O Cardeal-Patriarca de Lisboa considera que a Visita Pastoral à ‘sua’ Vigararia de Torres Vedras é um sinal de que “Deus ama o mundo”. Aos cristãos, D. Manuel Clemente lembrou que “quem vive com Deus vive com todos e vive para todos”.
“O fruto, a consequência boa, desta Visita Pastoral, com tudo aquilo que ela preparou e reavivou, só pode ser este: estarmos todos nós, que aqui estamos, convencidos que, estando com Cristo e do lado de Deus, o amor de Deus vence e a vida acontece”, assegurou o Cardeal-Patriarca de Lisboa, na Missa de encerramento da Visita Pastoral à Vigararia de Torres Vedras. No pavilhão multiusos da cidade torriense, na tarde do passado Domingo, 11 de março, D. Manuel Clemente salientou que a Visita Pastoral “tornou mais presente a realidade diocesana na realidade vicarial e paroquial”. Ao longo de dois meses, a presença dos Bispos nesta vigararia “contribuiu para uma maior atenção àquilo que Deus nos oferece, nas comunidades cristãs, ou seja, a sua presença, nos seus sacramentos, na sua Palavra e na sua caridade”. O Cardeal-Patriarca sublinhou, por isso, a responsabilização dos leigos para trazer Deus para o concreto da vida. “Nas nossas comunidades cristãs, e aqui nesta Vigararia de Torres Vedras, há templos muito bonitos – uns mais antigos, outros mais modernos, e tudo isso é importante como lugar de encontro, como sinal de Deus no meio de nós –, mas o fundamental é a Palavra que lá se proclama, a catequese que lá se faz, são os sinais da presença de Cristo ressuscitado no meio de nós, a que chamamos sacramentos, para que a sua vida passe para a nossa vida consequentemente, e depois a caridade que daí transborda. Quem vive com Deus vive com todos e vive para todos, porque Deus é o Deus de todos e, por nós, quer chegar a toda a gente”, frisou.
Para D. Manuel Clemente, o que fica desta Visita Pastoral é que “Deus ama o mundo”. “Tudo quanto existe, existe porque Deus ama. Tudo quanto aconteceu em Jesus Cristo, toda a vida entregue por Jesus Cristo, toda a possibilidade imensa de viver, e viver eternamente, é agora distribuída por nós, passa por nós. A vida de Cristo distribui-se no mundo através dos cristãos. Nós, os cristãos, a vida em Cristo que nos define faz com que, em cada momento, em cada situação, nós estejamos em Cristo para dar ao mundo a vida superabundante que Deus lhe quer dar”, reforçou.
No final da celebração, o Cardeal-Patriarca de Lisboa entregou a cada uma das vinte paróquias da vigararia o Círio Pascal, “a luz que vence as trevas e que é sinal do Senhor ressuscitado”, segundo referiu. “Quando chegarmos à Pascoa, e já falta pouco tempo, que este Círio represente ainda mais toda a nossa vida, que depois será sinal da ressurreição do Senhor Jesus. Onde haja um cristão, haja luz”, desejou D. Manuel Clemente.
Proximidade
O vigário da Vigararia de Torres Vedras, cónego Daniel Batalha Henriques, destacou a “proximidade dos pastores” durante a Visita Pastoral. Ao Jornal VOZ DA VERDADE, este sacerdote assume que, “quando foi anunciada a Visita Pastoral à Vigararia de Torres Vedras, os sacerdotes ficaram, de alguma forma, um pouco receosos pela preparação e programação que é necessário fazer e exige bastante”. O cónego Daniel sublinha os encontros temáticos, com Cardeal-Patriarca, “que foram de um altíssimo nível, de humanidade e simplicidade”. “O senhor Patriarca, de facto, é muito próximo e tem uma forma de comunicar que deixa as pessoas muito à vontade. Em todos os encontros, desde os empresários, que foi o primeiro, até aos jovens, que foi o último, tivemos sempre salas cheias e todos saíram com uma grande satisfação por terem participado”, conta. Em termos paroquiais, a Visita Pastoral ficou a cargo dos Bispos Auxiliares. “O senhor D. Joaquim e o senhor D. Nuno tiveram um trabalho, certamente, muito pesado em termos físicos, visitando as 20 paróquias, mas foi muito proveitoso e as pessoas ficaram muito felizes por acolher os senhores Bispos”, observa. Da parte dos padres, este sacerdote, que é pároco de Torres Vedras e Matacães, sente também “outro ânimo pela visita dos Bispos, pela sua palavra”. “Acredito que esta Visita Pastoral vai dar bons frutos”, termina.
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