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20.01.2019

Na Tua Palavra |

D. Nuno Br�s

Voca��o

Uma das quest�es que, nos col�quios com jovens, mais vezes me � colocada � a da voca��o: como percebemos a voca��o, o chamamento de Deus?

Lemos os relatos dos evangelhos, e a voca��o dos disc�pulos parece ser simples: “Partindo dali, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado no posto de cobran�a, e disse-lhe: �Segue-me!� E ele levantou-se e seguiu-o” (Mt 9,9). E como este relato da voca��o de S. Mateus, poder�amos encontrar v�rios outros.

Mas n�s, hoje, como podemos perceber esta passagem de Jesus que chama, e que chama a segui-Lo e a fazer parte do grupo dos disc�pulos a quem Ele quer enviar?

A primeira resposta � a de que n�o existem modos feitos, acabados e facilmente percept�veis que o Senhor usa para passar e chamar. Trata-se de algo pessoal, �nico. E, por isso, � necess�rio discernimento para distinguir a verdade ou a inven��o do chamamento – isso � o tempo de Semin�rio: um longo tempo, que se imp�e pela seriedade da miss�o.

Para muitos, no in�cio est� simplesmente uma disponibilidade e um caminho percorrido e a percorrer, que come�a a fazer sentido e a impor-se como evid�ncia, no contexto de uma comunidade crist�. Mas para muitos outros foi um acontecimento, um modo de ver, num determinado dia, bem concreto, uma palavra que nos foi dirigida e que, primeiro sem nos apercebermos e, depois, com clareza, interpela a nossa generosidade. Por entre o caminho, como que a marcar etapas, o temor e a confian�a: o temor de n�o sermos capazes, a confian�a que nos vem do Senhor e da Sua Presen�a.

H� dias, o Senhor passou uma vez mais por mim: “Est� dispon�vel para ser Bispo do Funchal?” – foi-me perguntado. Confiei no discernimento que outros fizeram, que o Sucessor de Pedro fez, e que podia eu dizer, se n�o erguer-me e seguir o Senhor?

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