Lisboa |
Bênção do Colégio Senhora da Boa Nova, no Estoril
Uma obra que é um “obrigado a Deus”
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São 24 novas salas de aula, para o 1.º, 2.º e 3.º ciclos, além de diversos laboratórios, espaços de estudo e de recreio. A comemorar 10 anos da inauguração do Complexo Senhora da Boa Nova, o Centro Paroquial do Estoril concluiu as instalações do seu Colégio. Uma obra que é “um obrigado a Deus”, nas palavras do pároco e presidente da direção, padre Paulo Malícia.

 

“Impunha-se uma palavra rápida e a palavra é ‘obrigado’. Como presidente da direção e como pároco, tenho tanta gente a quem agradecer. É uma grande gratidão, porque esta obra é um obrigado: um obrigado a Deus, um obrigado a muita gente e vai continuar a ser um obrigado”, salientou o padre Paulo Malícia, no final da Missa [ver caixa] que o Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, presidiu na manhã do passado dia 14 de setembro.

Foi um sacerdote agradecido, aquele que se dirigiu aos pais e às crianças da instituição, bem como aos clérigos e autarcas presentes. “O que eu queria hoje era dar um abraço a esta gente toda”, garantiu. “Obrigado ao senhor Patriarca, por ter confiado nesta direção para levar este projeto, que não é fácil. O dia de hoje não é de ostentação, mas de um caminho que queremos fazer com humildade. Agradecer muito à Câmara Municipal de Cascais. A verdade tem que ser dita: sem a Câmara Municipal de Cascais, muito do que há aqui não era possível. E agradeço também muito ao Doutor Carlos Carreiras [presidente do município]. Agradeço ainda à junta de freguesia de Cascais e Estoril, à direção do CPE [Centro Paroquial do Estoril], onde encontrei homens e mulheres, ao longo destes quatro anos, que me ensinaram a ser cristão pela verticalidade com que vivem”, acrescentou o padre Paulo Malícia, não esquecendo “os anteriores párocos, padre Armindo [Garcia], padre António [Fernando] e o nosso querido padre Ricardo [Neves, falecido em 2015]”, as “anteriores direções, os funcionários da casa – sem vocês, este projeto não era possível! – e os voluntários e benfeitores do CPE”.

 

Uma obra que faz bem

Pároco do Estoril desde 2015, o padre Paulo considera que o Complexo Senhora da Boa Nova, inaugurado há uma década, é uma obra que “faz muito bem a muita gente”. “Há 10 anos que dá de comer a muita gente, que dá cultura a muita gente, que dá educação a muita gente, já tocou milhares de corações pela forma como educou, pelos espetáculos e assistência social que proporciona. Agradeço muito também àqueles que, no silêncio do seu quarto, ou junto ao sacrário, todos os dias rezam por nós, e agradeço aos pais a paciência que tiveram connosco na fase em que os alunos estudavam em contentores”, resumiu o sacerdote.

A última palavra de agradecimento do padre Paulo foi para Deus. “No fim disto tudo agradeço a quem? Àquele que todos temos que agradecer: a Deus. Se esta obra é de Deus, ela há de fazer caminho. Mas, para fazer caminho, ela precisa de todas as vossas mãos. Em meu nome e de toda a direção, muito obrigado”, terminou.

Ainda na celebração, que decorreu na Igreja da Boa Nova, o Cardeal-Patriarca de Lisboa assegurou que “estas obras de Deus passam no coração das pessoas boas e depois nunca mais acabam”. “Podem ter a certeza: se põem no coração de Deus, rende cem por um. Deus não desiste, e a gente também não”, garantiu D. Manuel Clemente.

 

“Deus no mundo”

O Colégio Senhora da Boa Nova acompanha o crescimento integral de cada aluno, com uma proposta a nível académico e espiritual, desde o berçário até ao 9.º ano. Na bênção dos novos edifícios, na Galiza, Estoril, o Cardeal-Patriarca lembrou isso mesmo. “Esta é uma obra material, mas é sobretudo o suporte de uma obra espiritual e cultural para que todos aqueles que por aqui passam – quer os que ensinam, quer os que ajudam a educar, quer as famílias, quer os professores, quer todos os auxiliares de educação, quer as crianças e os adolescentes que por aqui andam – possam crescer nesta Verdade, que é outra maneira de dizer Deus no mundo”, observou D. Manuel Clemente, agradecendo aos políticos locais o “sentido prático e preciso” do contributo para esta obra do Patriarcado de Lisboa: “Não posso deixar de reconhecer e agradecer o contributo da autarquia, quer a nível camarário, quer a nível de união de freguesias, porque como órgão primeiro, em termos sociais, do bem-comum, está atenta a tudo aquilo que pode promover aqueles que aqui estudam e aqueles que aqui trabalham, como contributo para a sociedade. Esta atitude da parte da autarquia, como a outro nível deve ser da parte do Estado e até da comunidade internacional, de favorecer aquilo que comprovadamente faz bem e faz crescer a sociedade em termos de solidariedade e de humanidade, deve ser uma prioridade de quem tem estas obrigações e são absolutamente necessárias para que cresçamos todos em tudo aquilo que devemos crescer”.

