Lisboa |
Campo de Férias Confia, da Paróquia de Carnaxide
“Jesus faz o campo connosco”
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O Campo de Férias Confia, associado à Paróquia de São Romão de Carnaxide, realizou mais uma edição, desta vez na Pampilhosa da Serra, entre os dias 18 e 23 de julho. O que fizeram, afinal, os 22 Confias durante este tempo? O Jornal VOZ DA VERDADE publica um pequeno “diário de bordo” feito por estes jovens.

 

1º Dia: Terça-feira, 18 de julho

Local de partida: Sete Rios, Lisboa, 9h00. Os Confias estavam todos prontos para mais uma aventura, sem saberem ainda o que os esperava à chegada, na Pampilhosa da Serra. Depois do almoço para recuperar as forças de tão longa viagem, foi hora de entrar nos foguetões e subir ao espaço. Cada equipa tinha de construir, decorar, artilhar e disparar a sua nave e voar o mais alto possível…. foguetões movidos a água, é claro! À noite tivemos a primeira palestra do campo, cujo tema foi o sacramento do Crisma. Também neste momento, o Albuquerque deu o seu testemunho de como era peregrinar até Santiago de Compostela, para ver se nos abria o apetite porque, logo de seguida, foi o jantar na aldeia de Praçais. Enquanto os monitores preparavam a bela Carbonara, os Confias exploravam a aldeia com o Diogo e viam como se regavam os campos com a água das levadas, como se lavava a roupa em tanques comunitários, entre outras coisas, e como é o quotidiano de uma aldeia que, atualmente, conta com cerca de apenas cinco habitantes permanentes. Depois de jantar fizemos a oração da noite, na capela da aldeia, e voltámos para o dormitório, na Pampilhosa da Serra. Para os mais resistentes, o dia terminou com a oração do Terço, já nas camaratas.

 

2º Dia: Quarta-feira, 19 de julho

Alvorada: 8h00. Tomámos o pequeno-almoço no local do mercado, mesmo em frente ao dormitório. Pão acabadinho de fazer… que bom! Seguiu-se a oração da manhã e a palestra do David, cujo tema foi a virtude teologal da Fé. Neste dia, decidimos ir dar um passeio para mais longe e fomos até Viseu. Ainda durante a manhã, quase viajámos até ao Ártico para poder patinar no gelo. O profissionalismo de uns contrastava com a ‘aselhice’ de outros que, por falta de coragem, não largavam o corrimão. Outros, que julgavam ser grandes bailarinos, tinham como melhor amigo o chão. Depois de almoço, seguimos para atividades mais calmas e relaxadas. Estávamos todos cansados mas nada que umas tacadas no golfe não ajudassem a resolver. No Tee, ganhou a equipa dos monitores com larga vantagem! Depois de um torneio renhido, foi necessário acalmar os ânimos. Assim, fizemos um momento de leitura espiritual a partir de episódios da vida de São Francisco e ouvimos a palestra do Alex, que nos falou sobre a virtude da Esperança. Antes de voltarmos para casa, jantámos e fomos fazendo alguns jogos tradicionais, enquanto esperávamos o tão prometido projector para o filme e karaoke. Regressámos ao dormitório, já bastante tarde, mas novamente os fortes ainda quiseram terminar o dia com o Terço.

 

3º Dia: Quinta-feira, 20 de julho

Este foi de longe o dia mais calmo. Como habitualmente, tomámos o pequeno-almoço e fizemos a oração da manhã. Estava previsto fazermos rapel nos bombeiros da vila mas os incêndios obrigaram os soldados da paz a deslocar-se. No entanto, tivemos uma visita guiada ao quartel, pudemos ver os carros, disparar as mangueiras, assistir a uma simulação de emergência… No fim, descemos até à praia fluvial da Pampilhosa, onde nos pudemos refrescar nas águas do Rio Unhais. Também neste momento, assistimos à palestra do Diogo sobre a Igreja e almoçámos uns maravilhosos hamburgers na chapa. Foi feita também uma pausa para gelados, porque o calor apertava. Na parte da tarde, tivemos um jogo de pistas para ficarmos a conhecer melhor a vila e alguns locais de interesse. «Onde é o Hotel? Que pista é esta? O caminho é este?» Lá andavam os Confias, perdidos para cima e para baixo a tentar decifrar todos os enigmas. Depois viajámos, não para a freguesia do Cabril mas para a Inglaterra medieval, onde nos encontrámos com Robin Hood que nos ensinou a disparar com o arco, num renhido torneio contra os malvados… Não, foi simplesmente o Archery Tag! Desta vez os Confias foram vencedores, tendo o Diogo e a Filipa derrotado a equipa dos monitores na grande final! Ao entardecer, fomos jantar novamente a Praçais. Enquanto esperávamos a refeição, a Madalena deu a sua palestra sobre o sacramento da Unção dos Doentes e, terminada a refeição, fizemos a oração da noite na capela da aldeia, antes de voltamos para o dormitório para um merecido descanso.

