Missão |
Bernardo Ferreira, do Grupo Grão
Simplicidade e amor
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Bernardo Ferreira nasceu a 21 de outubro de 1998. É finalista da Licenciatura em Marketing. É membro do Grupo Grão e esteve dois meses em missão em Moçambique.

 

“Ganhei um novo amigo: Deus”

Bernardo é membro do grupo Grão, “um projeto de voluntariado internacional, formado por estudantes universitários e jovens profissionais, com inspiração Jesuíta”. “O seu principal objetivo é promover a formação dos jovens voluntários no sentido de os dotar das competências necessárias para a realização de Missões para o desenvolvimento, de curta duração. As Missões são realizadas em países Africanos de expressão Portuguesa durante os meses de Verão, em cooperação com ONGs e outras organizações locais. As missões do Grão colaboram com Missões já existentes no local e ligadas a ordens religiosas católicas. Pretende-se, assim, que as missões do Grão assentem numa lógica de inserção e inculturação e que a sua intervenção seja focada no desenvolvimento comunitário, formação/educação e promoção da integridade individual e autonomia das populações através da capacitação de jovens locais”, explica.

Conta-nos que conheceu o “projeto Grão através de uma amiga que tinha partido em missão pelo projeto” e que o desafiou a juntar-se ao grupo. “Participei na primeira formação e percebi então que o projeto era católico. Lembro-me dessa noite como se fosse hoje, mal saí da formação comento com uma amiga: ‘Não venho mais, é religioso’. E a verdade é que estou hoje aqui, completei a formação do Grão e ganhei um novo amigo: Deus. Uma das coisas mais valiosas que o projeto me deu foi este crescimento espiritual, sendo uma das razões pela qual sou tão agradecido ao projeto.” Fez então um ano de formação e partilha que “é um ano recheado de compromisso, espiritualidade, comunidade e serviço, os 4 pilares do projeto”. “Para além disso, eventos e mais eventos para conseguirmos a angariação de fundos necessária para nos fazer partir em missão. Tudo isto faz parte da formação do projeto que mudou a minha vida”, assegura.

 

A missão em Moçambique

Após concluir a formação, soube que “tinha sido escolhido para partir em missão”. Nessa altura, conta-nos que ficou “muito grato, no entanto com algum receio de não saber o que iria encontrar”. “O último mês, antes da partida, foi tempo de uma aprendizagem mais específica tendo em conta o sítio para o qual ia partir, Lifidzi. Foi então possível perceber algumas coisas e preparar também materiais entre outras coisas tendo em conta a comunidade que íamos ajudar”, refere.

Sobre a sua missão em Lifidzi (Moçambique) conta, na primeira pessoa: “É muito difícil descrever a minha missão, sempre que me para definir a missão digo duas palavras: simplicidade e amor. Foi isso que vivi nesses dois meses, para além de todas as palestras, cursos de informática, apoio as aulas, coros e campos de férias que participei. Em missão é muito fácil ver Deus, e é essa a diferença entre o Grão e os outros projetos de voluntariado. A espiritualidade é essencial em toda a formação e principalmente em missão. Ter momentos de oração pessoal e comunitária eram essenciais para o desenrolar da missão e Deus estava sempre presente em todas as nossas atividades desenvolvidas.”

 

O regresso e a missão que continua

O seu regresso após a missão não foi fácil. Bernardo considera mesmo que foi muito difícil: “Foi muito difícil o regresso, tendo em conta que iria passar apenas uma semana em Portugal e depois iria embarcar numa nova experiência completamente diferente, Erasmus. Foi mesmo difícil o regresso principalmente porque vim de uma realidade de simplicidade e amor e passei para uma realidade oposta. Era sempre difícil ter momentos mais pessoais e de oração, mas sempre os tentei ter. Agora que voltei para Portugal estou a sentir o que não tinha sentido, principalmente por ser parte da estrutura do Grão neste ano, o que desperta vários sentimentos. Fico uma grande vontade de voltar para o sítio onde é fácil ser feliz e a nossa felicidade é ver as outras pessoas felizes, por isso acho que num futuro próximo irei voltar a Moçambique. Para já enquanto esse tempo não chega a minha missão agora é aqui, todos os dias”.

texto por Catarina António, FEC | Fundação Fé e Cooperação
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