Missão |
Pedro Hasse Ferreira, das Equipas de Jovens de Nossa Senhora e da Missão País
“Deus tem-me pedido muito e ainda me pode pedir mais, porque só assim sou feliz”
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Pedro Hasse Ferreira nasceu a 8 de dezembro de 1994, em Lisboa, no seio de uma família não católica. Vive com a sua família em Cascais e frequenta o 1º ano do Mestrado em Psicologia Social e das Organizações. Faz parte das Equipas de Jovens de Nossa Senhora, é animador de campos de férias da Paróquias de Cascais e do Estoril e membro da Missão País.

 

Uma escolha profissional refletida

Entre o 5º e o 9º ano estudou no Externato Nossa Senhora do Rosário, em Cascais, depois mudou para a Escola Secundária de Cascais onde finalizou o 12º ano, tendo na altura a intenção de tirar Gestão Hoteleira. No entanto, apesar de ter a oportunidade de fazer esse curso fora de Portugal, optou por não o fazer e começou a pensar noutras hipóteses de cursos superiores. Em 2012 entrou para o ISPA (Instituto Superior de Psicologia Aplicada) para o 1º ano de Licenciatura em Ciências Psicológicas. Entre Janeiro de 2013 e Maio de 2015 trabalhou na loja Bairro Arte, como assistente/colaborador de loja, e desde Maio de 2015 que está como Responsável pelo Departamento de Comunicação e Imagem na júnior empresa do ISPA (P.O.W.E.R. Consulting).

 

Conhecer e amar a Deus

Considera que o fim do 10º ano foi um marco na sua vida. “Tinha vários amigos católicos, mas para mim, a simples ideia de acreditar em Deus era literalmente sinónimo de falta de inteligência. O que só era confirmado por todas as discussões teológicas que ganhava a esses meus amigos. Parte das pessoas que não acredita em Deus, sente-se tão incomodada com essa realidade que geralmente procura conhecer mais sobre a fé Cristã e a Bíblia do que os próprios Cristãos. Nunca me esqueci do argumento que os meus amigos usavam sempre nessas discussões: “tudo o que lês e sabes sobre Deus e Jesus, nunca o poderás entender verdadeiramente, sem a experiência de viver a fé”. Nenhum argumento me poderia parecer mais falacioso e sem sentido do que este… No fim do 10º ano propus-me fazer um trabalho para Filosofia com três amigos católicos. O tema era “Religião: Fé ou Aceitação Social”. Decidimos entrevistar um padre (Pe. António Teixeira). Obviamente quis ser eu a preparar e conduzir a entrevista mas ao sair daquele encontro só conseguia pensar que acreditava exatamente em tudo o que aquele homem tinha dito – ele não tinha falado de Jesus, ou de Deus, mas como um Cristão deve e quer ser no seu dia-a-dia! E por isso só havia duas hipóteses, ou ele andava enganado e essa bondade Humana não precisava de Deus, ou eu andava há anos a evitar chamar Deus ao que era de facto Deus. Passei a ir à missa e depois mandei uma mensagem ao Padre António a pedir-lhe para ser batizado (Sacramento que recebi em Abril de 2011), e hoje tenho ainda o Pe. António como meu padrinho de Crisma. Essa entrevista marcou a entrada de Deus no resto de toda a minha vida, aliás, deu início a uma nova vida”, partilha. Em 2015 participou na semana da Missão País da FAL (Faculdade de Arquitetura de Lisboa) e diz: “Nunca tinha feito missões universitárias antes, e ainda por cima fiquei na comunidade do teatro, o que implicava preparar uma peça para apresentar à vila de Constância no fim da semana, enquanto as restantes comunidades de missionários iam tendo contacto com a realidade da vila, com as pessoas, e por isso conseguiam ver Cristo mais facilmente do que nós. A partir dessas Missões, Ele mostrou-me o quão importante é a coerência. O mundo está cheio de católicos que “dizem mas não fazem”… e isso afasta os que não O conhecem! Eu queria que Deus desse através de mim o que eu próprio tinha recebido há uns anos, e isso só era possível vivendo com coerência.” Em 2012 entrou para as Equipas de Jovens de Nossa Senhora, movimento no qual continua até hoje. Começou a dar catequese no colégio Salesiano em que tinha andado e foi convidado para animador do GOMAJ (Grupo de Oração dos Miúdos Amigos de Jesus – catequese dos 12 aos 14 anos da Paróquia de Cascais), grupo do qual é atualmente co-chefe da equipa de animadores. Em 2013 foi convidado para animar o campo de férias da Paróquias de Cascais e do Estoril para miúdos dos 12 aos 14 anos, o Milonga. “Este convite marcou uma grande reaproximação a Deus, depois de uma fase mais em baixo em que inclusive tinha deixado de ir à Missa (por revolta por Deus não fazer as coisas à minha maneira…)” Em 2014 foi convidado para animar Pegadas, um campo de férias católico para miúdos com realidades mais complicadas do que aquelas a que estava habituado. Atualmente é diretor desse mesmo campo (Pegadas da Ludoteca da Galiza).

 

“Só assim sou feliz: a cumprir a vontade d’Ele”

“Em 2015, fiz Missões universitárias (Missão País) com a FAL, participei nas Missões Familiares no Cartaxo, comecei a pilotar uma equipa das EJNS, integrei a equipa do Secretariado das EJNS de Cascais como Responsável pela Tesouraria e Ficheiros, fiquei encarregue pelo Departamento de Núcleos e Voluntariado da AEISPA, comecei como voluntário a dar explicações na Ludoteca da Galiza. Decidi também levar o projecto da Missão País para a minha própria Universidade, e em conjunto com o IADE, em fevereiro de 2016 aconteceu a primeira Missão do ISPA-IADE em Nisa, cujos frutos ainda estão a surgir, tal como o Núcleo de Estudantes Católicos do ISPA que acontece mensalmente. Deus tem-me pedido muito trabalho, muito tempo, e se calhar ainda me quer pedir mais, mas tenho a certeza de que só assim sou feliz: a cumprir a vontade d’Ele, a permitir que através de mim possa chegar a outros, no fundo, a caminhar para ser Santo”, conta-nos. Termina partilhando: “Quando me propus a levar a Missão País ao ISPA, significava também auto denominar-me como Chefe-geral dessa Missão, enquanto normalmente os Chefes-gerais são escolhidos pelos anteriores (mas neste caso, não haveria anteriores). Isto levantou-me um problema moral… Não estaria eu a desejar isto apenas para me enaltecer, em vez de ser para dar a conhecer Jesus? Em conversa com o meu diretor espiritual ele disse-me: “mesmo que exista a possibilidade de fazeres uma coisa boa por vaidade, faz na mesma! Deus aproveita-se mesmo dessa vaidade para construir algo maior”.

texto por Catarina António, FEC – Fundação Fé e Cooperação
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