Na Tua Palavra |
|
D. Nuno Brás
Que será?
|
É cada vez maior o número de personalidades que, em público, se confessam crentes em Deus. Habitualmente recordam como na sua infância e juventude foram à catequese, receberam os sacramentos da iniciação cristã e viveram com alguma intensidade a vida da fé, integrados num grupo de jovens, num movimento ou comunidade paroquial. Mas, agora que são adultos e figuras públicas, preferem viver individualmente a fé. Vivem com um “Deus sem instituições”, dizem. Não precisam da Igreja e dos outros cristãos. Bastam-se a si mesmos.
Claro que fico contente por todos aqueles que se afirmam publicamente crentes. Mas não posso deixar de me interrogar sobre qual a realidade que os afastou da Igreja, da comunidade da fé. Aliás, penso-o quase sempre quando celebro o sacramento do crisma. À medida que confirmo todos aqueles jovens que se apresentam, cheios de sinceridade, para receber o sacramento da plenitude do Espírito Santo, dou comigo também a pensar sobre quantos deles continuarão com uma vida cristã pelos meses e anos que se seguem…
Sei bem que muitos regressarão se, mais tarde, encontrarem na universidade quem lhes mostre que ser cristão não é contra a ciência ou contra a razão, bem pelo contrário; ou que muitas das ideias feitas que no secundário lhes ensinaram em história, ciências ou filosofia (ou até em “moral”…), e que viram espalhadas e confirmadas pela comunicação social, são puras invenções de quem não se dá ao trabalho de procurar a Verdade. Ou que regressarão quando tiverem filhos e os quiserem também educar na fé. Ou ainda mais tarde, quando os filhos saírem de casa e se depararem com uma vida mais vazia e perto do fim. Ou quando, simplesmente, um qualquer acontecimento, feliz ou cheio de sofrimento, os interrogar acerca da verdade do Deus connosco.
Mas não posso deixar de me entristecer por todo aquele tempo de vida de fé que perderam – e que nós e as comunidades cristãs perdemos por não os termos connosco a professar e a procurar a fé.
Que será que acontece (ou que não acontece) nas nossas comunidades para, no mínimo, todos estes interregnos de fé, senão mesmo abandonos? Que falta ao nosso testemunho de vida no Espírito?
foto por João Viegas
Guilherme d'Oliveira Martins
Há anos, Umberto Eco perguntava: o que faria Tomás de Aquino se vivesse nos dias de hoje? Aperceber-se-ia...
ver [+]
|
Pedro Vaz Patto
Já lá vai o tempo em que por muitos cantos das nossas cidades e vilas se viam bandeiras azuis e amarelas...
ver [+]
|
Guilherme d'Oliveira Martins
Vivemos um tempo de grande angústia e incerteza. As guerras multiplicam-se e os sinais de intolerância são cada vez mais evidentes.
ver [+]
|
Pedro Vaz Patto
Jamais esquecerei a forte emoção que experimentei há alguns dias.
Celebrávamos a missa exequial de...
ver [+]
|