Missão |
Rita Carvalho
“Todos os dias dou graças pelas oportunidades que me surgiram na vida”
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Rita Carvalho nasceu a 7 de fevereiro de 1994 e vive, desde sempre, no Porto. Frequenta o último ano da Licenciatura em Economia na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP). É voluntária da Missão País e já esteve em missão em Moçambique com o Colégio do Rosário.

 

Cristãos ativos na mudança de mentalidades

Estudou no Colégio Nossa Senhora de Lourdes (Congregação das Religiosas do Amor de Deus em Portugal) até ao 4º ano do Ensino Básico e aí fez a sua primeira comunhão. “Foi aqui que, de facto, dei os meus primeiros passos na vida cristã e, também, onde criei fortes laços de amizade que até hoje perduram”, partilha. Concluiu o Ensino Secundário no Colégio Nossa do Rosário, do Instituto das Religiosas do Sagrado Coração de Maria. “Educar para a Justiça para que todos tenham vida foi o lema que se impôs na minha vida durante 7 anos e que de certa forma, se grudou a mim e moldou a minha personalidade”, diz-nos. “Para além do ensino de qualidade que o Colégio do Rosário me proporcionou, conseguiu também alcançar muitos outros pontos importantíssimos na nossa formação enquanto seres humanos conscientes da realidade social que nos rodeia e cristãos ativos na mudança de mentalidades”, continua.

 

África: ponto de viragem e de construção de personalidade

Teve a oportunidade de participar em alguns dos programas de cariz social que a Instituição proporciona, tal como nos conta: “Destaco o projecto PAS, que consistia em rondas noturnas aos sem-abrigo da cidade do Porto, e a Missão Moçambique, onde um grupo de 16 pessoas partia anualmente para a região de Quelimane, durante um mês no Verão. Duas realidades completamente diferentes: uma no nosso país e uma outra já com os olhos virados para África, mas ambas assustadoras pelo número de direitos humanos que são negligenciados. O mês em que estive por terras africanas foi o grande ponto de mudança na minha vida e, talvez, aquele que inspirou a construção da minha personalidade. Num sítio onde a miséria e a pobreza andam quase de mãos dadas, o que não falta é a felicidade estampada nos rostos. Os agradecimentos sinceros, o esforço genuíno para aprender, a alegria que os olhos daquelas crianças irradiavam são verdadeiras lições de vida. Davam-nos o pouco que tinham apenas para tentar retribuir. E se isto não é a presença de Jesus, o que será? A verdade é que regressei a Portugal com um sentimento de frustração realizada, porque tinha a consciência que aquela boa mudança era efémera.”

 

A Missão País: serviço, entrega, dedicação e devoção

Ingressou depois na Universidade e na vida académica da FEP e foi “traçando o caminho no mundo do voluntariado e trabalho social tendo agarrado vários projetos que muito me fizeram crescer em diversos sentidos, desde o acompanhamento e concretização de sonhos a crianças que estão a passar uma fase menos boa das suas vidas, até à manutenção de programas de voluntariado dentro da faculdade.” No seu segundo ano de faculdade deu sentido a todos os desafios que vivia e esteve com um grupo de 50 missionários em Tarouca com a Missão País. “A certeza de que Jesus nos acompanha a todos os segundos foi desmitificada naquela semana onde o espírito de serviço, entrega, dedicação e devoção eram enaltecidos. Foi uma certeza que antes já era dada como certa, mas que nunca tinha sido sentida até ao seu nível mais profundo. A transformação que se dá em todos os que a querem presenciar é demonstrada em todos os nossos atos, desde os mais corajosos até aos mais insignificantes e rotineiros. Apaixonei-me pelo projeto e por tudo o que o envolvia e, nos dois anos seguintes, fiz parte da equipa de chefes, tendo sido Chefe Geral neste último ano. “Quero que saibas que cada vez que me convidas, eu venho sempre, sem falta. Venho em silêncio e de forma invisível, mas com um poder e um amor que não acabam.” Estas belas palavras de Madre Teresa de Calcutá descrevem na perfeição o que significou para mim o desafio de ser responsável, em conjunto com o Gonçalo, pela Missão da FEP. Este convite, feito em junho de 2015, nunca foi unilateral, teve sempre dois lados: eu e Jesus”, diz-nos.

Prepara-se neste momento para receber o Sacramento do Crisma no Centro Reflexão e Encontro Universitário – Inácio de Loyola. “Todos os dias dou graças pelas oportunidades que me surgiram na vida, pela família e amigos que tenho e, sobretudo, por Jesus estar sempre comigo, em qualquer ocasião”, termina.

texto por Catarina António, FEC – Fundação Fé e Cooperação
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