Missão |
Diamantino Vieira Narciso, do Grupo Missionário Ondjoyetu
“A missão não se explica…Vive-se!”
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Diamantino Vieira Narciso nasceu a 22 de Agosto de 1949. Vive na Diocese de Leiria-Fátima e pertence ao Grupo Missionário Ondjoyetu. Partiu no passado dia 26 de Março, aos 65 anos, para Angola, onde irá colaborar durante um período de 6 meses na missão da Diocese de Leiria-Fátima no Gungo.

 

Um sonho que se tornou projeto!

Participou em encontros de formação do Grupo Missionário Ondjoyetu, nos quais se incluem também as formações do Plano de Formação Anual para Voluntários Missionários da Fundação Fé e Cooperação. No dia da sua partida, encontrámo-lo no aeroporto, de mala pronta e coração aberto, alegre e entusiasmado com o momento que vivia. Em conversa com ele, testemunhámos a sua fé e alegria em poder partir em missão. Após a caminhada de preparação, de um longo caminho percorrido, questionámo-lo como foi este percurso, o que sentiu, o que viveu e experimentou, ao que nos respondeu: “Desde que pensei em ir para Angola, achei que era quase impossível pois eu sempre senti um grande apego à família. Depois houve muitas lágrimas, muito choro neste percurso mas depois finalmente isso terminou e neste momento sinto uma felicidade muito grande em partir nem pensando já nas pessoas que ficam, pois sei que ficam completamente amparadas sem qualquer dificuldade em se movimentar pois têm o apoio da família. Tenho o prazer de ter uma família muito grande da parte da minha esposa, que sente um apoio muito grande, todos eles são amicíssimos e deixam-me completamente tranquilo”. Prestes a entrar no avião, a hesitação poderia tomar conta do seu coração. A altura de deixar tudo para trás, a família, os amigos, a vida construída e que por alguns meses irá continuar sem a sua presença não é algo que o assuste e partilha connosco “neste momento consigo dizer que seria impossível encontrar qualquer coisa que me impedisse de partir. Sinto-me completamente livre, não tenho preocupação absolutamente nenhuma, não tenho problemas por resolver, não tenho nada que me impeça de ir, não há ninguém em casa que necessite de mim de qualquer forma, não posso dizer que haja esta ou aquela área que tenha deixado descurar ao preparar a minha ida para Angola, que foi devidamente falada, combinada e preparada com a família que está de tal maneira preparada que me deixa totalmente tranquilo nessa área. Não vou preso a completamente nada…também são apenas 6 meses, se fossem 6 anos talvez me sentisse com outra disposição… estes 6 meses custam, por um lado, um bocadinho mas por outro vão passar com relativa facilidade”.

 

Colocar os pés no chão para depois poder fazer

A alegria expressa no seu olhar e sentida no sorriso que assume toda a sua face, mostram que se houvesse algum receio em partir, naquele momento já não existe nenhum. Quando questionado em planos para a chegada á missão, após um período longo de formação, mostra-se transformado pela oportunidade formativa que teve neste caminho. “Antes da formação eu pensava em ir para Angola fazer qualquer coisa e tinha já projetos e pensava em ir fazer alguma coisa já planeada mas depois da formação achei que realmente era altura de pôr os pés no chão, saber e ter a perceção de que não sabia absolutamente nada do que me esperava e a única coisa que sei que vou fazer é ao chegar ao Sumbe, descansar, pôr os pés no chão, ver como é que as coisas funcionam e depois, dentro da medida do possível, arrancar com os projetos baseado nas orientações que me forem dadas porque eu não sei nada do que está por lá… por mais que me digam que temos vários projetos, há com certeza maneiras de os pôr em prática mas o melhor, no meu entender, é esperar que os pés assentem no chão para depois poder fazer alguma coisa”, partilha.

 

Não ficar só com o sonho: aceitar o desafio e ir

Momentos antes de entrar na porta de embarque, deixa uma mensagem a todos os membros da sua diocese, voluntários missionários, jovens e adultos que sonham em um dia viver missão: “Não há palavras para descrever a partida para Angola. Isto é algo que apenas se vive, há situações em que os lábios não conseguem transmitir aquilo que o coração sente. Julgo que para viver uma experiência destas não há palavras que as expliquem e desafio, convido as pessoas que alguma vez sonharam em ir para o Sumbe, não fiquem só com o sonho, transformem-no em projeto, venham até ao aeroporto e partam, porque o resto está feito!”

texto por Catarina António, FEC – Fundação Fé e Cooperação
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