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Catequese de D. João Marcos
A Páscoa do Senhor
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Catequese de D. João Marcos, Bispo Coadjutor de Beja, sobre a pintura ‘A Páscoa do Senhor’, da sua autoria, proferida na igreja de Alfornelos, no passado dia 6 de março, por ocasião da apresentação do livro ‘Imagens da Fé’, publicado pela Paulus Editora.

 

1. Que é o Cristianismo? Que é a Igreja? Que é ser cristão?

Para muitas pessoas, hoje, não é fácil responder a estas perguntas. Por várias razões, deixaram de ser nítidos os contornos destas realidades que moldaram a nossa sociedade. É verdade que, no seu dia-a-dia, todos se encontram com expressões e aspetos da vida cristã, fragmentados e desconexos que, por isso mesmo, dificilmente podem dar uma visão global. Se fôssemos à nascente do Cristianismo, àquele momento em que Cristo Se revelou plenamente e onde a Igreja iniciou a sua missão e o seu percurso na história, que veríamos nós?

O retábulo da Igreja de Alfornelos apresenta-nos a Páscoa do Senhor que é a fonte do Cristianismo e o centro da vida cristã, convidando-nos a sentar à mesa do Cenáculo, e a permanecer junto da Cruz no Calvário. Aceitemos o convite expresso no olhar do apóstolo situado atrás de Jesus na zona inferior do retábulo, e entremos.

«Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a Sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os Seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim» (Jo 13, 1). Este amor até ao fim, este amor divino, vemo-lo em Jesus que sendo Deus Se fez homem por amor de nós homens e para nossa salvação. Mais ainda: «fez-Se Servo obediente até à morte e morte de Cruz» (cf. Fil 2, 6-11). Ele amou-nos até ao fim com um amor desconhecido dos nossos esquemas humanos: deu a Sua vida por nós. E não em abstrato, em geral: «Ele amou-me e entregou-Se a Si mesmo por mim» (Gal 2, 20), podemos dizer com São Paulo, se somos cristãos. E ainda com São Paulo, assumindo as consequências da nossa fé, reconhecemos que «Ele morreu por todos a fim de que aqueles que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para Ele que morreu e ressuscitou por eles» (2Cor 5, 15). Só o amor de Jesus Cristo nos liberta da mais terrível escravidão que é o egoísmo, que é vivermos para nós mesmos.

A Páscoa de Jesus, a Sua passagem deste mundo para o Pai, é também a Páscoa dos cristãos. «Cristo é a nossa Páscoa» (1Cor 5, 7). Libertados da escravidão e lavados dos nossos pecados nas águas do Batismo, fomos pelo Seu Espírito integrados no Seu Corpo que é a Igreja, para cultivarmos a comunhão fraterna e a vida própria dos filhos de Deus celebrando e vivendo a Eucaristia.

A Igreja é este povo pascal que caminha unido a Cristo para a casa do Pai e se reúne para celebrar, viver e proclamar a Páscoa de Jesus, a Sua vitória sobre a morte.

 

2. Olhemos para o retábulo. Que vemos nós?

Como chave de todo o conjunto, a figura de Cristo crucificado capta de imediato a nossa atenção pela sua centralidade, luminosidade e exaltação. As mãos e os pés pregados e o lado aberto testemunham-nos a Sua morte mas o Seu rosto levantado e os seus olhos abertos dizem-nos que está vivo, ressuscitado. A Cruz, desmaterializada naquele vermelho cor de fogo lembra-nos a coluna de nuvem que guiou Israel no deserto. É o altar do Seu sacrifício, o tálamo das Suas núpcias, o trono da Sua realeza.

Junto da Cruz vemos, à Sua direita, a Virgem Maria e o apóstolo João e, à esquerda, São João Baptista e São Francisco de Assis, orago da Paróquia de Alfornelos.

