Na Tua Palavra |
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D. Nuno Brás
De Deus ou dos homens?
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“O baptismo de João era de Deus ou dos homens?” (Mc 11,30). Esta questão que Jesus coloca aos chefes judaicos e que os fez vacilar por causa do “politicamente correcto”, tinha por detrás uma outra interrogação: a da autoridade de Jesus. “Com que autoridade fazes tu estas coisas?” – questionavam os judeus, diante das palavras e dos milagres de Jesus.
A interrogação parece hoje ser mais do que nunca actual. Não simplesmente dirigida a Jesus pelos não-crentes que, como tal, continuam a interrogar os cristãos sobre as ousadias de Jesus e o modo como Ele falava como Deus, mas, sobretudo, dirigida também agora aos cristãos: “que dizeis do Evangelho: é de Deus ou dos homens?”; “que dizeis do próprio Jesus: é Deus ou um simples homem?”
Com efeito, trata-se da grande questão. Porque se olhamos para Jesus como um simples homem, então as suas palavras não passam de mais uma teoria acerca de Deus ou acerca do homem, igual ou com a mesma dignidade de tantas outras que enchem as bibliotecas de há muitos séculos a esta parte. E os seus gestos são apenas atitudes dignas de admiração ou, quando muito, de imitação por parte de todos, segundo a vontade de cada um. Mas Jesus não será o Salvador; nunca nos poderá oferecer a vida de Deus, a vida eterna: poderá, quando muito, ajudar a viver melhor esta vida presente. Continuamos condenados a procurar a solução da vida, sem nada que nos garanta a Verdade.
Mas se tudo isto vem de Deus, então não fazem sentido tantas coisas que vemos nas nossas igrejas e nas nossas atitudes de cristãos. Não faz sentido o modo como tratamos ligeiramente a Palavra de Deus, a Eucaristia e os outros sacramentos; não faz sentido o modo como olhamos o irmão, sobretudo aquele que sofre; não faz sentido a indiferença com que vivemos a vida; não faz sentido procurarmos justificar-nos a nós mesmos…
Que dizemos acerca de Jesus? Que diz o nosso Natal acerca de Jesus? É de Deus ou dos homens?
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