Benzido o novo equipamento, D. Manuel Clemente considera que “a bênção vai continuar no dia-a-dia deste colégio”.

 

Agradecimento à Igreja

Presente na Eucaristia e na bênção do Colégio Senhora da Boa Nova, o presidente da Câmara Municipal de Cascais considerou que “Cascais tem que estar muito agradecido à Igreja Católica”. “Antes de o Estado central e as autoridades públicas investirem na educação dos nossos jovens, foram, de facto, instituições ligadas à Igreja Católica que tudo fizeram. Eu próprio beneficiei disso”, sublinhou Carlos Carreiras, antigo aluno dos Salesianos, considerando que “tem existido um complexo em fazer este reconhecimento”. “A Igreja chegou à frente e formou gerações de cidadãos, hoje de Cascais”, acrescentou o autarca, dando como exemplo a Santa Casa de Misericórdia de Cascais, fundada em 1551. “Durante séculos, esta instituição foi o único apoio social. E esta comunidade está agradecida por tudo aquilo que a Igreja Católica nos tem proporcionado”, referiu Carlos Carreiras.

Na sua intervenção, o presidente da Câmara Municipal de Cascais recordou ainda que, naquele local, existia “um dos maiores bairros de exclusão, o Bairro do Fim do Mundo, um bairro de barracas onde não se garantia a dignidade humana em todas as suas dimensões”.

 

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Projeto Educativo

O Projeto Educativo do Colégio Senhora da Boa Nova norteia-se pelos princípios da Boa Nova cristã, valorizando a dignidade da pessoa e tendo como meta a excelência que cada um é chamado a protagonizar no seu percurso de vida.

O Colégio procura criar um ambiente propício à integral realização da criança, em todas as suas áreas e potencialidades, fomentando um crescimento equilibrado e ajustado ao mundo em que vivemos, pelo que é cultivado o respeito pelas suas características individuais e pela diferença do outro.

Através das várias atividades desenvolvidas, procura-se incutir que cada um de nós é parte ativa do mundo em que vivemos, podendo fazer a diferença consoante os nossos gestos e atitudes, pelo que é necessário termos curiosidade em saber, desenvolver espírito crítico, e que cada aluno saiba exprimir-se e comunicar.

in http://sraboanova.pt/Colegio

 

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As novas instalações do Colégio Senhora da Boa Nova

24 Salas de aula (1.º, 2.º e 3.º Ciclo)

1 Laboratório de Ciências da Natureza

1 Laboratório de Físico-Química

1 Laboratório de Línguas

1 Sala para Artes Performativas

1 Sala para Necessidades Educativas Especiais

1 Biblioteca

1 Capela

1 Pequeno Auditório

2 Salas EVT

1 Sala de Música

2 Salas de Cestos (1.º, 2.º e 3.º Ciclo)

1 Pátio Central (450m2)

2 Campos de jogos no exterior

 

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“A vida só se ganha quando se dá”

Na Missa que teve lugar antes da bênção do Colégio Senhora da Boa Nova, o Cardeal-Patriarca de Lisboa destacou a importância da entrega aos outros. “A vida só se ganha quando se dá, a vida só se consegue quando se entrega”, frisou D. Manuel Clemente, exemplificando com “os professores da instituição”. Apontando que “nestes dois mil anos de Cristo no mundo há tantos exemplos de gente que, dando a vida, a ganhou”, o Cardeal-Patriarca recordou a irmã Maria Antónia Pinho, religiosa das Servas de Maria Ministras dos Enfermos que tinha sido assassinada no Domingo anterior, em São João da Madeira, no distrito de Aveiro. “Por não desistir e querer estar sempre ao lado dos outros, acabou por ser morta. Ela participa nesta vitória de Cristo sobre a morte. Está em Cristo, está connosco. A sua memória abençoada está em Deus”, garantiu D. Manuel Clemente.

Na Igreja da Boa Nova, na celebração matinal do passado dia 14 de setembro, Festa da Exaltação da Santa Cruz, o Cardeal-Patriarca sublinhou ainda que “toda a nossa vida é feita com o sinal da cruz”. “Quantas vezes nos benzemos, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O importante é que isto não seja apenas um sinal exterior, mas seja sobretudo um sinal interior, seja inteiramente assimilado porque também é a nossa salvação”, destacou.

texto e fotos por Diogo Paiva Brandão
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