Missão |
Paulo Val Gonçalves e Susana Gonçalves do Val, dos Leigos para o Desenvolvimento
“Colocámos nas mãos de Deus”
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Paulo Val Gonçalves nasceu a 1 de outubro de 1986, é natural de Belas (Sintra) e é licenciado em Design de Cena. Susana Gonçalves do Val nasceu a 9 de julho de 1987, é natural de Lisboa e licenciada em Reabilitação Psicomotora, licenciada em Psicologia e pós-graduada em Psicologia das Relações Interculturais. Casaram a 11 de novembro de 2017. Entre setembro de 2018 e outubro de 2019 estiveram em missão em São Tomé e Príncipe com os Leigos para o Desenvolvimento.

 

Taizé: experiências marcantes

Paulo conta que cresceu num ambiente familiar cristão e fez parte de um grupo de jovens. Frequentou o Pré-Seminário e o Seminário Menor de Lisboa. Durante alguns anos foi responsável por diferentes grupos de jovens na paróquia. Foi catequista e acólito e fez várias peregrinações a Fátima a pé. Foi várias vezes a Taizé onde diz que cresceu “muito espiritualmente” e que estas “talvez tenham sido das experiências mais importantes que definiram muito a minha visão sobre ser cristão”. Foi também em Taizé que conheceu a Susana, em 2013, numa viagem “que nem era para ter acontecido”. Partilha ainda algumas experiências profissionais: “Trabalhei com bons nomes do teatro nacional, destaco Paulo Campo do Reis, Ricardo Soares, Paulo Cintrão. Com registos diferentes, mas todos me fizeram crescer e ser mais. Trabalhei também na Kidzania, como animador.”

 

O reencontro com Deus

Susana frequentou a catequese quando era criança e “quando estava no 7º ano de catequese, depois de ter feito a Profissão de Fé” decidiu sair. Esteve depois “afastada da Igreja e da fé, apesar de ter tido contacto com a religião católica, no meu percurso pela Equipa d’África (com início em 2009), de ter realizado voluntariado numa missão católica em Moçambique durante um ano e meio (Jan 2011-Jun 2012). Apesar da minha buca por tentar compreender Deus e o que era a fé, só no início de 2013 reencontrei Deus na minha vida, e decidi aprofundar mais, foi então que decidi preparar-me para o Crisma (pelo CUPAV), e fui crismada a 8 de junho de 2014. O Paulo, o meu marido, é também meu Padrinho de Crisma”, partilha. Além da missão recente que partilhou com o Paulo, realizou também uma missão de um ano e meio com a ONGD Equipa D’África em Moçambique. “Ao longo do meu percurso profissional, que se iniciou após o término da Licenciatura em Reabilitação Psicomotora, tive a oportunidade de maioritariamente trabalhar com crianças e jovens, em contexto escolar. Para além das diferentes experiências profissionais na área do desenvolvimento infantil, trabalhei durante dois anos num contexto organizacional, numa empresa de cibersegurança informática”, partilha.

 

“Foi crescendo no nosso coração essa vontade”

Sobre a sua experiência de missão em casal, partilham: “Conhecemo-nos em agosto de 2013, num local tão especial como é a comunidade de Taizé, e desde aí nunca mais nos largámos. Viajámos juntos para a Austrália durante 6 meses (janeiro a julho de 2016), com intenção de estudar e conhecer outras realidades, foi uma viagem marcante que nos uniu muito. Fizemos a preparação para o casamento durante 12 meses, através do Movimento Shalom, com o acompanhamento pessoal e íntimo de outro casal mais velho e com experiência, pelo qual temos bastante admiração e carinho. A 11 de novembro de 2017 casamo-nos na Paróquia Nossa Senhora da Misericórdia de Belas. Logo após o casamento, tínhamos pensado que os passos seguintes, com calma, seriam o de comprarmos casa, de termos filhos... Logo após a Lua-de-Mel fomos, no entanto, convidados por uma grande amiga a ir a uma reunião dos Leigos para o Desenvolvimento, e nós, sem qualquer compromisso, fomos. Até gostámos da reunião, e fomos continuando a ir, mas ainda sem pensar na possibilidade de fazer voluntariado missionário. Aliás, tínhamos vários amigos que já tinham feito a formação e gostado muito, alguns deles até partido em missão, mas nunca o nosso interesse tinha sido despertado para ir ver como era. O que é certo é que foi crescendo no nosso coração essa vontade, esse interesse, e fomos continuando no caminho da formação, e discernimento. Após os exercícios espirituais de 7 dias, com inspiração Inaciana, somos convidados a dar a nossa resposta, se estamos ou não disponíveis para partir em missão, por um ano. Os dois discernimos individualmente, e depois em conjunto, percebemos que ambos sentíamos esse chamamento e colocámos nas mãos de Deus, dando a nossa disponibilidade como positiva. Tivemos o privilégio de partir em missão para São Tomé e Príncipe, mais especificamente, para a Roça de Porto Alegre (Sul de São Tomé), onde desenvolvemos vários projetos com vista à capacitação das pessoas envolvidas e desenvolvimento comunitário.”

Paulo partilha ainda: “Fui responsável por projetos no âmbito da promoção e valorização da Cultura: fiz o acompanhamento em contexto da equipa de Direção do Centro Cultural Comunitário, assim como de um grupo da Cultura, responsável pela dinamização de uma agenda cultural em Porto Alegre; acompanhei o Grupo de Bulaué Unidade de Ponta Baleia, que é um grupo da dança e canto santomense; e colaborei no Projeto Fotográfico ‘Histórias ao Sul’, com a instalação das fotografias e histórias pelas comunidades da Roça de Porto Alegre, e a Formação de Mediadores Culturais.”

texto por Catarina António, FEC | Fundação Fé e Cooperação
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