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DOMINGO DE PÁSCOA Ano A

“Levaram o Senhor do sepulcro

e não sabemos onde O puseram.”

Jo 20, 2

 

A morte vem sempre tirar o que de mais importante julgávamos possuir:

a vida, as pessoas que amamos, as coisas que dizemos nossas, os sonhos projectados.

É um despojamento irmão da nudez que nos revela tão próximos

da terra que também recebe para dar, do ar que se respira gratuitamente,

da água das fontes oferecida, e do vento que espalha as sementes.

Da morte há pouco a dizer, principalmente porque estamos vivos,

e há sempre tanta vida a acontecer e a chamar-nos,

que, falar da morte, é perda de tempo.

 

Buscando Jesus entre os mortos, Maria e as mulheres não O encontraram.

Como podia caber num sepulcro Aquele que libertava de todas as prisões

e abria futuros para os que só tinham as marcas do passado?

Como aceitar o fim d’Aquele que trazia nas palavras o encanto de começar de novo?

Como confiar nos sonhos de felicidade que Ele despertara em tantos?

O sepulcro vazio aponta uma ausência, que não é o roubo de um corpo,

mas a transformação da morte em passagem, e o fim em surpresa de vida nova.

 

“Na Galileia O vereis”, disseram os anjos no evangelho de Mateus,

reenviando os discípulos às periferias onde tudo começou.

À frescura das primeiras palavras e ao encanto dos primeiros encontros,

em que o coração e a vida sentiam palpitar o coração de Deus que Jesus oferecia.

Para construir a comunidade que tem Jesus no centro,

e vive a acolher e a partilhar, a perdoar e a libertar,

a espalhar a confiança no amor criativo e inesgotável de Deus.

 

Que adianta falar da morte quando há tanta vida para dizer?

E tanta vida nos dá Jesus ressuscitado, para continuarmos a fazer como Ele,

a Páscoa de cada dia que também se diz nas nossas palavras e gestos,

cheios na novidade criadora do seu Amor!

P. Vítor Gonçalves
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