DOMINGO XXIV COMUM
“Quem perder a vida por causa de Mim
e do Evangelho salvá-la-á.”
Mc 8, 35
Vivemos num tempo em que fazer perguntas se está a tornar uma coisa rara e pouco incentivada. Não dão jeito as perguntas das crianças, nem as de quem procura verdades mais profundas. O conhecimento tornou-se um consumo (superficial e ao sabor das redes), não uma procura, pois isso dá trabalho e vai sempre incomodar alguém. Mas são as perguntas o verdadeiro motor do crescimento humano. Perguntas da ciência e do amor, perguntas para iluminar e para abrir caminhos novos. E se “perguntar não ofende”, porque há tanto medo em fazê-las?
Gosto do gosto que Jesus tinha em fazer perguntas. Às vezes contava pequenas histórias, as parábolas, que terminavam com uma. Outras, replicava com uma pergunta a quem lhe pedia uma resposta. Deus gosta das nossas respostas, e quanto mais transparentes melhor. Não Lhe interessa que sejamos sabichões de resposta na ponta da língua. O que Ele deseja é que as nossas respostas venham também do coração, e nos abram à possibilidade de voos mais altos. Uma religião que não estimula as perguntas e condena as dúvidas, dificilmente conduz a Deus, e facilmente se torna escravidão do pensamento e dos corações.
“Quem dizeis vós que Eu sou”, não foi uma pergunta só para os Doze. Tem sido para todos os que nos dizemos discípulos de Jesus. E se Pedro deu uma resposta que parecia certa, logo descobriu que a verdade de Jesus ia mais além. É esse salto que custa sempre assumir e viver. Que o amor passe por uma doação onde pode haver sofrimento, que viver centrado em si próprio é mais morte do que vida, que a cruz é o sinal de uma vida maior.
Nunca é tarde para fazer as perguntas que nos abrem e libertam. As mesmas que nos comprometem com aqueles que amamos e queremos ajudar a ser felizes. O mal acontece e prolifera quando não se fazem as perguntas que podem salvar situações e vidas. Bendito sejas, Jesus, Nosso Senhor das perguntas, que nos revelam o teu amor por todos!
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