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“Ser sal e luz é o testemunho diário do cristão”
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O Papa Francisco convidou os cristãos a serem “sal e luz para os outros”. Na semana em que Vaticano revelou o programa da viagem do Papa à Irlanda, em agosto, Francisco rezou pelo sucesso do encontro entre Kim Jong-un e Donald Trump, encontrou-se com cerca de 500 crianças e assinalou a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus.

 

1. “Ser sal e luz para os outros, sem se atribuir méritos”. Este é o testemunho quotidiano a que o cristão é chamado, referiu o Papa Francisco, na homilia da Missa celebrada na capela da Casa Santa Marta. “O maior testemunho do cristão é dar a vida como fez Jesus, isto é, o martírio. Mas há também outro testemunho, de todos os dias, que começa pela manhã quando se acorda, e termina à noite, quando se vai dormir: ‘o simples testemunho habitual’”, observou o Papa, na manhã do passado dia 12 de junho. Para isso, referiu, é preciso ter uma atitude de “humildade” que consiste em tentar ser somente sal e luz: “Sal para os outros, luz para os outros, porque o sal não dá sabor a si mesmo. Pouco sal que ajuda nas refeições, mas pouco. No supermercado, o sal não é vendido em toneladas, não… Pequenos pacotes; é suficiente. E depois, o sal não se orgulha de si mesmo porque não está ao serviço de si mesmo. Está sempre ali para ajudar os outros: ajudar a preservar as coisas, a dar sabor às coisas. Simples testemunho”, garantiu Francisco, sublinhando que ser cristão de todos os dias significa também ser luz “para as pessoas, para ajudar nas horas de escuridão”.

Na sua homilia, o Papa convidou ainda a uma pergunta diária. “Uma bela oração para todos nós, no final do dia, seria perguntarmo-nos: ‘Fui sal hoje? Fui luz hoje?’. Esta é a santidade de todos os dias. Que o Senhor nos ajude a entender isso”, desejou.

 

2. O Vaticano revelou o programa da viagem do Papa Francisco a Dublin, na Irlanda, entre 25 e 26 de agosto, por ocasião do 9º Encontro Mundial das Famílias, com o tema ‘O Evangelho da família, alegria para o mundo’. A Santa Sé frisa que o principal objetivo do Papa é marcar presença neste grande evento das famílias católicas, que já conta com mais de 30 mil participantes inscritos, de pelo menos 103 países.

Francisco vai acompanhar o evento a partir de Croke Park e, depois, celebrar a Missa de encerramento em Phoenix Park, também na capital irlandesa. A agenda desta viagem do Papa à Irlanda prevê outros momentos como a recitação do Angelus, no Domingo dia 26, na basílica do santuário mariano de Knock, em County Mayo, local que também acolheu o Papa João Paulo II, em 1979. Segundo o programa apresentado no passado dia 11, destacam-se ainda momentos como a visita de Francisco a um centro de acolhimento para famílias sem-abrigo, gerido pelos Irmãos Capuchinhos, além das audiências com o presidente irlandês Michael Higgins, e com representantes das autoridades irlandesas, da sociedade civil e do corpo diplomático presente no país. O Papa vai também encontrar-se com os membros do episcopado católico da Irlanda, no Convento das Irmãs Dominicanas, em Dublin.

 

3. O Papa Francisco encomendou a Nossa Senhora o sucesso da cimeira entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos, que se iria realizar na terça-feira, 12 de junho, em Singapura. No Domingo, após a tradicional oração do Angelus, na Praça de São Pedro, Francisco dedicou palavras especiais a este encontro, dizendo que rezava de forma especial pelo povo coreano. Invocando a proteção de Nossa Senhora “Rainha da Coreia”, o Papa convidou os presentes a rezar uma Avé Maria pelo sucesso do encontro. “Desejo novamente fazer chegar ao amado povo coreano um pensamento especial, na amizade e na oração. Que a cimeira que se realiza nos próximos dias na Singapura possa contribuir para o desenvolvimento de um percurso positivo, que assegure um futuro de paz para a Península Coreana e para o mundo inteiro. Rogamos ao Senhor e à Virgem, Rainha da Coreia, que acompanhe este encontro”, desejou Francisco.

 

4. O Papa recebeu cerca de 500 alunos das escolas das periferias de Milão e Roma, na sexta edição do ‘Comboio das crianças’, promovida pelo Conselho Pontifício da Cultura. As crianças, na maioria com idades entre os 6 e os 10 anos, encontraram-se com Francisco, no dia 9 de junho, na Sala Paulo VI, onde fizeram, espontaneamente, perguntas. Uma das crianças pediu ao Papa que contasse como eram as suas professoras. “A primeira chamava-se Stella e foi professora no primeiro e no terceiro anos. Era boa, ensinou-nos a ler e escrever muito bem. Depois, quando acabei a escola, eu lembrava-me sempre dela, porque a primeira professora nunca se esquece. Eu ligava-lhe quando era padre, jovem. E depois, quando me tornei bispo, ajudei-a na sua doença. Ela morreu aos 94 anos e eu sempre a acompanhei. Nunca a vou esquecer”, contou Francisco.

Depois de várias perguntas de crianças católicas, muçulmanas, budistas, ortodoxas e ateias, o Papa agradeceu as perguntas e os presentes. “Estas coisas são maravilhosas, porque não foram compradas, mas feitas por vocês! Foram feitas com as mãos e também com o coração. Quando se faz uma coisa com inteligência, coração e mãos, é uma coisa profunda e humana”, concluiu.

Ainda neste dia, o Papa Francisco recebeu, no Vaticano, os líderes das principais empresas da indústria petrolífera, pedindo-lhes que ajudem o mundo a adotar fontes de energia mais “verdes”. “A civilização requer energia, mas a energia não deve destruir a civilização!”, afirmou.

 

5. O Papa afirmou que Deus “é o primeiro a amar” a humanidade, sendo depois preciso homens e mulheres que coloquem em prática as obras de misericórdia. “Deus é assim: sempre por primeiro. Ele espera-nos por primeiro, ama-nos por primeiro, ajuda-nos por primeiro”, referiu Francisco, na capela da Casa Santa Marta, durante a Eucaristia a que presidiu a 8 de junho, dia em que a Igreja assinala a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus. “As obras de misericórdia são justamente a estrada do amor que Jesus nos ensina em continuidade com este amor de Deus, grande! Com este amor sem limites, que se aniquilou, se humilhou em Jesus Cristo; e nós devemos expressá-lo assim”, salientou.

Francisco observou que as obras de misericórdia são “a continuidade deste amor, que se rebaixa, chega” às pessoas e têm de continuar. “Deus, como manifesta o amor? Com as grandes coisas? Não: rebaixa-se, rebaixa-se, rebaixa-se com esses gestos de ternura, de bondade. Faz-se pequeno, aproxima-Se. E com esta proximidade faz-nos entender a grandeza do amor. O grande deve ser entendido por meio do pequeno”, terminou.

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