Lisboa |
Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima
A minha peregrinação com Maria
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A minha peregrinação com Maria decorreu durante os dias 9 a 18 de outubro de 2020, acompanhando a visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima, por ocasião do Dia Mundial da Saúde Mental 2020, a cinco casas da hospitalidade: a Clínica Psiquiátrica de S. José (Telheiras – Lisboa), a Casa de Saúde da Idanha (Belas), a Casa de Saúde Santa Rosa de Lima (Belas), o Centro Psicogeriátrico Nossa Senhora de Fátima (Cascais – Parede) e a Casa de Saúde do Telhal (Mem Martins).

 

A Equipa de Pastoral da Saúde da Clínica Psiquiátrica de S. José preparou e coordenou esta peregrinação, tendo o seguinte tema: “Viver com Maria o impacto da pandemia na saúde mental de todos”. Na reflexão e na oração, todos foram incluídos, e de uma forma muito especial os que mais experimentam a solidão. O início desta peregrinação foi solenemente assinalado no dia 10 de outubro, por ser este o Dia Mundial da Saúde Mental, com uma Eucaristia presidida pelo Senhor Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, na Clínica Psiquiátrica de S. José. Foi celebrada a Missa da Virgem Maria, Mãe da Consolação, porque a consolação é a resposta prática à solidão que tem vindo a aumentar nos difíceis tempos da pandemia. Na homilia desta celebração, D. Manuel Clemente perguntava: «Se somos consolados por Deus, não havemos de consolar os outros?».

 

Esta peregrinação de Maria foi de consolação, de alegria e de esperança. Ao longo destes dias recordei muitas vezes a visita de Maria a sua prima Isabel (Lc 1, 39-56): a disponibilidade, o maravilhamento, a gratidão, o louvor, e tantos outros sentimentos destas duas mulheres extraordinárias. Transportando até junto dos doentes e colaboradores a bela Imagem Peregrina nº 2 que o Santuário de Fátima nos disponibilizou, vivi de uma forma absolutamente única o sentido do peregrinar. Enquanto Capelão Hospitalar há muitos anos, inúmeras vezes acompanhei doentes, profissionais de saúde, voluntários e outros ao Santuário de Fátima. Mas a peregrinação agora foi noutra direção: de Fátima para estas casas da hospitalidade; e eu participei nela, mesmo muito fisicamente, ficando com os músculos dos braços a doer, porque andei com esta Imagem Peregrina nas mãos durante muitas horas, levando-a até bem junto dos doentes e colaboradores, nas diversas Unidades.

 

Vi, ao longo destes dias, o Evangelho da Visitação prolongado: a alegria e a esperança em tantos rostos marcados por tantas fragilidades e sofrimentos. Fui testemunha de momentos únicos de encontro e de encanto, em orações de prece, de gratidão e de louvor. Uma das palavras mais escutadas foi: obrigado, obrigada!

 

Por muitas razões, estes dias foram de graça: depois de tantos meses tão limitado na relação pastoral com os doentes, este contacto foi muitíssimo significativo para mim, enquanto assistente espiritual e religioso. Vi os doentes, os diferentes colaboradores, as irmãs e os irmãos a viver intensamente esta peregrinação. Foram profundamente vividas muitas celebrações comunitárias e muitos momentos de oração individual. Estive em todos as celebrações de acolhimento e de despedida da Imagem Peregrina, em várias celebrações da Eucaristia e outros momentos de oração, sobretudo com os Leigos Hospitaleiros. Acompanhei, pelas redes sociais, muitas partilhas do que estava a acontecer, e também fui partilhando o mesmo.

 

A Eucaristia de encerramento desta peregrinação ocorreu no Dia Mundial das Missões, reforçando desta forma a nossa identidade cristã enquanto missionária: caminhando ao encontro dos outros, peregrinos como Maria e peregrinos com Maria, vivendo o primado de Deus, na abertura aos outros em hospitalidade. «A Santíssima Virgem Maria, Estrela da Evangelização e Consoladora dos Aflitos, discípula missionária do seu Filho Jesus, continue a amparar-nos e a interceder por nós.» (Papa Francisco, Mensagem para o Dia Mundial das Missões 2020).

texto por Frei Hermínio Araújo, OFM
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