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Isilda Pegado
A EUTANÁSIA – Por onde vamos? Questões Práticas

1. Como sabemos, está no Parlamento, a ser discutida a legalização da Morte a Pedido (Eutanásia). O processo iniciou-se no passado dia 20 de Fevereiro com a aprovação, na generalidade, de cinco propostas de lei.

2. Em paralelo, corre na Sociedade uma Iniciativa Popular de Referendo que, se propõe esclarecer e informar o que está em causa nesta lei. E, como veremos, assim travar a Eutanásia através do Referendo.

3. O Parlamento tem todo o poder que lhe é reconhecido pela Constituição. Mas, o Povo tem o direito, e o dever, de fazer chegar aos eleitos o que pensa sobre certas matérias, que não são de mera administração ou gestão política. E a todos é pedido que exerçam este direito.

4. A Lei da Morte a Pedido (Eutanásia) vai muito para além das questões comuns da política. Trata-se de uma lei de Vida ou de Morte. Uma lei que introduz na Sociedade um novo modelo de vida/morte. Onde se concede ao Estado o direito a ditar que “algumas vidas” não têm valor, e por isso podem ser eliminadas.

5. Alguns invocam questões de consciência. Mas todos temos consciência. Por isso, numa questão tão violenta e fraturante, a consciência, não pode ser só medida pelos 230 deputados que estão no Parlamento. Todos temos o direito e o dever de mostrar e de dizer o que manda a nossa consciência.

6. Só com a força do Povo é possível travar uma lei que a todos pode matar. Uma proposta de lei que tem por detrás de si motivos económicos, mas usa acima de tudo a mentira e a falsa liberdade. Na verdade, se a Lei da Eutanásia fosse aprovada todos teríamos de nos confrontar com tal decisão.

7. No dia em que estivéssemos doentes, sem perspetivas de cura e a dar trabalhos à nossa família e à Sociedade, necessariamente diríamos – “tenho de decidir!” E depois? Decidir a Morte? Quando? Amanhã? Dentro de uma semana, para ter tempo para se despedir dos seus? Dentro de um mês, para ver o neto que irá nascer? Que tormenta! Quem está a sofrer, precisa de mais este sofrimento? Ou, pode ter a Paz de viver cada dia com as dificuldades que vai vencendo, com a ajuda de médicos, enfermeiros e cuidadores? Viver em Paz com o Amor que vê à sua volta e com o carinho que familiares e amigos lhes dão?

8. É tão dramático pensar nas consequências desta lei, que a todos é pedido que, em qualquer circunstância falemos aos que nos rodeiam da Eutanásia que querem impor.

E, pensemos no número de pessoas a quem ainda ninguém falou com Verdade, a quem ninguém pediu que assinasse o Pedido de Referendo, a quem passa despercebida esta responsabilidade social.

9. Nos próximos dias usemos o poder que efectivamente temos, de dizer ao Parlamento que Portugal não quer uma Lei da Morte.

A Esperança não morre. A Esperança não desilude. Viver com Esperança é ser mais feliz e ser melhor pessoa.

Sempre.

 

foto por Federação Portuguesa pela Vida