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A carta pastoral da Conferencia Episcopal sobre a alegria do amor no Matrimónio
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No passado mês de maio, a Conferência Episcopal Portuguesa publicou uma carta pastoral sobre o matrimónio cristão. Esta carta é publicada na sequência Exortação apostólica A Alegria do Amor, do Papa Francisco. Procura sublinhar e trazer à reflexão pastoral das dioceses de Portugal alguns temas abordados na referida exortação, nomeadamente o significado do matrimónio cristão, a sua preparação e acompanhamento dos primeiros anos de casamento.

É um documento composto por 46 números, agrupados em três capítulos. Começa com uma introdução que salienta a expectativa da maior parte dos jovens de constituir família, apresenta-nos também um olhar realista sobre as hesitações e as inseguranças na hora de dar este passo. Salienta ainda, o desafio pastoral das famílias que experimentam a rutura. Diante destas realidades o documento propõe três vetores de ação. O primeiro passa por anunciar a beleza do matrimónio cristão como vocação e missão, como caminho que encontra em Cristo a sua força. O segundo, apresenta-nos a importância da preparação do matrimónio que não pode ficar apenas pelos encontros que se fazem meses antes do casamento. Terá de ser um trabalho feito a partir da idade da catequese e nos vários itinerários juvenis. O terceiro vetor é o desafio ao acompanhamento dos jovens casais, para isso o documento salienta algumas dimensões, entre as quais está a espiritualidade conjugal e familiar, como alimento para a vivência da vocação familiar.

É um documento que propõe um outro olhar para Exortação do Papa Francisco, para além do tão mediático capítulo VIII. Poderá ser um estímulo para que as comunidades cristãs apostem mais e melhor no anúncio do matrimónio, nos itinerários de preparação e em formas mais criativas e consistentes do acompanhamento dos jovens casais. Na verdade, a celebração do casamento começa no dia em que os noivos dizem o sim, depois, é preciso ajudá-los a viver este sim, para que possam fazer das suas vidas uma grande celebração.

Fica o convite a que neste tempo de férias possamos ler, ou reler, com atenção esta carta e que ela nos impele a irmos mais além no anúncio do evangelho da família. Poderá consultar a carta em: http://www.conferenciaepiscopal.pt/v1/a-alegria-do-amor-no-matrimonio-cristao.

 

texto pelo Cón. Rui Pedro Carvalho, da Pastoral Familiar de Lisboa

 

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Famílias comVida

No dia 8 de Novembro de 2018, procedeu-se à bênção do primeiro Ponto de Acolhimento Famílias comVida, situado no Parque das Nações e que dá resposta à Vigararia II de Lisboa.

Para além deste Ponto de Acolhimento estão neste momento a funcionar os seguintes:

·        - Vigararia Loures-Odivelas (na Igreja Paroquial de Santo António dos Cavaleiros)

·        - Vigararia de Sintra (na Igreja Paroquial de São Pedro de Sintra)

·        - Paróquia de Paço de Arcos

·        - Paróquia de Nossa Senhora de Fátima

Estão prestes a iniciar a sua atividade os seguintes Pontos de Acolhimento:

·        - Paróquia do Lumiar

·        - Paróquia de Telheiras

·        - Paróquia de Alcabideche

·        - Vigararia da Amadora (na Paróquia de Casal de Cambra)

·        - Centro Diocesano (em Carnide)

Para mais informações sobre os horários de atendimento pode contactar as paróquias referidas ou enviar um mail para geral@familiascomvida.pt.

 

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Testemunho: O apoio oferecido pelo ‘Famílias comVida’

“Olá! Gostava muito de falar consigo. Quando é que pode ser?” Estas palavras, ditas à saída da missa, espantaram-me porque não estava à espera de ter uma reação tão rápida ao anúncio de que ia abrir um gabinete de atendimento das Famílias com Vida para Orientação Familiar.

Em 2017 fui desafiada pela Vigararia de Sintra a frequentar o primeiro curso de “Orientação Familiar”, uma iniciativa da Pastoral da Família da Diocese de Lisboa em parceria com a Cáritas Diocesana de Lisboa. Éramos doze ao todo e várias começámos a trabalhar nas nossas paróquias (no meu caso na Vigararia) ou Movimentos no fim de 2018. Neste momento decorre o segundo curso na Universidade Católica de Lisboa.

Aceitei o desafio porque como esposa, mãe e avó com muitos anos de trabalho ligado à formação na área da família, reconheço a importância de ter alguém com quem falar que partilha os nossos valores, mas que, no entanto, mantém uma distância profissional.

