Lisboa |
Dedicação do altar da igreja matriz de Almargem do Bispo
“O altar é um lugar de paz”
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Trinta anos. Foi este o tempo que a comunidade cristã de Almargem do Bispo teve de esperar para ver o altar da sua igreja ser dedicado. “É a nossa vida que trazemos aqui, neste altar, e que será oferecida, com Jesus, ao Pai”, garantiu o Cardeal-Patriarca de Lisboa.

 

As obras terminaram a 18 de outubro de 1990. Trinta anos depois, a 18 de outubro de 2020, o Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, dedicou o altar da “lindíssima Igreja de São Pedro de Almargem do Bispo”, como o próprio classificou. “Esta celebração da dedicação do altar é uma autêntica catequese sobre o que nós somos como Igreja e o louvor que prestamos a Deus, no seu templo. Basta estar com atenção às leituras, às orações, aos ritos e todos nós nos dedicaremos de novo, com este altar que agora vai ser dedicado ao culto de Deus, que é o bem de todos”, salientou, no início da celebração.

A manhã do passado Domingo, com a Missa de dedicação do altar da igreja matriz de Almargem do Bispo, foi “um dia tão significativo para a comunidade”, segundo o pároco, padre Carlos Pinto. “Podermos celebrar este rito da dedicação é um momento de particular graça. Ele é resultado do esforço feito por um grande grupo de senhoras, que há 30 anos se juntou, e foi executado por um artesão da terra, Martinho Duarte”, referia o sacerdote.

Na homilia, o Cardeal-Patriarca de Lisboa começou por recordar um trecho lido na celebração, do livro do Génesis, o primeiro livro da Bíblia, que conta o episódio do sonho de Jacó. “O altar passa a ser, a partir desta tradição, o lugar onde o Céu se abre e, entre o Céu e a terra, andam os anjos de Deus, quer dizer os seus mensageiros. Por isso, um lugar diferente de todos os outros, um lugar sagrado, um lugar especialmente divino”, apontou D. Manuel Clemente. Neste sentido, aquele templo, “como todos os templos”, é “um lugar de paz”. “Como aquela escada que Jacó viu em sonhos, que ligava o Céu e a terra – e que Jesus depois também dirá que é Ele próprio –, os nossos templos, os altares dedicados, são lugares de paz. Em cada Eucaristia que aqui se celebrar, acontece o que aconteceu na Cruz do Senhor Jesus. Tudo o que nós trazemos, significado naquele pão, naquele vinho, naquela gota de água que se junta, somos nós. E somos nós neste momento, e sois vós agora, como aqui estais, com as vossas preocupações – hoje tão acrescentadas por esta pandemia que demora tanto tempo a debelar, mas que nós cremos e sabemos que será debelada”, salientou. Para D. Manuel Clemente, “é a nossa vida que nós trazemos aqui, neste altar, e que será oferecida, com Jesus, ao Pai”. “E nas mãos do Pai, toda a vida recomeça”, garantiu. “O altar é um lugar de paz, é um sinal de paz, é o altar que é Cristo. Com Ele, nas mãos do Pai, confiança”, reforçou o Cardeal-Patriarca.

 

Uma dedicação “conveniente”

Foram então três décadas que a comunidade cristã de Almargem do Bispo teve de esperar para ver o altar da sua igreja matriz ser dedicado. Ao Jornal VOZ DA VERDADE, o pároco, presente nesta paróquia desde setembro de 2018, assume não saber os motivos para esta demora. “De facto, não se trata de um novo altar. O altar foi feito há 30 anos e, à época, por algum motivo, que desconheço, não foi dedicado. Como fazia precisamente 30 anos no dia 18 de outubro, em diálogo com o senhor Patriarca achámos conveniente, e possível, fazer a dedicação, até porque o ritual prevê este tipo de circunstâncias, de fazer o rito em espaços que já tenham sido dedicados”, frisa o padre Carlos Pinto.


  • Leia a reportagem completa na edição do dia 25 de outubro do Jornal VOZ DA VERDADE, disponível nas paróquias ou em sua casa.

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