O Pavilhão Multiusos de Odivelas encheu-se para celebrar o Encerramento do Ano da Vida Consagrada na diocese e receber a visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima. Aos consagrados, na noite do passado dia 2 de fevereiro, o Cardeal-Patriarca desejou que as suas vidas sejam “uma afirmação, diante de Deus, com uma disponibilidade total para serem o que Deus quiser”.
“É importante que tenhamos, nas nossas comunidades, irmãos e irmãs, que pela sua especial consagração, segundo o carisma de cada um, nos lembrem pelo ênfase com que vivem esta consagração que esse é o nosso destino comum de consagrados a Deus”, salientou o Cardeal-Patriarca, no início da homilia, num pavilhão com mais de três mil pessoas, entre os quais algumas centenas de consagradas e consagrados.
Na noite em que Odivelas recebeu a vista da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima, D. Manuel Clemente agradeceu as vidas dos consagrados que estão presentes na Diocese de Lisboa. “Muito obrigado pelas vossas vidas, obrigado a Deus e ao seu Espírito que concede a cada um de vós e à Igreja um grande bem”, referiu o Cardeal-Patriarca, lembrando a complementaridade de carismas: “Na nossa vida cristã não podemos fazer todos, tudo. É por isso que existem estas vocações de especial consagração que, ao longo dos séculos, se têm repetido, com carismas distintos, mas todos complementares, para assinalar diferentes aspetos de uma realidade global, que é o próprio Jesus Cristo, o consagrado do Pai”.
Uma Mãe que congrega
“Como se explica nesta noite, estarmos aqui em tão grande número?”, questionou o Cardeal-Patriarca. “Nada como uma Mãe para congregar os filhos, juntando toda a família. Este foi um dom de Jesus. Na cruz oferece-nos a sua vida, o seu Espírito e a sua Mãe. Apesar de serem diversos os níveis de crença e de prática, passa uma figura que nos lembra a Mãe de Jesus e nós estamos em casa. Podemos explicar de muitas maneiras a devoção a Nossa Senhora – há páginas belíssimas acerca da devoção e do significado que ela tem – mas mesmo sem palavras nós sabemos que é assim. Basta olhar e estamos aqui”, salientou D. Manuel Clemente, lembrando as grandes manifestações populares que têm acontecido com a visita da Imagem Peregrina, desde maio de 2013, às 20 dioceses portuguesas.
Razão íntima de acontecer
“Consagração significa o que se realizou na Apresentação de Jesus no Templo, as vossas vidas devolvidas a Deus, do qual provém. É importantíssimo que a nossa vida seja nesse sentido, uma apresentação, que quer dizer uma afirmação, diante de Deus, com uma disponibilidade total para que, como dizemos tantas vezes, seja o que Deus quiser”, lembrou D. Manuel Clemente.
Na celebração onde foram lembrados os jubileus, celebrados este ano, de alguns consagrados, o Cardeal-Patriarca sublinhou que “quando nos pomos nas mãos de Deus, então Deus multiplica o que recebe e multiplica infinitamente. Uma vida posta nas mãos de Deus é uma vida de uma fecundidade imensa porque Deus está à espera do pouco que cada um de nós é, para oferecer, connosco, o tudo que Ele tem para oferecer, consagrando-lhe a vida”.
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Despertar o mundo
A igreja do Parque das Nações recebeu, no passado Domingo, 31 de janeiro, o Encontro dos Consagrados da Vigararia Lisboa II, com D. Joaquim Mendes, Bispo Auxiliar de Lisboa, a convidar os religiosos a “despertar o mundo”, sendo “testemunhas de um modo diferente de estar, de agir e de viver, marcado pela caridade, que permanece no tempo e para além do tempo e que é o distintivo de todo cristão: Seremos reconhecidos como discípulos do Senhor pelo amor sem medida a todos, mesmo aos inimigos”, concluiu.
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Proximidade orante e presente
O Bispo Auxiliar de Lisboa D. Joaquim Mendes desejou aos consagrados uma “abertura à realidade da vida das pessoas, da sua situação, do seu sofrimento, não teoricamente”, mas “numa proximidade orante e de serviço, numa proximidade não só espiritual, mas também física, com a presença”. Na Vigília de Oração pelos Consagrados, que decorreu na noite do passado dia 1 de fevereiro, na igreja do Sagrado Coração de Jesus, D. Joaquim Mendes encorajou os consagrados a não terem medo de “assumir as consequências de viver, testemunhar e anunciar Cristo e o Evangelho”.
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