Missão |
Rui Branco, presidente da ONGD Sol Sem Fronteiras
Um rebento de amor, no coração da missão
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Rui Filipe da Cunha Branco nasceu, foi criado e batizado em Cascais. É enfermeiro na área da oncologia e Presidente da ONGD Sol Sem Fronteiras. Assume que tem deixado que a fé dê um “sabor especial” à sua vida.

 

Semear rebentos de amor

Afirma-se como um verdadeiro sonhador. “No sonho reside a esperança por um mundo melhor (...) mais justo, mais humilde, mais simples, mais honesto ”, nunca esquecendo que a maior prova de racionalidade é saber que a vida é feita de emoções”, partilha. É enfermeiro há oito anos e trabalha na área da oncologia há 4, onde diz ter encontrado a sua “bússola profissional”. “Pelos corações com que me cruzei, enquanto enfermeiro, fui semeando estes rebentos, que se querem de amor e que me ensinaram que para alcançar a essência da vida não basta o amor pelo próprio, mas sim um gesto humilde na busca do essencial deste amor pelo outro”, diz-nos com emoção afirmando que tem de agradecer aos seus amigos (sem medo de ultrapassar a barreira profissional) que diariamente o fazem rir, chorar e encontrar-se, ensinando-o “sobre a vida e sobre a morte”.

 

Alimentar-se de um amor onde tudo é possível!

Cresceu a receber a Palavra de Deus e aprendeu a transmiti-la enquanto catequista e membro do grupo Jovens sem Fronteiras ao longo de mais de 13 anos. “Alimentei-me de um amor em que tudo é possível”, partilha. Em 2006 e 2011 partiu em missão em projetos de curta duração para Huambo e Kalandula (Angola) e em 2014 partiu para Bissau (Guiné-Bissau) também em projetos de curta duração com a ONGD Sol Sem Fronteiras. “Por entre os olhares curiosos daqueles que me cercavam, raiados de esperança, conheci finalmente o verdadeiro sentido da palavra amor. Esqueci a sua fonética, e abracei a sua essência quando descortinei o mar de (im) perfeições do mundo. Na simplicidade de um povo. Foi imensa a grandeza que encontrei no povo que nos recebeu, mas, acima de tudo, nas pessoas que vieram até nós, ensinando-nos a alegria e a humildade de quem, apesar de todas as adversidades, entrega e confia a sua vida nas mãos de Deus, sem qualquer temor. E nós, seres pequeninos, voltamos maravilhados, mas, ao mesmo tempo, desarmados, diria mesmo, inquietos… porque a missão tem de continuar”, partilha.

“Chama-se cultura este hábito de olhar para as coisas através do tempo e de criar o que dura. Procurando dar corpo ao lema ‘O Sol nasce para todos’, enquanto amigo, sócio e Presidente da ONGD Sol sem Fronteiras, lanço-me ao desafio de uma personagem principal. Tomo consciência do quão necessário continua a ser o nosso trabalho, numa sociedade em que o conceito de justiça social se dissipa muito rapidamente pelos corredores. A missão enquanto Presidente é simples: a de convidar-te a protagonizares a experiência de pertencer a este mundo em que a Cooperação, o Voluntariado e a Educação para o desenvolvimento se juntam para se darem a conhecer de uma forma distinta e sem fronteiras a todos os que se atrevem a sonhar e a confiar”, diz-nos quando questionado sobre a sua missão enquanto presidente da ONGD Sol Sem Fronteiras.

A terminar a nossa conversa, deixa uma mensagem aos que o acompanham: “Sou um ser do mundo! Aos meus pais e irmão agradeço a paciência e sabedoria, de me terem deixado partir... Muitas são as etapas que ainda quero alcançar. Logo, não me prendam... Ajudem-me a descobrir para onde devo caminhar.”

texto por Catarina António, FEC – Fundação Fé e Cooperação
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