Lisboa |
Domingo da Ascensão do Senhor
“Ascendamos, com Cristo, para o mundo de Deus”
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“Morrer para uma vida sem Deus e, com Jesus Cristo, subir para uma vida com Deus”. “É essa a ascensão a fazer”, desafiou o Cardeal-Patriarca de Lisboa, na Missa dominical de ontem, 24 de maio.

Na Solenidade da Ascensão do Senhor, D. Manuel Clemente referiu que “é preciso aprender com Jesus Cristo a maneira de subir para Deus” para, assim, chegar ao “mundo inteiro” e aludiu a “tantos sinais de ascensão” que vão estando presentes neste mundo, apesar de tanto sofrimento. “A caridade é o mundo de Deus, é vivermos a nossa vida com os outros, para os outros e, exatamente aí, ressuscitarmos e ascendermos para o Pai”, apontou.

 

Criação

Na Missa, transmitida pela RTP1, a partir da igreja da Portela, o Cardeal-Patriarca defendeu uma “ecologia integral” – tal como pede frequentemente o Papa Francisco. Precisamente no dia em que se assinalam cinco anos da publicação da Encíclica Laudato Si’, sobre “a restauração da criação”, D. Manuel Clemente observou que esta preocupação deve ir para lá do cuidado com a natureza. “A palavra ‘natureza’ significa simplesmente o que nasce, o que aparece. Para nós, crentes, é a Criação porque o que nasce, o que aparece, ‘tem Deus por dentro’. E, por isso, tem que ser religiosamente respeitada”, pediu D. Manuel Clemente, desafiando os cristãos a viverem “em ação de graças, dando graças por esta criação e cuidando dela”.

Nesta celebração, o Cardeal-Patriarca de Lisboa apelou também ao esforço de todos para se garantir a qualidade do ar, num momento em que “a população mundial vive mais em espaço urbano do que não urbano”. “Temos que ter cuidado para que as nossas cidades mantenham a qualidade do ar que se respira, para que seja possível essa ecologia integral onde todos nós vivemos como Deus quer, como Deus não desiste de querer. É por isso que a Ascensão tem que ser feita aqui, tem que ser feita nestes gestos solidários, responsáveis, ecológicos – numa ecologia integral, em que o ser humano e todos os outros seres são, igualmente, respeitados em tudo aquilo que são as suas necessidades básicas de viver, de se manterem, a si e aos seus, de circularem, de se poderem realizar pelo trabalho, de respirar”, defendeu D. Manuel Clemente.

No final da homilia, o Cardeal-Patriarca desafiou a mais sinais de solidariedade. “Olhemos para os outros de uma maneira mais humana e humanizadora, olhemos para todos de uma maneira mais solidária e eficaz, olhemos para o mundo como uma criação pela qual temos de dar graças a Deus, mas que nos responsabiliza na sua manutenção e até recuperação, em muitos casos. Ascendamos, com Cristo, para o mundo de Deus. É essa a ascensão que o mundo precisa”, recordou.

 

“Um coração grande”

No Domingo em que a Igreja assinala o 54.º Dia Mundial das Comunicações Sociais, o Cardeal-Patriarca lembrou todos os profissionais da comunicação e pediu “para que Deus, a todos, dê um coração grande e um espírito aberto a todo o bem que há no mundo”, para que, através dos seus trabalhos, contribuam “para que o mundo viva e respire melhor”.

No final desta celebração, D. Manuel Clemente aproveitou para agradecer aos canais televisivos (RTP e TVI) o “serviço público” prestado e que permitiu a transmissão, em direto, das Missas dominicais durante o tempo de suspensão das celebrações com a presença física de fiéis.

texto por Filipe Teixeira
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