Lisboa |
Centenário das Aparições de Fátima na Paróquia do Bairro Padre Cruz
Um silêncio que impressionou
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Foi com particular intensidade de fé que a comunidade do Bairro Padre Cruz, em Lisboa, viveu, neste ano, as celebrações do dia 13 de maio, nas comemorações do Centenário das Aparições da Virgem aos Pastorinhos da Cova da Iria.

 

Desde a sua elevação à condição de Paróquia que o Bairro Padre Cruz está consagrado ao Patrocínio de Nossa Senhora de Fátima e a sua população vive com especial orgulho e devoção essa presença protetora da Mãe de Jesus. E no dia 13 de maio, a comunidade quis viver essa devoção em espírito de ação de graças, de oração e de júbilo, e saiu para a rua a partilhar e a testemunhar publicamente a sua fé e a sua alegria. Desde cedo as crianças da catequese se juntaram à porta igreja para aí, com os pais e os catequistas, construírem um tapete de aparas coloridas, que haveria de ser ponto de passagem para aqueles que, à noite, iriam fazer sair em ombros o andor com a imagem de Nossa Senhora de Fátima até à viatura disponibilizada pela junta de freguesia para percorrer processionalmente as diversas ruas deste Bairro. Antes da procissão, porém, a celebração da Eucaristia, ponto alto de todo um dia festivo. Em procissão, a imagem da Virgem de Fátima percorreu cada artéria, cada ruela, cada avenida deste bairro, visitando os seus filhos, fazendo sentir a sua presença maternal, os seus cuidados, a sua atenção.

Foram muitas centenas as que se integraram na procissão. Foram muitas centenas as que apenas vieram à janela ou que, à sua passagem, se abeiravam nas ruas para a ver. Novos e velhos, homens e mulheres. Gente simples, gente humilde, gente de um bairro pobre que muitas vezes vive o estigma da exclusão social, mas que em Maria tem a certeza da compreensão e da presença sempre acolhedora. Aqui e ali era feita uma pequena paragem, para descansar o olhar emocionado de algumas pessoas doentes que, não podendo seguir a procissão, acenavam das suas portas.

Atrás do andor de Nossa Senhora de Fátima seguiam três crianças da catequese, devidamente trajadas de Pastorinhos da Cova da Iria, e a remeter o pensamento de todos para os marcantes acontecimentos de 1917, para a mensagem da Virgem, para a necessidade de oração, para a necessidade de conversão, para a necessidade da paz. Na procissão, intervalado por tempos de oração e pelo compasso musical de uma banda que abria a sua passagem, havia também silêncio, muito silêncio, um silêncio que impressionava perante a quantidade de gente.

Particularmente evidente era a alegria no rosto do pároco, o padre franciscano Manuel Pereira Gonçalves, que nesse mesmo dia completava 75 anos de idade.

texto por Fernando d'Oliveira

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