o, jejum e caridade. Para al�m disso, este tempo � igualmente marcado por um conjunto de celebra��es comunit�rias que convidam a uma maior aproxima��o de Cristo: as ren�ncias, as jornadas ou as celebra��es penitenciais, as via-sacras, as Prociss�es dos Passos e tantas outras. H�o-de constituir para todos (crist�os ou n�o) um convite a olhar para Jesus e para a salva��o que Ele nos oferece.

Pode, por isso, parecer que a Quaresma constitui um fim em si mesma; que ser crist�o � fazer penit�ncia e chorar a morte de Jesus e os nossos pecados que a ela conduziram.

E, no entanto, a Quaresma � um caminho para a P�scoa da Ressurrei��o. O centro da vida crist� (e do ano crist�o) � a alegria pascal, o an�ncio de que em Jesus a vida venceu definitivamente a morte – e, por isso, que tamb�m n�s (que pelo baptismo somos o corpo de Cristo, a Igreja) recebemos na f� a vida divina.

Inicialmente, o tempo da Quaresma apareceu como prepara��o pr�xima daqueles que iriam ser baptizados na Vig�lia Pascal. Mas depressa a sua viv�ncia se estendeu aos penitentes que, arrependidos do seu pecado, eram reconciliados com Deus, com a Igreja e com os irm�os por meio do sacramento da Penit�ncia, e, assim, retomavam a sua plena participa��o na vida da comunidade. Depois, foram todos os crist�os que, conscientes da sua condi��o de pecadores, assumiram os 40 dias antes da P�scoa para se prepararem mais intensamente para celebrar a ressurrei��o de Jesus.

� pois importante perceber a Quaresma como tempo de caminho, de prepara��o que em cada dia que passa se faz mais intensa, e que espera, com cada vez maior fervor, a alegria do an�ncio pascal.

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