Nas respostas aos questionários feitos a casais novos da nossa paróquia foi muitas vezes mencionada a necessidade de ter “alguém” com experiência com quem falar. Um casal que atendi recentemente, disse-me que tinha sido bom ouvir as observações feitas, comentários que eles no fundo sabiam ser importantes para melhorar a sua relação, mas que precisavam de ouvir de uma terceira pessoa “profissional”. Alguns casos são mais complexos e precisam de ajuda especializada. Estes são encaminhados para profissionais que colaboram com a “Famílias com Vida”. O que entristece são as famílias que vêm já muito tarde, muito magoadas e com dificuldade em perdoar, mas quando têm vontade de ser ajudadas e com muito apoio e oração, tudo é possível. É tão bom quando alguém como a senhora que atendi logo no início, umas semanas mais tarde, com o seu problema resolvido, me abraça com força e diz “Obrigada” ou o casal que precisava de ouvir o que no fundo já sabia ser um bom conselho, passa por mim no parque e cumprimenta-me com um grande sorriso. É tão importante pedir ajuda cedo, por vezes basta desabafar para começar a perceber que o que parecia uma montanha é só um monte; que outras famílias têm os mesmos problemas; que o nosso adolescente é igual a todos os outros; que há quem nos possa ajudar a encontrar alguém que fique com as crianças umas horas para o casal poder “namorar”.

Como o Papa Francisco nos diz, a família é a base da sociedade. As Famílias comVida oferecem este apoio que esperam poder ser alargada a todas as paróquias.

 

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Oração à Sagrada Família

 

Jesus, Maria e José,

em Vós, contemplamos

o esplendor do verdadeiro amor,

a Vós, com confiança, nos dirigimos.

 

Sagrada Família de Nazaré,

tornai também as nossas famílias

lugares de comunhão e cenáculos de oração,

escolas autênticas do Evangelho

e pequenas Igrejas domésticas.

 

Sagrada Família de Nazaré,

que nunca mais se faça, nas famílias, experiência

de violência, egoísmo e divisão:

quem ficou ferido ou escandalizado

depressa conheça consolação e cura.

 

Sagrada Família de Nazaré,

que o próximo Sínodo dos Bispos

possa despertar, em todos, a consciência

do carácter sagrado e inviolável da família,

a sua beleza no projecto de Deus.

 

Jesus, Maria e José,

escutai, atendei a nossa súplica.

 

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Oração em família

Celebrar com os avós

Pertenço ao grupo dos avós, desde o ano passado!

 A experiência tem sido maravilhosa. Dou graças a Deus por mais esta bênção na minha vida! Já sabia, pela experiência das minhas amigas, que é outro nível de afetividade. Também a minha mãe referia (muitas vezes) que ser avó é ser mãe duas vezes. Memorizei, mas nunca entendi. Agora, entendo! Não tem ver com a quantidade ou qualidade de afetividade, porque não é humanamente possível. Tem a ver com a nossa posição relativa. Estamos na segunda linha, amamos desmesuradamente estas novas vidas com que Deus nos afortunou como amamos os filhos, mas não turvamos esse sentimento magnífico com o desgaste dos horários, das tarefas, dos problemas financeiros, das soluções de compromisso, das relações familiares, etc. Apesar de não estarmos na primeira linha, a da ação, e de nos termos de adaptar às decisões de outros, que nem sempre entendemos, temos uma “visão” límpida, intensa e ampla daquilo que nos une: o amor ilimitado e infindável que sentimos! Agradeço a Deus a graça desta vida e também agradeço a Deus a de todas as outras vidas que a antecedem, inclusive a minha, que se prolongou o suficiente para experienciar mais esta dádiva.

 

Oração de uma avó Obrigada, meu Deus e meu Pai, pelo dom da vida da minha neta e por mo teres permitido saborear. Obrigada, meu Deus e meu Pai, pelo amor límpido, intenso, amplo, que nos une e me arde no coração, talvez porque afastado da turbulências das tarefas e das preocupações diárias. Obrigada, meu Deus e meu Pai, por permitires que as insuficiências do meu corpo já cansado não toldem este amor que expande a minha alma a todos os que tomam parte da sua existência. Obrigada, meu Deus e meu Pai! Permite que nunca me esqueça de te agradecer. Obrigada, meu Deus e meu Pai!

 

Pai Nosso

Ave Maria

Glória!

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