Missão |
Paula Silva
Permanecer com o olhar fixo em Jesus
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Paula Silva nasceu a 21 de novembro de 1972 em Maputo, Moçambique, onde foi batizada a 17 de junho de 1973. Devido à guerra, regressou a Portugal. Na paróquia de Nossa Senhora da Purificação, em Oeiras, frequentou a catequese e fez a sua iniciação cristã. Na mesma paróquia, foi catequista e participou no grupo de jovens.

 

Um questionamento que precisava de resposta

“Participar do grupo de jovens ligados ao Movimento de Encontros de Jovens Shalom foi muito enriquecedor a todos os níveis: na dimensão cristã, pessoal e social. Em Janeiro de 1991, realizava o Encontro Inicial (designação oficial da entrada no Movimento Encontros de Jovem Shalom) ”, partilha. Considera que este foi um marco na sua vida e diz-nos que “o trabalho com a juventude, a simplicidade de vida, a oração, o testemunho dos que me rodeavam foi-me questionando e dei por mim a pensar que gostaria de viver da mesma forma”. Decidiu aprofundar este questionamento e dar-lhe uma resposta. Começou a ser acompanhada vocacionalmente por um padre da Comunidade Shalom e no dia 16 de Fevereiro partiu para o Brasil (Fortaleza) para ingressar na Comunidade Shalom Feminina. “A vivência comunitária e a experiência de missão no Brasil foi desafiadora, mas magnífica e gratificante. O jeito alegre do povo, a sua capacidade de acolhimento, a sua simplicidade a criatividade e solidariedade cativaram-me desde logo”, partilha. Terminou o curso de Teologia (que tinha iniciado na Universidade Católica Portuguesa em Lisboa) e fez o mestrado em Teologia Bíblica na Faculdade de Filosofia e Teologia em Belo Horizonte. Teve sempre como prioridade o trabalho com a juventude tanto através do Movimento de Jovens Shalom como da Pastoral Juvenil com os Jesuítas. “Encontros, palestras, retiros, formações humanas, formações ao nível do conhecimento bíblico, enfim… na missão faz-se de tudo um pouco, faz-se o que é preciso”, diz-nos.

 

“Tempo de união, silêncio e alegria de caminhar junto!”

Fez os seus primeiros votos a 15 de agosto de 2004 e a 27 de dezembro de 2008 fez os votos perpétuos, momentos que considera “muito intensos, de muita alegria, emoção e entrega.” Em 2011 participou numa peregrinação pelo caminho de Santiago de Compostela e em novembro na peregrinação a São Francisco das Chagas de Canindé (Brasil). “Ambas as caminhadas foram repletas de significado: tempo privilegiado de oração, de presença de Deus, de reconhecimento dos nossos limites físicos, tempo de união, silêncio e alegria de caminhar junto com os companheiros de jornada”, partilha. Em agosto de 2013 foi encerrada a Comunidade Shalom Feminina, tempos que considera de “muita tristeza, mas também de muita presença de Deus. Família, amigos de perto e de longe foram presença e voz de Deus. Em tempos de desolação, veio também a consolação.” Regressou a Portugal ao fim de 12 anos de missão no Brasil. Encontrou Portugal marcado pela crise económica, dificuldades sociais (desemprego) e “em especial numa idade em que muitas oportunidades já passaram e mantermos a fé de que Deus tem para nós um projeto de vida com significado … é o que nos anima a continuar sem nunca desistir de ser feliz”, partilha.

 

A sua missão: cuidar de pessoas!

Regressou com a certeza de que a sua missão é cuidar de pessoas. Para isso, fez um curso de massagem. “Acredito que temos que olhar a pessoa como um ser integral, una e cuidá-la como tal. A escuta, o toque e a espiritualidade, caminham juntas. Esta é a minha crença e nela deposito toda a minha energia”, diz. Integrou-se na sua paróquia como catequista e deu algumas formações no plano de formação anual de formação de voluntariado missionário da Fundação Fé e Cooperação e em Aveiro a convite do Padre Fernando Ferros. Termina a nossa conversa dizendo: “Sinto falta do trabalho com a juventude, dos retiros, das formações. Os desafios continuam a ser muitos, mas acredito na presença de Deus em minha vida e permaneço com o olhar fixo em Jesus. Aquele que primeiro me chamou.”

texto por Catarina António, FEC – Fundação Fé e Cooperação
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