Na parte inferior do retábulo vemos os apóstolos sentados à volta de uma mesa arredondada em cujo centro resplandecem o pão e o vinho da celebração eucarística. Facilmente identificamos Pedro a quem Jesus lava os pés, com João à direita e Tiago à esquerda, e Judas com o saco das moedas. A presença de São João Baptista e de São Francisco de Assis no Calvário é evidentemente anacrónica se se pretende fazer uma leitura historicista desta pintura, mas não o é do ponto de vista simbólico. A própria estruturação do retábulo, como veremos, convida-nos a ir além de leituras superficiais e a deixarmo-nos surpreender pela riqueza catequética e teológica destas imagens.

 

3. Centremo-nos na figura de Cristo crucificado.

«Quando eu for elevado da terra, atrairei tudo a mim» (Jo 12, 32), disse Jesus à multidão que O aclamava na Sua entrada messiânica em Jerusalém. Na perspetiva do Evangelho de São João, “ser elevado” significa ao mesmo tempo, ser crucificado e ser glorificado. Contemplando-O na Cruz, «vemos Jesus coroado de honra e de glória por causa da morte que sofreu» (Hb 2, 9). É à luz da Ressurreição que vemos a Cruz. Aliás, é à luz da Ressurreição que vemos todos os acontecimentos da vida do Senhor. Não se trata de um herói, de um homem divinizado: aquele homem é o Filho de Deus feito homem e por isso, a Sua morte é tão diferente da morte de tantos homens e mulheres que também morreram inocentes e injustiçados. A morte de Cristo é a maior teofania, a maior manifestação de Deus, acontecida no mundo. Nela podemos ver até onde chega o amor de Deus por nós e nela conhecemos também as consequências dos nossos pecados. Nela, o homem responde inteiramente ao amor de Deus, nela o homem é redimido e reconciliado com Deus que lhe dá o Seu Espírito e lhe oferece a Sua própria vida.

Contemplemos Jesus crucificado e glorificado, deixemo-nos atrair e conduzir por Ele. Embarquemos no Seu olhar de Filho que regressa ao Pai e a nossa vida não perderá o seu verdadeiro rumo. Deixemo-nos seduzir por Ele como a Virgem Maria, como São João Baptista, como São Francisco de Assis, como todos os santos que ao longo dos séculos conheceram, cultivaram e testemunharam ao mundo o Seu amor.

Rodeado embora de alguns amigos, Cristo, na Cruz, está só. E cada uma das figuras que O rodeiam também está só. Como é importante esta solidão do homem esvaziado de tudo e de si mesmo perante a humilhação suprema e a suprema glorificação do Filho de Deus! Sem esse esvaziamento, como poderá alguém acolher a vida eterna, a participação na comunhão trinitária que o Pai nos oferece na morte e na Ressurreição do Seu Filho?

A comunhão da Igreja, obra do Espírito Santo derramado no coração dos discípulos e que tão sublinhada está na parte central do retábulo, brota da solidão de Cristo, novo Adão, adormecido na Cruz. O Mistério da Cruz é a nascente da comunhão eclesial.

Porque será que o apóstolo João que viu o sangue e a água jorrando do lado aberto de Cristo e que tanto sublinha a veracidade do Seu testemunho («aquele que viu dá testemunho e o seu testemunho é verdadeiro; e ele sabe que diz a verdade  para que também vós acrediteis» [Jo 19, 35]), não tem, nesta representação, os olhos postos em Cristo? Será que olha para a Ceia, lembrando-se de que reclinou a cabeça naquele peito que ali vê trespassado? Ou será que contempla a assembleia festiva do cenáculo no seio da qual se manifestou no dia de Páscoa a presença de Cristo glorioso, admirando-se com o profeta Ezequiel de ver como a pouca água que escorria do lado direito do templo se tornava, a breve trecho, num rio de vida lançado ao deserto do mundo? (cf. Ez 47, 1) Deixemo-nos guiar pelo seu olhar.

