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Instrumentalizar a religião

O Papa Francisco lembrou, na audiência da passada quarta-feira, 6 de novembro, que é preciso “abrir os corações às necessidades dos mais carenciados, dos indefesos, dos pobres, dos desempregados e de quem bate à nossa porta na procura de pão, de um refúgio e do reconhecimento da sua dignidade”. Estas palavras foram proferidas no discurso dirigido aos participantes de língua árabe, na audiência-geral, e devem recordar-nos, a todos, que a atitude cristã deve fazer-se ver nos atos, efetivamente, concretizados. Não podemos afirmar-nos cristãos, católicos, e depois não sermos defensores da vida, em tudo o que ela significa. Não podemos mostrar-nos crentes, publicamente, como montras de lojas, e desprezarmos aqueles que sofrem, fechando portas a uma vida com melhores condições, e em segurança, e até àqueles que procuram refúgio. Não podemos afirmar-nos com determinados valores morais cristãos, mas só naquilo que convém.

Tem sido frequente ver, com o objetivo de aproveitamento político, utilizarem-se referências religiosas, cristãs, para a captação da atenção de um lado da opinião pública, daqueles que são eleitores e que muito facilmente se deixam levar por demagogias. Contudo, é importante que o cristão, que o católico, se afirme pelos seus atos, e não, se deixe instrumentalizar pelas teorias e pelas ‘belas palavras’ que, muitas vezes são, interessadamente, pronunciadas, mas vazias no amor. 


Editorial, pelo P. Nuno Rosário Fernandes, diretor

p.nunorfernandes@patriarcado-lisboa.pt

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