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Testemunho
As esperanças da maternidade
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Por ocasião do Dia da Mãe, que se celebra neste Domingo, 1 de maio, publicamos o testemunho de um casal, Sara e João Chambel Leitão, a viver uma gravidez, que ilustra as esperanças e vivências desta etapa na vocação.


Há cerca de um ano atrás, no dia em que nos casámos, respondemos afirmativamente às seguintes três perguntas, que decerto soarão familiares e queridas a todos os casais cristãos que hoje nos leiam:

“Viestes aqui para celebrar o vosso Matrimónio. É de vossa livre vontade e de todo o coração que pretendeis fazê-lo? Vós, que seguis o caminho do Matrimónio, estais decididos a amar-vos e a respeitar-vos, ao longo de toda a vossa vida? Estais dispostos a receber amorosamente os filhos como dom de Deus e a educá-los segundo a lei de Cristo e da sua Igreja?”

Hoje encontramo-nos à espera do nascimento do nosso primeiro filho e recordamos com reverência este triplo sim como o momento central do sacramento que nos alimentou e preparou para o acolhimento desta nova vida. Casámo-nos movidos pelo nosso amor, mas a cada dia desde então confirmamos que nos amamos porque movidos pelo sacramento que recebemos. Não pelos nossos esforços e vontades, mas porque o sacramento recebido nutre em abundância a nossa pobreza e a nossa morte. Nutre-nos de tal forma que o nosso amor até consegue dar frutos – de forma muito concreta, toma agora forma numa nova vida! Maravilha das maravilhas!

Sermos pais é uma oportunidade que o Senhor nos dá, com o intuito de nos educar no Amor, de nos ensinar a amá-Lo ao jeito Dele. Nada de novo na vida familiar...Sermos filhos e irmãos também procurou educar-nos nesse sentido, assim como o ser casal, pois tudo na família está ao serviço do Amor. Sabemos que é essa a vocação da família – ser uma espécie de montra onde se pode vislumbrar o Amor de Cristo, que se dá livremente e inteiramente pela Sua Igreja. No entanto, sermos pais deste pequeno ser que cresce dentro de mim, tem-nos ajudado a compreender melhor a natureza do Amor de Deus, que se apresenta aos cristãos como um Pai – de forma inesperada, a leitura da mesma Palavra que escutámos vezes sem conta, toma hoje um sentido novo e profundo!

Sermos pais é também um dom. Ao vivermos num mundo que procura controlar os tempos próprios da Vida e da Morte, facilmente enquanto casal somos tentados a pensar a nossa vida a partir da falsa premissa de que a chegada de um filho é uma decisão do ser humano.

Já perdemos a conta da quantidade de vezes que, nestes breves cinco meses de gravidez, nos perguntaram: “E o bebé foi planeado? Ou apanhou-vos de surpresa?” Para nós, é claro. É claro que foi planeado, planeado por Deus, segundo as palavras do salmo “Quando os meus ossos estavam a ser formados, e eu, em segredo, me desenvolvia, tecido nas profundezas da terra, nada disso Te era oculto. Os Teus olhos viram-me em embrião. Tudo isso estava escrito no Teu livro.”

Creio que já não se usa esta expressão tanto como antigamente, mas quando uma mulher está grávida diz-se que está de esperanças. Parece-me uma expressão muito acertada, porque tenho tantas esperanças para este filho! Infelizmente confesso que muitas delas são bastante mundanas (inteligência, beleza, bons horários de sono, etc.), mas procuro sempre centrar-me na única esperança que sabemos que Maria, mãe de todas as mães, pronunciou: “Faça-se em mim segundo a tua Palavra!'. Faça-se em mim e faça-se no nosso filho, sendo que esta segunda parte é tão difícil de dizer! Com o auxílio da Mãe do Céu, procuramos dizê-la, confiando que foi Deus que amou o nosso filho primeiro, e não nós os dois.

Pedimos encarecidamente as vossas orações por esta gravidez. Escutamos com muita frequência o seguinte desejo: “O importante é que venha com saúde.” Certamente que não nos entristecemos com ninguém por desejar para o nosso filho a graça de ser saudável, mas não podemos deixar de ver como se limita a felicidade das nossas crianças a essa condição. Como é que encaramos, realmente, enquanto povo cristão, os bebés que nascem com alguma deficiência ou problema do foro médico? Todos os baptizados são filhos de Deus, chamados a serem santos e felizes! Por isso, pedimos as vossas orações pelos filhos de todas as mães que hoje se encontram de esperanças, para que, neste mundo de 'relações-cortadas' com o Senhor, eles o venham a conhecer e a amar.

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