 

4. A Igreja, diz o Concílio Vaticano II, aparece no mundo como «povo congregado na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo»[1]. Não se trata de um conjunto de pessoas boas que se reúnem por motivos humanos. A comunhão da Igreja não é uma realidade psíquica, é uma realidade divina, espiritual, que nasce do lado aberto de Cristo na Cruz, e se cultiva nas comunidades cristãs formadas por aqueles que reconhecem em Jesus o Messias prometido e o Salvador do mundo, o iniciador da Nova Humanidade. Na Igreja experimentamos que o Reino dos Céus já cresce na Terra.

As vestes dos discípulos, de um cromatismo intenso e variado, dizem-nos que esta comunhão acolhe as diferenças mais contrastantes e ordena os mais diversos carismas para o bem comum. Pelo Espírito que receberam, os cristãos aceitam-se como irmãos e amam-se uns aos outros com o mesmo amor e com os mesmos sentimentos de Jesus. Pelo Espírito que os anima, as diferenças que no mundo são tantas vezes pretexto para divisões tornam-se riqueza nesta comunhão que começa onde terminam todas as comunhões do mundo. Por isso, a comunidade cristã é a forma que melhor manifesta no mundo a beleza própria do Cristianismo, beleza que manifesta o encontro da verdade e da bondade. Quando esta comunhão integradora e harmonizadora das diferenças e contrastes dos seus membros se manifesta numa paróquia aparece o verdadeiro rosto do Cristianismo. A Igreja pode então repetir aos de fora o mesmo convite de Jesus: «vinde e vede!» (Jo 1, 39).

Pedro, colocado por Cristo no centro desta comunhão para velar pela sua unidade e promover o seu funcionamento, e Judas, que não se integra e acaba por abandoná-la, são os dois polos mais sublinhados na roda dos discípulos.

A celebração da Eucaristia simbolizada na mesa posta com o pão e o vinho é o centro da vida cristã e da comunhão eclesial. Sem Eucaristia não há Igreja. Mas não basta a liturgia: a prática cristã, o serviço amoroso e humilde aos irmãos significado no lava-pés é o prolongamento e a concretização daquilo que celebramos.

A cadeira da presidência, colocada no centro do retábulo, está significativamente vazia. Ressuscitado, Cristo está glorificado no Céu à direita do Pai, exercendo o Seu sacerdócio e intercedendo por nós. Mas, pelo Seu Espírito, está presente naqueles que se reúnem em Seu nome. Presente na assembleia dos irmãos, presente na Palavra proclamada, presente nas espécies do pão e do vinho, presente também naquele que preside. Presente sacramentalmente, mas fisicamente ausente. E, por isso, mesmo acreditando na Sua presença, a Igreja clama: «Maranatá», vem Senhor Jesus! É sobretudo na liturgia, ao saborearmos como o Senhor é bom, que cultivamos e expressamos a esperança cristã.

No retábulo, a presença de Cristo manifesta-se na parte mais alta, na Cruz, e na parte mais baixa, no lava-pés. E quem quiser experimentá-la mais fortemente na sua vida, coloque-se aí, crucificado com Cristo para dar o testemunho supremo do amor, e, esvaziado de si próprio, ponha-se inteiramente ao serviço dos irmãos.

