Na Tua Palavra |
D. Nuno Brás
O Salvador

“Nasceu-vos o Salvador” – foi assim, de acordo com o evangelho de S. Lucas, que os anjos evangelizaram os pastores na noite do nascimento de Jesus (Lc 2,11). A grande notícia para todos, a começar por aqueles homens simples e a terminar nos mais importantes, foi e é o nascimento do Salvador.

Isso significa, em primeiro lugar, que, da parte de Deus, o mundo tem salvação. Fora o mundo destinado à perdição; foram os homens condenados à auto-destruição (como alguns nos querem fazer acreditar) e Deus não teria perdido tempo connosco. Colocando-nos no lugar de Deus, talvez fosse mesmo isso que merecíamos: gente de coração duro e de pensamento frio; gente inconstante e capaz do melhor e do pior… – fôssemos nós Deus e já teríamos perdido a paciência com esta humanidade. Mas não: apesar de tudo, para Deus somos obra das suas mãos, onde Ele gravou a sua imagem. E, depois, há Jesus Cristo: e, por um justo, Deus não destruirá a cidade. E, em Jesus, antes e depois dele, muitos pecadores que se deixaram tornar justos, e que brilhasse na sua vida e no seu coração a justiça de Cristo: Deus não destruirá a cidade!

Mas a Boa Nova do nascimento do Salvador significa igualmente que existe, no meio do tempo, alguém que nos pode libertar. Insistimos em recusar Jesus Cristo. Os homens insistem em querer salvar-se a si mesmos. Em procurar outros caminhos mais fáceis (mesmo religiosos – e, alguns, disfarçados até de cristianismo), onde a auto-salvação possa ir de mãos dadas com a riqueza, a soberba, o egoísmo, a auto-glorificação…

Que essa recusa de Jesus acontecesse naqueles lugares onde ainda não ressoou o Evangelho, poderíamos compreender; mas que isso aconteça nestas terras onde praticamente desde o início aquele feliz anúncio foi escutado, ultrapassa todas as lógicas (penso nisto, e olho para mim, pecador, e percebo que talvez não seja assim tão estranho)!…

A história do mundo quase se poderia contar deste modo: a recusa de um Salvador, e a tentativa, sempre falhada, de acreditar apenas na humanidade e nas suas capacidades; e a insistência, persistência, perseverança de Deus em fazer-nos encontrar o Salvador… É um mistério esta paciência de Deus! Mas é uma tarefa de que Deus não nos dispensa, a nós, cristãos: o anúncio, diante de todos, hoje como naquela noite fria de Belém, de que nasceu o Salvador.

A OPINIÃO DE
Guilherme d'Oliveira Martins
Quando Jean Lacroix fala da força e das fraquezas da família alerta-nos para a necessidade de não considerar...
ver [+]

Tony Neves
É um título para encher os olhos e provocar apetite de leitura! Mas é verdade. Depois de ver do ar parte do Congo verde, aterrei em Brazzaville.
ver [+]

Tony Neves
O Gabão acolheu-me de braços e coração abertos, numa visita que foi estreia absoluta neste país da África central.
ver [+]

Pedro Vaz Patto
Impressiona como foi festejada a aprovação, por larga e transversal maioria de deputados e senadores,...
ver [+]

Visite a página online
do Patriarcado de Lisboa
EDIÇÕES ANTERIORES