Lisboa |
Domingo II da Quaresma
“Quando a caridade acontece, a realidade transfigura-se”
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Neste Domingo que assinala o início da Semana Cáritas, o Cardeal-Patriarca de Lisboa destacou o trabalho que esta organização da Igreja tem “prestado e redobrado”, sobretudo neste tempo de pandemia, a nível nacional e a nível das diferentes dioceses. “Nesta semana, vamos estar especialmente atentos a tudo o que a nossa Cáritas faz, para bem de tanta gente. Atentos, no sentido mais positivo do termo, pela oração e também pela participação material para que a resposta possa ser cabal e tudo o que há de ser para satisfazer tantas necessidades que presentemente acorrem”, encorajou D. Manuel Clemente na Missa deste Domingo, 28 de fevereiro, na Igreja de Cristo Rei da Portela.

 

Contributo para a paz

Nesta celebração que foi transmitida pela RTP1, o Cardeal-Patriarca sublinhou a importância da viagem que o Papa Francisco vai fazer nos próximos dias, entre 5 e 8 de março, ao Iraque e onde passará por “terras onde a aventura de Abraão começou”. Partindo da primeira leitura, precisamente sobre a história de Abraão e do sacrifício de seu filho Isaac, D. Manuel Clemente sublinhou a importância desse acontecimento. “É uma visita onde não faltam perigos, mas o Papa quer lá ir, não só para confortar os poucos cristãos que lá sobram, mas também para tentar, mais uma vez, reforçar esta presença junto de todos e com todos, mais concretamente com os muçulmanos que, lá, são maioritários”. Que esse diálogo “seja um contributo para a paz que todos nós esperamos ver realizada, naqueles povos e não só”, desejou.

A figura de Abraão foi também referida como atual e “determinante” porque “é um exemplo acabado do que é ser uma pessoa de fé, uma pessoa com fé”. “A fé é uma total confiança em Deus e uma total disponibilidade para o que Deus nos peça, certos de que, com Deus, tudo se consegue, não tanto como nós preveríamos, mas como Deus quer, ou seja, da melhor maneira”, apontou D. Manuel Clemente. “Quem dá tudo a Deus recebe muito mais do que poderia imaginar. Este é que é o ponto da fé e onde as coisas de Deus têm abertura e ocasião para acontecer no mundo”, reforçou.

 

Entrega total

Neste segundo Domingo do tempo litúrgico da Quaresma, o Evangelho de São Marcos apresentou o episódio da Transfiguração de Jesus, no Monte Tabor. Para o Cardeal-Patriarca de Lisboa, “não faltam sinais de transfiguração neste mundo”, “sinais de realidades que, com Jesus Cristo, aparecem na sua verdadeira beleza, na sua inteireza” e que se traduzem em “caridade”. “Quando a caridade acontece e o Espírito atua, a realidade transfigura-se porque o amor vai além daquilo que seria imediatamente agradável ou necessário. O amor é completamente gratuito porque quando o Filho de Deus se oferece por nós, na cruz, este amor total é transfigurado, ressuscitado e ressuscitador”, sublinhou.

Na homilia desta celebração, o Cardeal-Patriarca apelou também a uma “entrega total” aos outros. Dessa forma, “a Ressurreição começa”, assegurou. “Se Ele se manifesta de uma maneira tão forte, tão verdadeira, tão constante, pela sua transfiguração, em tantos sinais que se nos aparecem na vida”, “então esta transfiguração constante de Jesus não é uma história de há 2 mil anos, mas é uma presença agora, é uma vida inteira, é uma Páscoa possível, com Deus, com os outros, como Jesus nos oferece, na Sua cruz”, concluiu.

texto por Filipe Texeira
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