Se a cena do lava-pés nos mostra antes de mais um admirável exemplo de humildade e de serviço ao próximo, podemos entendê-la também em chave sacramental, como símbolo do Batismo. Vemo-la neste retábulo como pórtico de entrada para a sala do banquete, tal como o Batismo o é para a Eucaristia e para a vida cristã. «Se não te lavar», diz Jesus a Pedro e a cada um de nós, «não terás parte comigo» (Jo 13, 8). Se não fores batizado, ficas excluído da comunhão com Cristo. Pedro deixou-se lavar pelo Senhor para estar em comunhão com Ele. Sem isso, como poderia ser colocado na cadeira de Cristo para presidir à Igreja como Seu vigário? Sem isso, como poderia beber o cálice de Cristo e segui-l´O e imitá-l´O também no martírio? (cf. Mt 20, 23 e Jo 21, 19). Este simbolismo batismal vemo-lo ainda sublinhado pela toalha branca que Tiago segura, e sobretudo pelo respeitoso descalçar-se de João, repetindo o gesto de Moisés em obediência a Deus que lhe falava da sarça-ardente (cf. Ex 3, 5). Como diz a Carta aos Hebreus, entrando na Igreja nós aproximámo-nos «do Monte Sião e da cidade do Deus Vivo, a Jerusalém Celeste, de milhões de anjos reunidos em festa, da assembleia dos primogénitos cujos nomes estão escritos nos céus, de Deus, Juiz de todos, dos espíritos dos justos que chegaram à perfeição e de Jesus, mediador da Nova Aliança e do sangue de aspersão mais eloquente que o de Abel. Assim, uma vez que recebemos um Reino inabalável, guardemos bem esta graça. Por ela sirvamos o Senhor de modo que lhe seja agradável, com submissão e temor, pois o nosso Deus é um fogo abrasador» (12, 22-24.28-29).

 

5. A Igreja reunida em nome de Cristo é um povo a caminho. Onde vemos expresso, nesta obra, esse dinamismo?

Arrancando solidamente da base e abrindo em cálice na parte superior, uma estrutura percorre todo o retábulo definindo um corredor central e selecionando os elementos de maior densidade simbólica: a Cruz, a presidência, as espécies eucarísticas e o lava-pés. Esta axialidade mostra-nos a vida cristã como um percurso descendente e ascendente. Vejamos: a contemplação de Cristo morto e ressuscitado, trespassado pelos nossos pecados, revela-nos o amor de Deus e suscita em nós a fé que é celebrada e cultivada na liturgia (sede e espécies eucarísticas). Pelo Espírito que recebemos, aprendemos a reproduzir em nós os gestos, as palavras e a vida de Cristo, Filho de Deus e Servo obediente e pomo-nos ao serviço dos irmãos, prolongando e concretizando na vida o que proclamamos na liturgia. Este percurso descendente – acreditar, celebrar, praticar – fala-nos da iniciação cristã. E o percurso ascendente – praticar, celebrar, testemunhar – mostra-nos o que é uma vida cristã adulta. Concretizando: a liturgia, sendo fonte, também é foz da vida cristã. A experiência de que Cristo atua em nós e Se manifesta na comunhão fraterna leva-nos de novo à Eucaristia e a Eucaristia habilita-nos para anunciarmos Jesus Cristo aos de fora e prepara-nos para darmos o testemunho supremo do martírio. A Cruz de Cristo, que foi para nós ponto de partida é também ponto de chegada. Ele deu-nos a Sua vida e, com Ele, no mesmo Espírito que faz de nós verdadeiros filhos de Deus, também nós podemos e devemos dar a nossa vida.

Colocada intencionalmente abaixo da Cruz e acima da presidência sobre a linha que divide os planos superior e inferior do retábulo, a coroa de espinhos lembra-nos que só pode deixar-se conduzir pelo Espírito até às últimas consequências do amor de Cristo quem aceita crucificar a sua razão. O Cristianismo não é uma gnose, é uma vida recebida, cultivada e entregue: é a vida de Cristo, Filho de Deus, a acontecer no mundo.

 

6. Porque nos leva à fonte e ao centro da vida cristã, várias leituras complementares se poderão fazer deste retábulo. Uma delas, por exemplo, pode partir de Jo 2, 21. Aos judeus que na Cruz iriam destruir o templo que era o corpo físico do Verbo Incarnado, Jesus anuncia que em três dias o vai reedificar. «Ele falava do templo do Seu corpo. Assim, quando Ele ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que Jesus tinha dito» (Jo 2, 22). No retábulo têm a maior evidência o Corpo de Cristo Crucificado e a Igreja, comunidade cristã, novo templo em que Deus habita. Esse novo templo vemo-lo simbolizado nos Apóstolos reunidos no cenáculo e também na Virgem Santíssima junto à Cruz.

