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Papa Francisco desafia-nos a todos a sermos...
A carícia de Deus
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São apenas três minutos que podem mudar por completo as nossas vidas. Numa vídeo-mensagem, dirigida aos benfeitores e amigos da Fundação AIS – a si, portanto… –, o Santo Padre desafia os cristãos a fazerem obras de misericórdia, a transformarem o mundo. A não terem medo de serem Cristãos. “A misericórdia é a carícia de Deus!”, diz o Santo Padre.

 

Não vale a pena passar já para a página ao lado. A mensagem do Papa Francisco é mesmo dirigida a si, e a todos os benfeitores e amigos da Fundação AIS em todo o mundo. É uma mensagem que, no estilo muito próprio do Santo Padre, é também um desafio. É um desafio que nos inquieta, sobressalta, mobiliza e que, por isso tudo, nos faz bem. Estamos no Ano da Misericórdia. Desde que convocou o Jubileu, desde o instante em que abriu a Porta Santa, em Dezembro do ano passado, em Roma, o Papa Francisco não se tem cansado de falar em Misericórdia, incentivando os Cristãos e todas as pessoas em todo o mundo a mudarem, a descobrirem o significado do perdão, da caridade, a serem tolerantes e solidárias. A descobrirem o amor.

 

O apelo do Papa

Agora, num gesto inédito, Francisco decidiu gravar uma vídeo-mensagem, com apenas três minutos, dirigida a todos os benfeitores e amigos da Fundação AIS espalhados pelo mundo, em que apela a que se façam “obras de misericórdia”. Esta misericórdia, de que nos fala Francisco, é amor gratuito, compaixão e ternura, em especial pelos mais pobres, os doentes, os que estão em sofrimento. Os mais necessitados, os mais frágeis. Diz o Papa Francisco (na verdade, isto deve ser lido assim: “Diz-me o Papa Francisco…”): “Quero pedir a todos os homens e mulheres de boa vontade de todo o mundo para que se faça uma obra de misericórdia em cada cidade, em cada diocese, em cada associação”. E prossegue: “Nós, homens e mulheres, precisamos da misericórdia de Deus, mas também precisamos da misericórdia uns dos outros. Precisamos de dar a mão, de acarinhar, de cuidar uns dos outros e de não fazer tantas guerras”.

 

E agora, que fazer?

São três minutos apenas que têm o condão de mudarem a nossa vida. Que vamos fazer a partir deste instante? Ignorar as palavras do Santo Padre, fingir que não as lemos, que não as ouvimos? O Papa lança-nos o desafio de fazermos obras de misericórdia e diz que confia esse trabalho também à AIS. “Convido-vos a todos, juntamente com a AIS, a fazer, por todo o mundo, uma obra de misericórdia, mas que permaneça, uma obra de misericórdia permanente… E, não tenham medo da misericórdia: a misericórdia é a carícia de Deus.”

O desafio do Papa é claro: cumprir a compaixão pelos outros, os mais necessitados, nos lugares onde vivemos, onde trabalhamos ou estudamos, nas ruas que percorremos todos os dias. Mais próximo do outro significa também estar atento às suas necessidades - necessidades materiais e espirituais.

 

Rostos concretos

Ao confiar este trabalho também à Fundação AIS, o Papa Francisco colocou o foco nesta instituição criada pelo Padre Werenfried van Straaten, que “teve a visão no momento certo de pôr em prática esses gestos de proximidade, de bondade, de amor e de misericórdia”. De facto, todos os anos, em todo o mundo, a Fundação AIS apoia mais de 6 mil projectos. São milhares e milhares de pessoas envolvidas. Em cada um destes projectos há rostos concretos, homens e mulheres de boa vontade que ajudam a levar as carícias de Deus – como disse Francisco – até aos lugares mais improváveis, mais perigosos ou mais distantes. Em cada um destes projectos há também o rosto dos benfeitores e amigos da Fundação AIS que o tornam possível com a sua generosidade e que o transformam numa obra de Deus com as suas orações. Todos os dias, há multidões inumeráveis de pessoas sem nome que estão famintas, que têm sede, que estão doentes, presas, que são perseguidas por causa da sua fé, que estão sós e tristes, que precisam de uma voz amiga, de um abraço… São mesmo muitos os gestos possíveis de misericórdia. O desafio está lançado. Em www.aismisericordia.org pode acompanhar tudo aquilo que vai acontecer e envolver-se também nesta aventura de amor. Afinal, como diz o Papa Francisco, a Misericórdia é a carícia de Deus.

  

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Como colaborar?

Esta campanha da misericórdia, que é um desafio lançado a todos os Cristãos pelo Papa Francisco, vai decorrer até Outubro, mas, na verdade, deve acompanhar-nos até ao fim das nossas vidas. A Fundação AIS, em resposta a este apelo concreto do Santo Padre, decidiu, a nível internacional, dividir esta campanha em quatro grandes áreas: necessidades, apóstolos, lugares e frutos de misericórdia. Há, neste momento, mais de 6 mil projectos em curso na AIS e que podem - e devem – ser apoiados por todos nós. Ao longo das próximas semanas a Fundação AIS vai multiplicar as suas acções em todo o país, procurando levar mais longe este desejo do Papa Francisco. Em www.aismisericordia.org pode acompanhar tudo aquilo que vai acontecer. E será muito. Se, um dia destes, quando estiver na praia, reparar que umas largas dezenas de pessoas estão a rezar o terço, não estranhe… Junte-se a nós, nesta carícia de Deus.

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