Editorial |
P. Nuno Rosário Fernandes
Missão ontem, hoje e amanhã
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A Igreja celebra este Domingo o Dia Mundial das Missões e, a esse propósito, somos convidados a olhar para a missão ad gentes como “uma grande, imensa obra de misericórdia quer espiritual quer material”, refere o Papa Francisco na mensagem que dirige para este dia. “Neste Dia Mundial das Missões, todos convidados a ‘sair’, como discípulos missionários, pondo cada um a render os seus talentos, a sua criatividade, a sua sabedoria e experiência para levar a mensagem da ternura e compaixão de Deus à família humana inteira”. É deste modo que Francisco nos interpela chamando a atenção para a necessidade de cada um pôr a render os seus talentos, os seus dons, partilhar a sua vida com os outros, fazendo chegar, assim, a mensagem de ternura de Deus, a sua própria misericórdia.

Um pouco por todo o mundo, são muitos os que dão a vida em missão e dão-na, tantas vezes, até ao fim. Precisamente para que o anúncio da Boa Nova possa chegar a todos, “a todos os cantos da terra”.

Mas é importante que entendamos que a missão também se faz por aqui. Nos nossos lugares, nas nossas casas, nos bairros e localidades onde vivemos. No passado sábado realizou-se o primeiro encontro dos Núcleos de Estudante Católicos (NEC) de algumas universidades de Lisboa e tocou-me, sobretudo, ouvir uma jovem, que não se afirmava católica, testemunhar que a experiência da ‘Missão País’ foi, para si, o momento da sua conversão. Ela que, a convite de outros, ia partir em missão cá dentro, como voluntária, para ajudar os outros, foi a própria a ser missionada. Isto é: o contacto com a missão fez perceber a misericórdia de Deus.

Mas a missão deve também ser vivida nos lugares de trabalho, nos empregos, nas profissões e atividades que cada um exerce. Isto porque é importante não deixar de lado, durante a semana, o fato de cristão de Domingo. O ser católico não se dissocia do que somos em qualquer lugar. Pode haver maior ou menor dificuldade na afirmação e testemunho da fé mas faz parte da nossa vida, em todos os momentos.

Em novembro, no âmbito dos 300 anos da qualificação Patriarcal, vai realizar-se o I Congresso das Associações Profissionais Católicas que vai juntar diversas profissionais católicos para a partilha, o testemunho e, sobretudo, para a procura de resposta à pergunta do Papa Francisco na Encíclica Laudato Si (160): “Que tipo de mundo queremos deixar a quem vai suceder-nos, às crianças que estão a crescer?” Será uma oportunidade de congregar profissionais de diversas áreas, manifestando a preocupação pelo sentido da vida, pela cultura herdada por todos e cujo seu legado será deixado, e a preocupação com a missão de contribuir para uma humanidade madura e completa, onde possa ser evidente o rosto de Deus. Isto porque a missão foi ontem, é hoje e continua amanhã.

 

P. Nuno Rosário Fernandes, diretor
p.nunorfernandes@patriarcado-lisboa.pt

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