Mas este retábulo sublinha também fortemente a dimensão sacerdotal do Mistério de Cristo e da vida dos cristãos. Na Cruz, Jesus Cristo é-nos apresentado como vítima, mas também, e sobretudo, como sacerdote que, oferecendo-Se a Si mesmo ao Pai, inaugura o culto da Nova Aliança (cf. Hb 10, 9). O Seu olhar levantado para o céu, expressando a Sua confiança filial e o Seu abandono nas mãos do Pai é a porta que se abre nas trevas da morte para toda a humanidade. Por meio dele, único sacerdote da Nova Aliança, podemos todos aproximar-nos do Pai num só Espírito (cf. Ef 2, 18).

Os braços estendidos e as mãos abertas e vazias sublinham esta dimensão sacerdotal da Sua morte na Cruz. Levantado entre a terra e o céu como Mediador e Pontífice, Cristo faz resplandecer nas trevas da morte, a esperança e a garantia da vida eterna para todos os que O contemplam com fé e se unem a Ele. Nós cristãos, participantes da Nova Aliança, temos a missão de viver sacerdotalmente, realizando o culto espiritual que Ele inaugurou. Sim, a vida de um cristão adulto é necessariamente sacerdotal. É uma continuada liturgia em que, no concreto do seu dia-a-dia, se oferece a si mesmo, unido a Cristo, como vítima viva, santa e agradável a Deus (cf. Rm 12, 1), para que o mundo participe abundantemente da vida do próprio Deus, comunhão santíssima de amor.

Três personagens destacadas sublinham ainda alguns aspetos importantes do ministério sacerdotal que o Senhor confiou aos Apóstolos: Pedro, que o Senhor colocou à frente da Igreja, como servo fiel e prudente é a imagem do Pastor. João Evangelista, o teólogo, que, depois de na Ceia ter reclinado a cabeça no peito de Jesus, contemplou com a Virgem Mãe no Calvário o Seu lado aberto e vê ganhar forma humana na comunhão da Igreja a vida que estava no seio do Pai, é figura do teólogo e do orante que cultiva a vida interior, a intimidade com Jesus; e João Baptista, o amigo do Esposo, profeta e mais que profeta que sempre nos aponta «o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo» (cf. Jo 1, 29), pregador cuja voz abre caminho ao Verbo de Deus, torna presente a dimensão profética.

Estas três dimensões estruturam a vida da Igreja e não podem faltar na vida de uma comunidade paroquial bem estruturada. Também por isso são indispensáveis na vida dos que exercem o ministério apostólico, para que o desempenhem como Deus quer.

Poderíamos ainda reparar na complementaridade de diversos aspetos presentes na urdidura deste retábulo: dentro e fora; cheio e vazio; símbolo e realidade; luz e trevas; solidão e comunhão; drama e festa…

Como resumo de tudo, guardemos na memória a luminosa forma circular da mesa da Eucaristia e o cálice de trevas iluminado pelo sacrifício redentor de Jesus. Sentando-nos, agora, à volta dessa mesa, sabemos que um dia chegará também para nós a hora de mergulharmos nas trevas da morte passando deste mundo para o Pai e dando testemunho deste amor excelso que acolhemos na fé para dar às nossas vidas a forma da vida de Jesus, o Filho de Deus. Escutando a Sua Palavra, comungando o Seu Corpo entregue e cultivando a comunhão fraterna aprendemos a «levar sempre e por toda a parte no nosso corpo o morrer de Jesus para que também se manifeste no nosso corpo que Ele está ressuscitado» (cf. 2Cor 4, 10).

 

D. João Marcos,

Bispo Coadjutor de Beja




[1] Concílio Ecuménico Vaticano II, Constituição dogmática sobre a Igreja Lumen gentium, n. 4.

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