Missão |
Tomás Macedo, do Movimento Apostólico de Schoenstatt e da Missão País
“Viemos ao mundo para servir!”
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Tomás Macedo nasceu a 20 de junho de 1995, em Lisboa, e é o primeiro de três rapazes de uma família católica onde a fé é transmitida desde muito cedo. Frequenta o 3º ano da licenciatura em Engenharia Mecânica no Instituto Superior Técnico. Tem feito um percurso no Movimento Apostólico de Schoenstatt e considera que tem uma forte vinculação a Nossa Senhora. É também membro da Missão País.

 

O caminho para a profissão que gostaria de ter

Entre o 1º e o 6º ano estudou no colégio das Irmãs Dominicanas, onde fez a primeira comunhão. No 7º ano foi para a Escola Secundária do Restelo por ser “perto de casa, por ter uma boa reputação a nível nacional e por ter amigos que também iam para lá”, como nos diz. Nessa altura entrou também no Rugby no Belenenses, um desporto que ainda hoje pratica e que considera ter-lhe ensinado muito. “O forte espírito de equipa que se vive faz-nos crescer no compromisso e no sacrifício por respeito a cada membro do grupo, abdicando de muitas outras coisas para não faltar aos treinos nem aos jogos. Isso fortaleceu-me a capacidade para ponderar, decidir e a estabelecer prioridades”, partilha. No 10º ano escolheu a área de Ciências e Tecnologia por gostar especialmente de Matemática e Física. Entrou na universidade, em 2013, em Engenharia Mecânica, no Instituto Superior Técnico, “com o intuito de continuar a aprofundar o conhecimento sobre os fenómenos físicos que nos rodeiam, num curso com muitas saídas profissionais. Hoje no 3º ano olho para trás e vejo que apesar de ter entrado sem nunca ter sentido que esta era, sem dúvida alguma, a profissão que gostaria de ter, tenho um grande gosto em muitas das coisas que estudo e acredito que a minha futura missão no trabalho possa passar por aqui”, como nos conta.

 

Tornar os hábitos quotidianos em missões concretas

É membro do Movimento Apostólico de Schoenstatt no qual tem aprofundado a sua fé. “Aí pude experienciar a graça que é poder ter um grupo, uma pequena comunidade de jovens que se mantém há oito anos, onde sou verdadeiramente incentivado a viver a santidade no dia-a-dia. Não só nas grandes e pontuais ocasiões, mas principalmente no amor radical que pomos nas pequenas coisas: na família, na faculdade, nas amizades, no namoro, com as pessoas que se cruzam connosco durante o dia, nas decisões que tomamos. Cada um de forma muito própria procura ser e inspirar outros a serem verdadeiros exemplos de Cristo nas suas vidas. A fé só consegue ser transmitida quando existem vínculos, aqui no grupo a forte vinculação é a chave”, partilha. No seu percurso de vida, participou já em diferentes projetos missionários e diz-nos que “estar numa missão concreta faz-nos sentir que somos chamados por Deus a levar o seu amor aos outros, pondo-nos ao serviço e através dessa simples entrega podemos ver como Deus consegue utilizar-nos para fazer a diferença na vida de alguém. É neste tempo que aprendemos a abrir os olhos e os ouvidos aos seus sinais, pois sentimo-nos seus instrumentos. É esse ‘sentido de missão’ que procuramos levar para as nossas vidas, tornando os nossos hábitos quotidianos em missões concretas”.

 

“Produzir uma grande mudança nas suas vidas e nas que os rodeiam!”

De todos os projetos missionários em que participou destaca dois: a Missão País e o projeto missionário num bairro social. Na Missão País partilha que o impressiona “todos os anos ver como 60 jovens, com diferentes caminhos de vida, para uns a sua primeira vez numa experiência do género, para outros a vigésima, saírem profundamente marcados porque naquela semana puderam experienciar o amor Deus, e ver como realmente isso preenche e dá um profundo sentido às suas vidas. Assim como acontece numa missão, acontece a mesma coisa em mais de 30 outras missões espalhadas pelo país. É incrível.” Sobre o projeto missionário num bairro social, conta-nos a sua experiência: “Fui viver juntamente, com mais dois jovens universitários do movimento de Schoenstatt, para um bairro social em Lisboa durante um semestre, dando continuidade ao projeto que tinha começado 6 meses antes. Mantinha os meus estudos na faculdade e ia semanalmente a casa estar com a família. O objetivo era conhecer melhor a realidade que se vive nas periferias da cidade e assim poder não só reconhecer as imensas virtudes daquelas pessoas como também incentivar e promover a mudança de alguns problemas lá existentes. Para tal foi fundamental criar uma forte vinculação com a comunidade, nas visitas às casas, nas conversas na rua, nas missas, etc. Hoje o projecto continua com um novo grupo de missionários, que aos poucos começam a ver os frutos de um trabalho que durante um ano e meio foi sendo construído em pequenos passos. A prova disso é a existência de um tão desejado grupo de miúdos, que embora pequeno, está muito motivado e acima que de tudo toma iniciativa própria de ter novos objetivos de grupo. Esta é a vinculação que mais tarde pode produzir uma grande mudança nas suas vidas e nas que os rodeiam.” Esta foi uma experiência que o marcou profundamente e que o fez sentir um “menino privilegiado” por tudo o que recebeu “sem nada fazer”: a sua família, a possibilidade de estudar, as boas amizades, os bons exemplos e a fé. Termina dizendo: “Esta experiência fez- me ver que, de facto, vivemos muitas vezes fechados em nós próprios e nos nossos constantes e pequenos egoísmos e não percebemos que viemos ao mundo para servir, dando aquilo que de bom recebemos a quem não tem. É isso que levo como desafio para a minha vida”.

texto por Catarina António, FEC – Fundação Fé e Cooperação
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