Missão |
Irmã Alzira Rodrigues Ferreira
A alegria de todos os dias renovar o SIM a Deus!
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Irmã Alzira Rodrigues Ferreira nasceu em Santa Eufémia (Leiria), no dia 9 de setembro de 1962. Nasceu numa família cristã “onde a oração fazia e faz parte do dia-a-dia”, como nos diz. É licenciada em animação sociocultural e fez formação de formadores em Salamanca.

 

A oração na família e a felicidade ser amada por Deus

Desde cedo, com 5 ou 6 anos de idade, caminhava em família cerca de 4 horas a pé até ao Santuário de Fátima para, juntos, passarem o dia em oração. “Uma vez aí, a oração na Capelinha e a adoração ao Santíssimo eram lugares privilegiados para o encontro com Jesus e Maria. Recordo muitos desses momentos, com grande emoção”, partilha. Foi crescendo na paróquia de Santa Eufémia onde desde cedo aprendeu a “rezar e a partilhar a fé em comunidade”. “Semanalmente a Eucaristia fazia parte do Domingo de toda a família e a adoração ao Santíssimo, de tarde, eram momentos muitíssimo fortes e que eu aderia com grande envolvimento, pois sentia a alegria e a felicidade de ser amada por Deus”, partilha. Quando terminou o ensino primário, começou a trabalhar “para ajudar a família, pois os recursos económicos eram escassos”. Aprendeu o ofício de tecedeira e além disso cuidava de três crianças, “ajudada pela mãe”, como nos diz. Aos 14 anos tornou-se catequista e, refere,“esta missão de partilhar a fé e ser testemunha de Jesus sempre foi para mim motivo de grande felicidade”. Frequentava com regularidade a biblioteca que o centro paroquial dispunha e sempre teve uma enorme ânsia de aprender, dedicava todos os momentos livres à leitura. “Foi neste clima de fé, de comunhão e de humanidade que me senti chamada a seguir Jesus de uma forma especial”, diz-nos.

 

Aceitar com alegria a vontade de Deus para a sua vida

Fez o seu primeiro retiro vocacional com 12 anos de idade e diz-nos que através dessa forte experiência de intimidade com Jesus, se entregou a Ele, em silêncio no seu coração. Cinco anos mais tarde, foi convidada a fazer outro retiro vocacional com as Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena, com mais duas jovens da paróquia. “Celebrava-se Santa Catarina de Sena e no retiro os testemunhos, a oração e os estudos apresentados foram momentos únicos para perceber a vontade de Deus para a minha vida. Ainda com 17 anos escrevo a partilhar esta vontade de ser toda de Deus na Congregação das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena”, partilha. Deu entrada em Leiria como aspirante no dia 1 de outubro de 1981. Nesse tempo, fez o 5º e o 6º ano e teve a oportunidade de conhecer “a vivência das Irmãs e a espiritualidade da Congregação”. Ainda com 18 anos, foi para Fátima onde iniciou o Postulantado e o Noviciado. Sobre este tempo partilha que “foi um tempo de muito deserto e de grande intimidade com Jesus, mas também de muito estudo e aprofundamento das razões da minha fé e da consagração Religiosa”. “Conheci Santa Catarina de Sena e a sua paixão pela Igreja e pela humanidade, São Domingos e a paixão pela Verdade estudada, vivida e anunciada e Teresa de Saldanha e a sua grande paixão pelos pobres e adesão a Jesus Cristo. Apaixonei-me por Jesus e no meu coração ecoava o grito de Santa Catarina: Senhor, dilatai o meu coração à medida do universo”. Fez a sua primeira profissão em Fátima em 1985 e no mesmo dia partiu para a Guarda onde a esperava um lar de crianças e jovens com problemas sociais e familiares. “Depois de dois anos, partia para nova missão… uma após outra e, um pouco por todo o país, foi espalhando sorrisos, abraços e a grande felicidade de ser toda de Deus”, recorda.

 

Renovar com alegria o SIM dado a Jesus!

Desde sempre que teve o sonho de partir em missão adgentes, sonho esse que nunca se concretizou. “Mas, ao longo do tempo o Senhor concedeu-me a graça e luz de perceber que em qualquer lugar onde me encontro, é campo de Missão! Há 34 anos que me encontro a Ir, a sair de mim própria para estar sempre a Ir ao encontro do Outro nos outros. Esta é a minha meta de vida. Servir e amar sem fronteiras, na alegria de ser toda de Deus”, diz-nos. Ao concluir a nossa conversa diz-nos, com emoção: "Ao longo destes anos de consagração agradeço a Deus o Dom que Ele é em mim. O Dom que os outros são na minha vida de Consagrada. Sem eles não poderia chegar a Deus e vice-versa. Nada se pode comparar com a alegria de ser toda de Deus, escrevia a mulher, a portuguesa e a santa Madre Teresa de Saldanha, nossa Fundadora. Hoje, e depois de 30 anos de entrega a Jesus na Igreja e na Congregação das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena renovo com toda a alegria do meu coração o Sim dado a Jesus!”

texto por Catarina António, FEC – Fundação Fé e Cooperação
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