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Associação Casa Velha
Acampamento e Caminhada Internacional pela Mudança
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Entre 9 e 12 de maio, aconteceu na Associação Casa Velha um Acampamento Internacional pela mudança que contou com cerca de 40 participantes de várias nacionalidades. No dia 12 de maio, juntaram-se mais 200 pessoas e realizou-se uma caminhada pela mudança entre Ourém e Fátima.

 

Sensibilizar para a urgência da mudança

Entre os meses de Janeiro e Maio, a FEC – Fundação Fé e Cooperação propôs uma caminhada pessoal através da reflexão mensal sobre várias temáticas tais como água, energia, utilização dos recursos, cuidado da Casa Comum. De forma a partilhar as vivências de cada um e de cada realidade, promoveu então um acampamento internacional em parceria com a CIDSE e organizações membro. O acampamento internacional, denominado de Acampamento Laudato Si, contou com participantes vindos de vários países: Portugal, Espanha, Reino Unido, França, Eslováquia, Canadá, Bélgica, Itália e Angola. Foi um momento de encontro e de partilha internacional sobre a forma como cada um e cada país coloca em ação as diversas práticas de sustentabilidade e de cuidado com a Casa Comum. Esta experiência, marcada pela vida simples e sustentável, dividiu-se em várias etapas e ao longo dos dias foram efetuados trabalhos na quinta, workshops e partilha de várias iniciativas nacionais e internacionais. Durante os dias de acampamento, trabalhou-se também a partilha de vida e de responsabilidades, e planearam-se os próximos passos a concretizar nos países de origem de cada participante. Houve ainda tempo para uma festa com a aldeia, onde se pode apresentar um pouco do trabalho feito assim como usos e costumes dos países presentes. Desta forma, pretendeu-se também a sensibilização da população local para a temática da sustentabilidade e da urgência de mudança conjunta. No decorrer dos dias, foi-se tomando consciência da urgência de resposta ao apelo feito pelo Papa Francisco na sua Encíclica Laudato Si: “Muitas coisas devem reajustar o próprio rumo, mas antes de tudo é a humanidade que precisa de mudar. Falta a consciência duma origem comum, duma recíproca pertença e dum futuro partilhado por todos. Esta consciência basilar permitiria o desenvolvimento de novas convicções, atitudes e estilos de vida. Surge, assim, um grande desafio cultural, espiritual e educativo que implicará longos processos de regeneração.” Elaborou-se em conjunto um manifesto, que se pretende que chegue a decisores políticos, mas acima de tudo que chegue à população em geral. Este manifesto teve um especial enfoque no consumo individual e na política de compras públicas, incluindo eventuais propostas de alterações legislativas (como aconteceu recentemente em relação ao tema do desperdício alimentar) e recomendações ao nível da política de cooperação com os países lusófonos. É urgente ter consciência do que cada pessoa, cada comunidade, cada país, pode fazer para produzir a mudança e a sustentabilidade!

 

Caminhar pela Mudança

Para encerrar o acampamento e para sensibilizar para o percurso de mudança de cada um, alertando também a população em geral para a temática, realizou-se a 12 de maio uma Caminhada Internacional pela Mudança, entre Ourém e Fátima que, para além de todos os participantes do acampamento internacional, contou com cerca de mais 200 pessoas que se quiseram associar a esta iniciativa. O percurso foi feito na maior parte por percursos alternativos, permitindo assim a todos os participantes que desfrutassem da natureza e contemplassem a Casa Comum. Um ponto marcante desta Caminhada foi o cuidado pelo outro, o respeitar os ritmos de cada um e as paragens pelo caminho para reflexão concreta sobre sustentabilidade e necessidade de mudança. A presença de uma mensagem comum dos participantes sobre o seu percurso de mudança e o apelo aos decisores políticos para que tomem medidas que apoiem esta mudança à escala nacional e europeia marcou também este percurso. A participação neste momento, teve uma dimensão intergeracional e interconfessional e permitiu a partilha de vida e de vivências ao longo do caminho. Todos os presentes em ambos os momentos reforçaram a certeza de que vivemos num mundo em constante transformação, a nível social, demográfico, económico e também político. No entanto, esse progresso é acompanhado de uma profunda onda de desigualdade, transformando a sociedade atual mais individualista e consumista. E é da própria sociedade que tem de vir um esforço para a alteração dos hábitos que comprometem a sustentabilidade das gerações futuras e também as do momento presente. 2017 não pode ser apenas mais um ano. O Mundo, o nosso Planeta Terra, a nossa Casa Comum precisa de MAIS. Juntos, conseguimos alterar este cenário e caminhar rumo a um mundo mais inclusivo e sustentável.

 

O compromisso conjunto

No final deste percurso em conjunto, cada um dos participantes, foi convidado a levar a mudança á sua zona de residência e ao seu país de origem, à sua comunidade e principalmente ao mais profundo de si mesmo. Cada um, fez um compromisso pessoal e responsabilizou-se por ser um agente de mudança no seu próprio contexto, contribuindo assim para um mundo mais sustentável e por uma Casa Comum cuidada por todos!

texto por Catarina António, FEC – Fundação Fé e Cooperação
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