Editorial |
P. Nuno Rosário Fernandes
O editorial que termina sem rimar
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Este mês de junho é mês de festas, procissões e de rimas. Rimas de quadras, pensadas e estruturadas para rimar. Porque são três santos que se celebra, em ambiente popular.

Santo António de Lisboa é o primeiro, e há tanto da sua vida para valorizar. Mas o povo o conhece como casamenteiro, e esquece a sua arte de pregar.

Em Lisboa nasceu, e por cá se consagrou. O Mosteiro de São Vicente de Fora, foi onde professou.

Depois em Coimbra, assume a pobreza franciscana. De Marrocos quis Deus que o vento o levasse para terra siciliana. Conheceu São Francisco e com ele viveu a humildade e oração. É em ambiente franciscano que se revela a pregação.

Foi também teólogo, catequista e confessor. Na Ordem de São Francisco, da teologia tornou-se o primeiro professor. 

Dele conhecemos muitos milagres, textos e histórias. A arte também o representou como expressão de memórias.

Por vezes sinto que por cá não o valorizamos tanto. Na Itália é mesmo reconhecido como ‘o Santo’. De Lisboa ou de Pádua, será sempre a discussão. Mas é Santo e Doutor da Igreja por resposta à vocação. 

A rima parece forçada e ainda não vai acabar, porque o texto que escrevo quer hoje os santos destacar. Afinal de contas todos os festejam e vivem momentos de alegria. Tenho sempre a esperança de que um dia a fé lhes sorria.

Vem então São João, por quem Jesus foi baptizado, e nas águas do Jordão revelou-se por Filho Amado. Filho de Zacarias e Isabel, mulher estéril e de idade avançada, que foi também agraciada por Deus com uma vida abençoada.

São João, o percursor, de vida simples e austera, preparando a vinda do Messias, rejeita ser estrela na sua era. Apresentado o Senhor, continua a sua pregação, de Herodes, o Rei, recebeu a condenação.

Já no fim do mês aparece São Pedro, o pescador. Mas com ele a Igreja celebra também o Apóstolo comunicador. Pedro, o sucessor a quem as chaves da Igreja são dadas, e Paulo o pregador dos gentios em terras ainda não exploradas. Pedro, chamado por Jesus junto ao lago para com ele caminhar, e Paulo que por Cristo Ressuscitado foi chamado a Evangelizar.

Assim vemos em linhas diferentes, a vida de santos que são populares, celebrados com festas e romarias, em muitas terras e lugares. Talvez nem todos conheçam ou saibam o porquê de tal motivação, mas muitos dançam, saltam e gritam, e não conhecem a vocação. Aqui fica uma oportunidade de conhecer um pouco mais. Com rimas, alegria e festa, também se faz um editorial que termina sem rimar.

 

Editorial, pelo P. Nuno Rosário Fernandes, diretor

p.nunorfernandes@patriarcado-lisboa.pt

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