Editorial |
P. Nuno Rosário Fernandes
Um coração que se dá
<<
1/
>>
Imagem
Afinal a juventude não está perdida! Muitas vezes ouvi esta expressão em sentido oposto, e ainda me recordo de ouvir falar numa ‘geração rasca’. Muitas vezes vou ouvindo questionar sobre como vai ser o futuro da juventude, e tantas vezes se ouve dizer que os jovens são ‘assim e assado’.  No entanto, alegro-me por perceber que, e não apenas relativamente a este assunto, não se pode generalizar. Por vezes, podemos correr o risco de ‘meter tudo dentro do mesmo saco’. Cada vez mais vamos percebendo uma juventude que se coloca ao serviço, com a coragem de deixar de lado umas férias que bem podiam ser diferentes. Podiam ser férias apenas dedicadas ao descanso, à leitura, à praia, aos festivais de verão, às noitadas, aos encontros com amigos, ao ‘dolce far niente’, diriam os italianos. Porém, vamos percebendo que, cada vez mais, há um manifesto desejo de dedicar tempo ao voluntariado. Não podemos dizer que seja o dedicar do tempo livre, porque são tantos aqueles que fazem opções mais alargadas de missão em voluntariado, deixando de lado o que poderia ser, até, o percorrer de uma carreira profissional. Mas vemos que, para muitos, as férias de Verão são ocupadas com um coração disponível e aberto aos outros, em missão dentro ou fora do país.

Por outro lado, têm-se verificado, também, uma proliferação dos designados Campos de Férias Católicos que, com o voluntariado de jovens e menos jovens, organizados por movimentos eclesiais, paróquias ou congregações e ordens religiosas, têm por objectivo proporcionar umas férias diferentes, muitas vezes, também com um sentido de missão.

Não é preciso muito para fazer alguém feliz! Basta dar o coração, e um coração que se dá, recebe muito mais do que aquilo que deu. Os jovens têm conseguido demonstrar-nos isso mesmo. Porque um coração que sai de si próprio e se esvazia para dar amor, regressa muito mais preenchido e transformado. Nos últimos dias pude testemunhar isso mesmo. Graças a Deus.

 

P. Nuno Rosário Fernandes, diretor

p.nunorfernandes@patriarcado-lisboa.pt

A OPINIÃO DE
Guilherme d'Oliveira Martins
Quando Jean Lacroix fala da força e das fraquezas da família alerta-nos para a necessidade de não considerar...
ver [+]

Tony Neves
É um título para encher os olhos e provocar apetite de leitura! Mas é verdade. Depois de ver do ar parte do Congo verde, aterrei em Brazzaville.
ver [+]

Tony Neves
O Gabão acolheu-me de braços e coração abertos, numa visita que foi estreia absoluta neste país da África central.
ver [+]

Pedro Vaz Patto
Impressiona como foi festejada a aprovação, por larga e transversal maioria de deputados e senadores,...
ver [+]

Visite a página online
do Patriarcado de Lisboa
EDIÇÕES ANTERIORES