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Missa por ocasião dos 100 anos do Papa polaco
Papa Francisco destaca “a oração, a proximidade ao povo e o amor pela justiça” de São João Paulo II
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O Papa Francisco assinalou hoje o centenário do nascimento de São João Paulo II, com a celebração da Missa na capela onde se encontra o túmulo do Papa polaco, na Basílica de São Pedro, tendo destacado como traços da sua personalidade “a oração, a proximidade ao povo e o amor pela justiça”. “Quais são, digamos, ‘os traços’ de bom pastor que podemos encontrar em São João Paulo II? Muitos! Mas digamos três deles, somente: a oração, a proximidade ao povo e o amor pela justiça”, enumerou, descrevendo depois cada um deles.

 

Oração

Sobre a oração, o Papa destacou que “São João Paulo II era um homem de Deus porque rezava e rezava muito”. “Mas como pode um homem que tem tanto o que fazer, tanto trabalho para guiar a Igreja... ter tanto tempo para oração? Ele bem sabia que a primeira tarefa de um bispo é rezar e isso não foi o Vaticano II que disse, foi São Pedro, quando com os Doze escolheu os diáconos, disseram: «E a nós bispos, a oração e o anúncio da Palavra» (cf At 6,4). A primeira tarefa de um bispo é rezar. E ele sabia disso, e fazia-o. E ensinou-nos que à noite, quando um bispo faz o exame de consciência, deve perguntar-se: ‘hoje, quantas horas rezei?’ Um homem de oração”, lembrou.

 

Proximidade

Na sua homilia, Francisco recordou ainda como João Paulo II era “um homem de proximidade”. “Não era um homem separado do povo, aliás, ia encontrar o povo e rodou o mundo inteiro, encontrando o seu povo, buscando o seu povo, fazendo-se próximo. E a proximidade é um dos traços de Deus com o seu povo”, assegurou, reforçando que o Papa polaco “deu-nos o exemplo desta proximidade: próximo dos grandes e dos pequenos, próximo dos de perto e dos de longe, sempre próximo, fazia-se próximo”.

 

Justiça

Na celebração matinal desta segunda-feira, 18 de maio, o Papa sublinhou por fim o ‘traço’ do “amor pela justiça”. “Mas a justiça plena! Um homem que queria a justiça, a justiça social, a justiça dos povos, a justiça que afasta as guerras. Mas a justiça plena! Por isso, São João Paulo II era o homem da misericórdia, porque justiça e misericórdia caminham juntas, não se podem distinguir, estão juntas: justiça é justiça, misericórdia é misericórdia, mas uma sem a outra não está bem”, considerou, convidando a recordar “o muito que São João Paulo II fez para que as pessoas entendessem a misericórdia de Deus”. “Pensemos como ele levou adiante a devoção a Santa Faustina cuja memória litúrgica, a partir de hoje, será para a Igreja no mundo inteiro. Ele havia sentido que a justiça de Deus tinha esta face de misericórdia, esta atitude de misericórdia. E este é um dom que ele nos deixou: a justiça-misericórdia e a misericórdia justa”, terminou o Papa.

 

Última transmissão em direto

No final da Missa, o Papa Francisco pediu ainda a Deus que suscite “a chama da caridade que alimentou incessantemente a vida de São João Paulo II” e “o impeliu a gastar-se” pela Igreja.

Esta celebração no centésimo aniversário do nascimento de São João Paulo II (18 de maio de 1920) foi a última das Missas da manhã, presididas pelo Papa Francisco, com transmissão em direto pela internet, tal como acontecia desde o passado dia 9 de março, com a suspensão das celebrações com a participação de fiéis devido à pandemia da Covid-19, em Itália.

 

texto por Diogo Paiva Brandão
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