Na Tua Palavra |
|
D. Nuno Brás
Facilidade
|
No nosso tempo, nascemos habituados a que nos facilitem a vida.
Todos os caminhos se abrem diante de nós, desde crianças. A escola é um jogo. Um choro, e a vontade do “príncipe” é realizada.
Depois são as marcas da moda, os smartphones e os computadores. Nem vale a pena estudar porque existem essas máquinas maravilhosas que sabem tudo, a quem podemos consultar, e que em poucos segundos nos dão toda a informação pretendida. Mas é também a facilidade com que julgamos os outros e, sobretudo, como os tomamos como objectos – bem piores que robots, porque estes obedecem em tudo aos nossos caprichos e são mais eficazes. E são também as paixões, os desejos e as vontades arbitrárias. Tudo à disposição de um jovem adolescente, e de um modo fácil.
De tal forma que confundimos facilidade com felicidade (aliás, a diferença é apenas de uma letra). A felicidade não pode deixar de ser fácil, pensamos. O caminho da nossa vida não pode deixar de ser pavimentado, largo quanto uma autoestrada, e sempre com todas as indicações correctas, para triunfarmos facilmente na vida.
E mesmo quando em adultos nos vemos diante de qualquer dificuldade, o mais simples é fugir, procurar o caminho mais fácil. É assim na profissão. É assim na família. “Tenho o direito a ser feliz” – escutamos tantas vezes, e percebemos que aquilo que se quer dizer é apenas: “Tenho o direito a que seja fácil”.
E o mesmo se diga dos inúmeros “agnósticos” com que nos deparamos em cada dia. Ser agnóstico, não afirmar que Deus existe (como faz o crente), nem negar a sua existência (como no caso do ateu), é o mais fácil e o mais “politicamente correcto”. Afinal, em consciência, não posso negar a existência de Deus, porque “deve haver qualquer coisa” para tudo isto fazer sentido; mas afirmar a Sua existência, isso compromete-me, a mim e ao meu modo de viver: teria que escutar Deus e procurar cumprir a Sua vontade. É bem mais fácil ser agnóstico. Ninguém nos pergunta o porquê. Até têm pena de nós: “coitado, não foi tocado pelo dom da fé”. Não nos interrogam, nem temos que dar testemunho. É mais fácil.
Mas nós sabemos que, naquilo que vale a pena, a facilidade é uma mentira.
Guilherme d'Oliveira Martins
Há anos, Umberto Eco perguntava: o que faria Tomás de Aquino se vivesse nos dias de hoje? Aperceber-se-ia...
ver [+]
|
Pedro Vaz Patto
Já lá vai o tempo em que por muitos cantos das nossas cidades e vilas se viam bandeiras azuis e amarelas...
ver [+]
|
Guilherme d'Oliveira Martins
Vivemos um tempo de grande angústia e incerteza. As guerras multiplicam-se e os sinais de intolerância são cada vez mais evidentes.
ver [+]
|
Pedro Vaz Patto
Jamais esquecerei a forte emoção que experimentei há alguns dias.
Celebrávamos a missa exequial de...
ver [+]
|