Editorial |
P. Nuno Rosário Fernandes
JMJ: mostrar a força e a vida de um Corpo
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No passado Domingo, todos nós vivemos uma grande alegria ao ouvir anunciar que a próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ) vai acontecer, no ano 2022, em Portugal, mais concretamente, na cidade de Lisboa. Foi a confirmação de uma expectativa e de um desejo manifestado por muitos, e que se traduziu pela disponibilidade do Patriarcado de Lisboa para acolher este grande evento mundial da juventude, criado por São João Paulo II. Pudemos assistir à reação festiva de muitos jovens, e não só, motivados por esta boa notícia, que começam, desde já, a alimentar uma nova expectativa: que chegue o ano 2022. Haverá, agora, todo um grande e exigente trabalho de organização e de preparação para o qual se pode contar, também, com as entidades civis, governamentais e outras.

No entanto, da experiência que já vivi em duas edições da JMJ, em Roma (2000) e Cracóvia (2016), tenho a plena consciência de que há um trabalho exigente pela frente, que passa pela abertura do coração e das portas da casa de cada um para acolher. A JMJ é um acontecimento global que mobiliza jovens de todo o mundo, permitindo a partilha da fé, de experiências e de culturas. E a grande riqueza deste evento está, de um modo especial, nesse testemunho dado e recebido diretamente de quem vive uma mesma fé. Geram-se conhecimentos, estabelecem-se relações, criam-se laços e amizades unidos por um mesmo ideal: seguir Jesus Cristo. Faz-se festa porque na presença de cada um está Cristo à espera de ser amado e acolhido. Esse acolhimento acontece quando sou capaz de me deixar incomodar, quando permito que o outro me desinstale de mim próprio e tantas vezes das minhas comodidades, para receber e para dar.

A JMJ proporciona a experiência de contacto direto com as realidades diversas de ser e viver em Igreja. A comunicação acontece, tantas vezes, pelo sorriso que acolhe, pelo gesto de amor manifestado e que é língua universal. A JMJ vive do serviço, do voluntariado, da entrega gratuita, porque aquele que dá, recebe. Vive da abertura da porta de casa, da paróquia, da escola, do pavilhão, das muitas comunidades, também religiosas e conventuais. A JMJ é encontro, mas é sobretudo oportunidade para a Igreja se renovar nos seus dinamismos, e se revelar naquilo que é, segundo São Paulo: um Corpo com muitos membros, onde cada um é importante e tem o seu papel a cumprir e a realizar, e quando funciona pode mostrar ao mundo que apesar da falha de algum desses membros, todos os outros, unidos, permitem que o Corpo não deixe de viver. Os jovens têm essa força e essa vida e são capazes de a mostrar.

 

Editorial, pelo P. Nuno Rosário Fernandes, diretor

p.nunorfernandes@patriarcado-lisboa.pt

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