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Receando isolamento da região por causa da covid-19
“Que Deus nos ajude”, reza cristão da Terra Santa
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Nicolas Ghobar, um cristão da Terra Santa, revela o sentimento de receio de toda a comunidade local perante as medidas tomadas pelas autoridades para a contenção do coronavírus covid-19. O fecho das fronteiras impede o turismo que é uma das principais fontes de rendimento da comunidade cristã.

Em mensagem enviada para a Fundação AIS em Portugal, este artesão bem ‘conhecido’ dos lisboetas – praticamente todos os anos no Natal tem peças de artesanato com motivos religiosos à venda em igrejas no Chiado – revela que já há consequências práticas deste isolamento até ao nível dos bens de primeira necessidade. “Esta é já a terceira semana que estamos em quarentena e como as fronteiras estão fechadas assim como a maior parte das ruas, já começamos a ter problemas com a falta de alimentos”, explica Ghobar, que se apresenta como “cristão católico da cidade de Belém, Terra Santa, onde nasceu Nosso Senhor Jesus Cristo”.

Na mensagem enviada para Lisboa, para “informar sobre a situação na região”, Nicolas explica que agora, em consequência do covid-19, o futuro é incerto. “Não sabemos quando vai voltar o turismo”, diz, salientando que as perspetivas são pouco animadoras. “Achamos que este ano já terminou, já não vai haver turismo. E tudo irá depender da situação dos outros países”, refere.

A dependência do turismo revela-se dramática. Segundo Nicolas, “mais de 50 mil pessoas” dependem desta atividade económica. Sem turistas, sem receitas, o futuro imediato surge muito ensombrado. Resta a esperança enraizada na fé. “Pedimos a Deus que nos ajude, que ajude todo o mundo, que esse vírus desapareça e se encontre solução e que regressemos à normalidade. Isto é uma coisa triste”, diz Nicolas Ghobar, que agradece as orações dos cristãos portugueses e de todo o mundo. “Que eu saiba, esta foi a terceira vez que a Igreja da Natividade fechou [portas]. Foi no tempo dos Otomanos, no ano de 2002, quando foram os conflitos [com Israel], e agora por causa do vírus. Temos que ter fé”, termina.

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