Na Tua Palavra |
D. Nuno Brás
Santa Isabel de Portugal

Passou grande parte da sua vida a cuidar dos pobres e a construir a paz.

Do cuidado pelos pobres são conhecidas as narrações, a mais célebre das quais o milagre das rosas. Mas, para além disso, há ainda a sublinhar todo o seu amor à pobreza, manifestado na tomada de hábito entre as Clarissas, as irmãs da Ordem franciscana que ela tanto protegeu como rainha — que o diga Alenquer, berço daquela Ordem em Portugal (onde passou muitos dos seus dias) e que o diga Coimbra, para onde Santa Isabel se retirou, depois do seu esposo D. Dinis ter morrido, tomando o hábito de pobre clarissa mas mantendo a possibilidade de dar esmolas aos que necessitavam.

Da sua preocupação pela paz são conhecidas as suas iniciativas para conseguir a paz entre o marido (D. Dinis) e o seu filho (futuro D. Afonso IV), em 1325, nos campos de Alvalade, hoje plena cidade de Lisboa, que arriscava fazer mergulhar o país numa guerra civil. E, 10 anos depois, já idosa, não hesitou em sair do mosteiro de Santa Clara em Coimbra, para, montada numa simples mula, procurar construir a paz entre o seu filho, nessa altura (1336) já rei de Portugal, e o seu neto, Afonso XI de Castela, que lutavam entre si no Alentejo.

Nascida em Saragoça, nessa altura reino de Aragão, veio para Portugal com apenas 12 anos de idade. Vinha para ser rainha. Em Portugal nasceu para o céu com 65 anos, na cidade de Estremoz, à procura da paz entre os homens, em 4 de Julho de 1336.

Foi mulher, mãe, rainha, amiga dos pobres e construtora da paz, naquela que ainda dizem ser a “escura” idade média, em que (dizem) as mulheres pouco contavam.

Portugal deve-lhe muito, mas a sua figura tem sido esquecida ou simplesmente ridicularizada. E os cristãos portugueses ainda lhe devem mais porque é o exemplo dos santos que nos mostra que é possível ser cristão a sério.

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