Na Tua Palavra |
D. Nuno Brás
Com oração e trabalho

“É possível, com oração e trabalho”. Esta frase escutei-a eu um dia a D. António Francisco dos Santos, já nessa altura bispo do Porto, não como uma simples receita previamente confeccionada, mas como testemunho de uma realidade vivida na diocese de Aveiro. Falávamos sobre vocações sacerdotais e sobre a possibilidade de fazer crescer o seu número e a sua qualidade. Mas creio que esta atitude de pastor resume bem toda a sua atividade e toda a sua vida. Oração e trabalho.

O Senhor D. António foi, antes de mais, um homem de Deus. A oração era o ponto de partida de tudo quanto fazia e de tudo aquilo que ele era. O seu olhar procurava ser o olhar de Deus. E, por isso, era acolhedor, próximo, sempre pronto a escutar. As suas decisões, longe de serem tomadas com critérios humanos, eram antes animadas pelo Evangelho. E daí lhe vinha uma sabedoria e prudência e uma luz que iluminava o seu caminho e o caminho da Igreja.

Mas foi também um homem de trabalho. Um trabalhador incansável que nunca se poupou a fazer quilómetros por causa de alguém que necessitava da sua presença — por causa de um amigo ou por causa de uma comunidade. Tal como várias vezes me apercebi que trabalhava pela noite dentro. Imparável e sem descanso.

Ao longo destes dias, tenho escutado acerca dele que era um homem bom, amigo, simpático, próximo de todos, sobretudo dos mais pobres. Tudo isso é verdade, e longe de mim esquecer essas suas preciosas características. Mas o Senhor D. António era muito mais que um sorriso. Era um homem de Deus, um pastor que tudo procurava realizar com oração e trabalho.

 

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