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Bible Challenge - nº2
João Pedro Tavares, presidente da ACEGE (Associação Cristã de Empresários e Gestores)
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Uma das passagens da minha vida, e que me marca muito, é o episódio em que Jesus, depois da Ressurreição, aparece aos discípulos uma primeira vez – Tomé não está presente – e depois aparece uma outra vez, uma semana depois, em que Tomé está presente. É do Evangelho de São João 20-24, em diante, e diz o seguinte: «Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Os outros discípulos disseram-lhe: “Vimos o Senhor”, mas ele respondeu-lhes: “Se não vir nas suas mãos a abertura dos cravos, se não meter a minha mão no seu lado, não acreditarei”. Oito dias depois estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, colocou-se no meio deles e disse: “A Paz esteja convosco”. Em seguida disse a Tomé: “Mete aqui o teu dedo e vê as minhas mãos, aproxima também a tua mão e mete-a no meu lado, e não sejas incrédulo, mas fiel”. Respondeu-lhe Tomé: “Meu Senhor e meu Deus”. Jesus disse-lhe: “Tu acreditaste, Tomé, porque me viste. Bem-aventurados os que acreditaram sem terem visto”».

Esta passagem marca-me de muitas maneiras porque este espanto, esta incredulidade, mas este fascínio de Tomé – “Meu Senhor e meu Deus” –, este reconhecimento, faço-o diariamente na Eucaristia e em particular no momento da consagração. Também eu repito “Meu Senhor e meu Deus”, e isso impacta-me muito. Este é o cerne desta passagem que queria partilhar convosco. Mas também outros temas: faço-me presente, faço a composição do lugar, imagino esta comunidade reunida, Tomé não estava no meio deles, estava ausente, e de que forma é que nós, no nosso trabalho, no nosso dia-a-dia, confiamos nos nossos amigos quando nos dizem “Vimos o Senhor, estive com Ele, fez-Se presente na minha vida”. De que forma é que eu tomo essa alegria partilhada para a minha vida e não me ponho com exigências. E por fim um outro aspeto que me marca muito, é o facto de muitas vezes, e talvez erradamente, dizermos “Sou como o São Tomé, ver para crer”. Creio que o aspeto fundamental é o facto de nós estarmos ausentes da comunidade, estarmos ausentes dos outros, seguirmos o nosso caminho, seguimos as nossas escolhas e depois mais tarde vimos fazer exigências: “Eu preciso de ver, eu preciso de pôr o dedo, eu preciso disto e daquilo”. E nas nossas empresas, nos nossos trabalhos, também fazemos as nossas exigências porque seguimos os nossos caminhos, seguimos as nossas decisões, afastamo-nos dos outros. Portanto, este estar presente, e estar junto dos outros, é muito importante e, se um dia quisermos dizer “Sou como o São Tomé”, que digamos “por que, em meu tempo, na minha vida, não estive presente no momento certo e na altura certa, e por isso me afastei”. Por isso, pedir esta graça de que tenhamos sempre um coração aberto, confiante nos outros, que nos vêm trazer as suas alegrias e dizer este “Vimos o Senhor”, e que saibamos ser abertos, despertos e assombrados por esta presença de Deus que se faz presente todos os dias da nossa vida, e saibamos dizer: “Meu senhor e meu Deus”.

Agora queria desafiar a minha amiga Isabel Figueiredo. Obrigado!

 

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