 

4º Dia: Sexta-feira, 21 de julho

O dia começou como habitualmente. Desta vez, quem nos deu a palestra foi o padre Orlando, da Pampilhosa da Serra, que nos falou acerca do sacramento da Eucaristia. Demos um mergulho rápido na praia fluvial para refrescar e seguimos viagem para mais um passeio longe: fomos visitar o Parque Biológico da Serra da Lousã. Chegámos e fomos logo almoçar. Depois de almoço, enquanto passava a hora de maior calor, tivemos uma palestra dada pelo Tiago – cujo tema era os pecados contra a religião – e que parecia não ter fim, tal era o interesse e enorme quantidade de perguntas dos Confias (de facto, alguns temas que, à primeira vista, podem parecer chocantes ou até despropositados e desinteressantes são exactamente aqueles com que os adolescentes se deparam nas escolas, muitas vezes até em casa e nos grupos de amigos, e dos quais surgem dúvidas que, muitas vezes, só encontram resposta na desinformação que passa nos media e, por isso, no Confia, consideramos ser da maior importância ensiná-los a respeito do perigo de alguns comportamentos). Ao visitar o parque biológico, a frase “olha o teu primo” foi repetida até à exaustão, sobretudo quando víamos os porcos… enfim, adolescentes! Depois do passeio pela fauna, foi a vez de viajar novamente no tempo e regressar ao império romano. Durante a visita às ruínas de Conímbriga, o padre Luciano, pároco de Carnaxide, veio juntar-se a nós. Por fim, nada melhor do que uns belos Hot Dogs para terminar o dia, antes de voltar à base.

 

5º Dia: Sábado, 22 de julho

Este foi um dia bem cheio. Depois do habitual pequeno-almoço e oração da manhã, vieram ao nosso encontro os padres Alberto e Vítor para nos falar sobre o sacramento da Reconciliação e confessar os aqueles que quisessem. Quando já não havia mais ninguém, fomos até Janeiro de Baixo, onde estivemos na praia fluvial a fazer canoagem. Os senhores padres deram uma grande ajuda no churrasco do almoço e aproveitaram para conversar com todos. De volta à Pampilhosa, o grupo dividiu-se em dois: enquanto uns estiveram a dar mergulhos na praia fluvial, outros foram visitar o lar de idosos da Pampilhosa da Serra. Depois trocaram. A visita ao lar é sempre um tempo forte onde os jovens tomam contacto, alguns pela primeira vez, com algo tão natural como a velhice e a igual dignidade humana, mesmo quando as forças começam a diminuir. É uma experiência social que marca a todos, de alguma forma, mais não seja porque perdem a vergonha para cantarem e animarem os utentes. Enquanto esperávamos a troca de turnos no lar, tivemos um tempo mais relaxado na praia fluvial. Estes momentos são muito importantes não só para o convívio entre os Confias, mas também com os monitores. Alguns aproveitam para falar mais pessoalmente de alguma dificuldade que tenham no campo de férias ou fora dele, o que os tem marcado mais, etc. Muitos só encontram este espaço e abertura dentro do campo. Ouvimos também, neste momento, os testemunhos da Mariana e do Alex que contaram como foi a sua experiência de caminhar a três: com Jesus, enquanto namorados, até Santiago de Compostela. Ao fim da tarde, o padre Orlando preparou para nós um pequeno tempo de Adoração Eucarística. Para muitos, foi a primeira vez mas nem por isso estranharam. Afinal, é Jesus que está ali! Fomos jantar a Praçais, o belo do arroz de atum. Terminada a refeição, arrumámos tudo pois já não voltaríamos lá. No fim, voltámos para o dormitório, rezámos o Terço e fomos dormir (parece que ficou uma aldeia acordada a tentar encontrar um tal lobo, porque na manhã seguinte a aldeia não acordou).

 

6º Dia: Domingo, 23 de julho

O último dia voltou a ser uma azáfama. Depois do pequeno-almoço tivemos connosco a Vanessa que nos falou sobre alguns aspectos relacionados com a sexualidade, castidade e namoro. De seguida, fomos recarregar baterias na Missa, com a comunidade paroquial, antes de voltarmos às camaratas para arrumar todas as malas. O pai da Mariana esperava por nós na aldeia de Moradias, onde nos tinha preparado um grande almoço que durou a tarde toda. Era a grande despedida! Entre karaoke e muita animação, de repente, o pânico: «onde está a caixa dos telemóveis?» – pergunta o David. Depois de accionados todos os meios terrestres, aéreos e marítimos para encontrar a caixa cor-de-rosa que estava dentro da caixa preta que estava no quartel-general da logística (também conhecido por Casa do Diogo), as raparigas aproveitaram para esclarecer imensas dúvidas com a Vanessa (mesmo muitas… ufa!), enquanto os rapazes exploravam a floresta e aprendiam mais sobre a flora local e a vida nas aldeias. Por fim, entrámos nas carrinhas e voltámos para Lisboa, cheios de toda esta aventura, cheios de Jesus, prontos para passar o resto das férias com Ele.

 

Para não esquecer…

Aconteceram muitas coisas que não foram aqui contadas: palestras, actividades, orações; mas nem por isso são menos importantes. Fizemos muitas coisas, mas, acima de tudo, importa o que nos tornámos, as amizades que fizemos, o encontro que tivemos com Jesus… afinal, o Confia não é um Campo de Férias Católico por causa das atividades, ou pelas palestras, ou pelas orações. O Confia é assim porque Jesus faz o campo connosco e fá-lo em cada momento, mesmo no mais pequeno. É de louvar todo o apoio que a Paróquia de Carnaxide, os monitores e outros voluntários deram na preparação e realização do Confia. Agradecemos aos padres e palestrantes que fizeram centenas de quilómetros, propositadamente para ir ao Confia, às famílias que depositaram a sua confiança em nós e também a todos os rapazes e raparigas que participaram e sempre contribuíram para o bom funcionamento do Campo de Férias Confia. Esperamos poder continuar a dar, de preferência a cada vez mais jovens (que serão adultos amanhã), aquilo que eles querem e precisam: Deus, e isso lhes basta.

 

Site: www.campodeferiasconfia.pt

Facebook: www.facebook.com/campo.de.ferias.confia

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