Por razões de agenda, optámos por abordar neste número do Jornal VOZ DA VERDADE o tema da canonização de Madre Teresa de Calcutá que é, desde o passado Domingo, Santa Teresa de Calcutá. Na celebração realizada na Praça de São Pedro, em Roma, o Papa Francisco apelidou a nova santa da Igreja Católica de “dispensadora generosa da misericórdia divina”, referindo ainda que esta se fez disponível para todos “através do acolhimento e da defesa da vida humana, dos nascituros e daqueles abandonados e descartados”. “Inclinou-se sobre as pessoas indefesas, deixadas moribundas à beira da estrada, reconhecendo a dignidade que Deus lhes dera”, observou ainda Francisco. Quantos são os que deixaram fugir a sua dignidade!!! Nos lugares onde ninguém queria ir, onde ninguém queria estar, Madre Teresa de Calcutá estava lá, porque ali tocava a carne de Cristo.
Madre Teresa de Calcutá é, sem dúvida alguma, exemplo e modelo, agora de santidade reconhecida mas, acima de tudo, de uma vida discreta, entregue pelo Evangelho, onde prevalece a simplicidade e a humildade. Numa época em que predomina a força da imagem e o desejo de uma foto na revista cor de rosa; fazem-se longas filas de espera para um momento de fama; procura-se um poder e atropela-se tudo e todos para chegar mais alto; aposta-se em jogos de sorte e outros tais na ansiedade de uma carteira mais recheada para alimentar o reino do consumo, impõe-se pela sua força própria, sem ações de marketing ou operações plásticas, a vida de uma mulher que vivia na pobreza, junto dos pobres e usava como ‘tempero’ dos seus dias, a misericórdia. “A misericórdia foi para ela o ‘sal’, que dava sabor a todas as suas obras, e a luz que iluminava a escuridão de todos aqueles que nem sequer tinham mais lágrimas para chorar pela sua pobreza e sofrimento”, salientava ainda o Papa Francisco. O modo de viver da Santa Teresa de Calcutá marcou vidas e deixou rasto naqueles e naquelas que foram por ela tocados e pelos que ainda hoje a seguem na missão deixada. A obra de misericórdia que realizam é o Evangelho ‘em bruto’.
P. Nuno Rosário Fernandes, diretor
p.nunorfernandes@patriarcado-lisboa.pt
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