Missão |
Irmã Teresa Ângelo
“Passar, fazendo o bem!”
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A Irmã Teresa Ângelo nasceu a 27 de abril de 1965 em Peniche, numa família cristã, que sempre a educou e ensinou “a confiar em Deus, a não faltar à missa e aos outros sacramentos”.

 

Entre os 4 anos e a entrada na escola primária, andou no jardim-de-infância das Irmãs Filhas da Caridade. Estudou numa escola católica do 7º ao 11º ano e concluiu o 12º ano na Escola Secundária de Peniche em 1983. Fez a sua formação académica na Escola de Enfermagem da Cruz Vermelha, fez um estágio de um ano no Hospital Distrital de Torres Vedras e mais tarde concluiu a sua licenciatura em enfermagem em 2005.

 

Cantar o Magnificat no seu coração!

Frequentou a catequese, acompanhando a idade escolar e sente-se agradecida aos seus catequistas que “foram alimentando em mim o cunho cristão”, como partilha. “Um dia foram umas Irmãs à minha Paróquia fazer um encontro sobre as vocações, com os jovens e adolescentes, e falaram muito também sobre as missões. Eu senti-me muito tocada e persenti que o Senhor me chamava para ser irmã e ser missionária. Procurei fazer retiros para perceber o que o Senhor queria verdadeiramente de mim e para conhecer mais o Seu amor por mim e porque percebia que, se fosse verdade que o Senhor me chamava, exigiria muito amor da minha parte para uma entrega tão grande. Num desses retiros reencontrei uma Irmã da Congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima e decidi contar-lhe a minha história, para que me ajudasse a perceber se o que eu sentia era ou não vocação, a Irmã confirmou que era vocação e eu senti uma alegria enorme dentro de mim e cantei no meu coração o Magnificat, cântico que Maria cantou, quando soube que ia ser a mãe do Salvador, sentia-me muito pequenina, como é que Deus me foi escolher a mim…?”, conta-nos.

 

A consagração religiosa e a vocação missionária

Ficou ansiosa por entrar na Congregação mas decidiu terminar o curso de enfermagem e trabalhar um ano em Torres Vedras. Entrou no noviciado da Congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima em Outubro de 1987. Fez a sua primeira profissão religiosa na capela do Seminário dos Olivais em 1990 com a “capela cheia de familiares e amigos”. “Depois da profissão religiosa fui enviada à comunidade da Fundação Luiza Andaluz, em Santarém, uma IPSS para acolhimento de crianças”, partilha. Foi enviada em 1991 para a comunidade de Tremês exercendo enfermagem no posto de saúde e ajudando as Irmãs na pastoral, animação das celebrações, catequese… Na mesma altura começou a frequentar o curso médio de teologia em Santarém. “Estando em Tremês senti-me interpelada para fazer uma experiência de missão antes de fazer os votos perpétuos. Fiz esse pedido à Superiora Geral da Congregação e foi-me concedido. Em Outubro de 1995 fui enviada para a comunidade de Mecubúri, Moçambique, onde trabalhei como enfermeira no Hospital, na área da pediatria, dedicando muito do meu tempo ao ensino às mães na prevenção das doenças e modos de promoção de uma vida mais saudável. Fazia encontros de formação preparando cristãos para ajudarem na Pastoral da Saúde e ia com as Irmãs fazer visitas às comunidades cristãs incentivando-os à vida cristã e falando sobre temas da vida humana”, partilha. A 31 de agosto de 1997 fez os seus votos perpétuos, na Igreja de S. Pedro, na sua “terra natal” em Peniche. De 2002 a 2007 voltou à Fundação Luiza Andaluz. No final de 2007 iniciou os preparativos para ir para Angola e enquanto aguardava o visto frequentou algumas cadeiras do Curso de Ciências Religiosas na Universidade Católica em Lisboa. Partiu para Luanda em março de 2008 e no final de outubro, em conjunto com outras duas irmãs, foi abrir uma comunidade no Kwanza Su (Cassongue, Diocese do Sumbe), onde vive até agora. Tem “trabalhado como enfermeira no Hospital, acompanhando as consultas e internamento da pediatria, dando especial atenção à área da nutrição das crianças. Ajudamos também na vida cristã e humana das comunidades”.

 

“Não tenhas medo, Eu estou contigo!”

“Considero que o meu trabalho e a minha ação pelos vários locais de missão por onde tenho passado foram uma troca de experiências, foram um dar e receber, um enriquecimento a troca de culturas. Continuo a sentir que o Senhor me chama a dar de mim mesma para que o mundo seja um pouco melhor, para que as pessoas vivam de uma forma mais digna e conheçam um pouco mais que Deus é amor e que ama cada um com amor especial… (cf. Is.43.4). Tenho sentido muito a ação de Deus na minha vida, a Sua proteção, o Seu amparo. Sinto que é Ele que dá sentido à nossa vida e me incentiva sempre a andar para a frente, mesmo quando vem algum desânimo. Vai-me lembrando as palavras: não tenhas medo, Eu estou contigo… “, partilha. Deixa um desafio aos jovens: “Para descobrir o projeto de vida que vos pode fazer plenamente felizes, ponde-vos à escuta de Deus, que tem um desígnio de amor sobre cada um de vós (palavras de Bento XVI). Penso que descobrir o amor de Deus e ajudar outros a descobri-lo é algo desafiante e que nos vai enchendo de uma alegria profunda como só o Senhor nos sabe dar, como diz Luiza Andaluz, nossa fundadora, “passar fazendo o bem à imitação do Mestre Divino, tornar felizes os que nos rodeiam, que belo programa de vida.”

texto por Catarina António, FEC – Fundação Fé e Cooperação
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